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O hábito de tocar canções para bebês que ainda estão no útero materno pode contribuir para o aprendizado de linguagem da criança no futuro. É o que sugere um estudo finlandês publicado em outubro de 2013 na revista PLOS ONE. Claudio Conti comenta.

  • Data :01 Apr, 2014
  • Categoria :

1º de abril de 2014

Tocar músicas para bebês ainda no útero melhora aprendizado da fala

A exposição a canções pode causar alterações de longo prazo no cérebro das crianças, indica pesquisa

O hábito de tocar canções para bebês que ainda estão no útero materno pode contribuir para o aprendizado de linguagem da criança no futuro. É o que sugere um estudo finlandês publicado na quarta-feira na revista PLOS ONE . De acordo com a pesquisa, crianças expostas a músicas ao longo da gravidez das mães são capazes de reconhecer a melodia mesmo alguns meses depois do parto. O resultado indica, portanto, que o cérebro do bebê é capaz de guardar memórias de longo prazo adquiridas ainda dentro do útero materno - o que contribui para o aprendizado da linguagem.

Para elaborar a pesquisa, os estudiosos selecionaram doze mulheres que passavam por uma gestação sem complicações. As futuras mães receberam um CD com a melodia da música Twinkle Twinkle Little Star (Brilha, Brilha, Estrelinha ; tradicional canção de ninar inglesa), que deveriam colocar para tocar, em volume alto, pelo menos cinco dias por semana durante os três últimos meses da gravidez.

Logo depois do parto, os pesquisadores analisaram a reação desses bebês a duas versões da mesma música: uma delas com algumas notas modificadas, a outra, inalterada. Outros doze bebês que nunca haviam sido expostos à melodia também participaram do experimento, como grupo de controle.

Ao analisar a atividade cerebral por meio de sensores colados na pele dos bebês, os cientistas descobriram que as crianças do primeiro grupo apresentavam uma resposta muito mais forte à música original do que o grupo de controle. Quando repetiram a experiência quatro meses depois, o resultado foi o mesmo — sugerindo que a melodia havia se tornado uma memória de longa duração.

O estudo também mostrou que, quanto mais o bebê havia sido exposto à música no útero, maior era sua atividade cerebral em resposta à nova audição. “Pesquisas anteriores haviam indicado que os fetos eram capazes de perceber pequenos detalhes da fala, mas não sabíamos por quanto tempo eles poderiam reter essa informação. Nosso estudo mostra que os bebês são capazes de aprender em uma idade muito jovem, e que os efeitos dessa aprendizagem permanecem no cérebro por um longo tempo”, diz Eino Partanen, professor da Universidade de Helsinki, na Finlândia, e um dos autores da pesquisa.

Memória fetal — O processamento das canções e da fala é feito por meio de mecanismos comuns no cérebro dos bebês. Segundo os pesquisadores, isso significa que a audição de músicas pode ajudar no aprendizado da fala humana. A pesquisa indica que esse processo de aquisição da linguagem pode começar ainda mais cedo do que se pensava. “Este é o primeiro estudo a acompanhar por quanto tempo as memórias fetais permanecem no cérebro. Os resultados são significativos, uma vez que os primeiros mecanismos da memória ainda são desconhecidos”, diz Minna Huotilainen, pesquisadora da Universidade de Helsinki que comandou o estudo.

Os pesquisadores pretendem começar uma segunda pesquisa sobre o assunto, dessa vez com a intenção de analisar os efeitos nocivos que ambientes ruidosos podem causar no desenvolvimento dos fetos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Prenatal Music Exposure Induces Long-Term Neural Effects

Onde foi divulgada: periódico PLOS ONE

Quem fez: Minna Huotilainen, entre outros pesquisadores

Instituição: Universidade de Helsinki, na Finlândia

Dados de amostragem: 12 bebês que foram expostos a uma mesma música durante os últimos três meses da gravidez; e outros 12 bebês que nunca haviam ouvido a música

Resultado: Os pesquisadores analisaram a atividade cerebral dos bebês ao ouvir a música quatro meses depois de seu parto. Aqueles que haviam sido expostos à melodia no útero materno tiveram uma resposta muito maior

Matéria publicada na Revista Veja , em 31 de outubro de 2013.

Claudio Conti comenta*

Gostaria de ressaltar, primeiramente, que, apesar do título do artigo em análise ser “Tocar músicas para bebês ainda no útero melhora aprendizado da fala”, não consegui encontrar no artigo científico referenciado qualquer alusão à questões de fala das crianças envolvidas. As crianças foram acompanhadas até os quatro meses após o nascimento. O título do artigo científico em tradução livre é: “Exposição à musica no período pré-natal induz a efeitos neurais de longa duração”.

Na visão espírita sobre a fecundação e desenvolvimento do feto durante a gestação, o espírito se liga ao ovo (ovo = designação do resultado da fecundação do óvulo pelo espermatozóide) no momento da fecundação do óvulo, gerenciando, a partir deste momento, a formação do corpo.

Desta forma, estando presente desde o início, apesar de, como consta no livro A Gênese , Cap. XI - Gênese Espiritual, no item Encarnação dos Espíritos, desde o momento da sua ligação com o gérmem até o nascimento, o espírito se encontrar em estado de torpor, guarda ciência do que acontece ao seu redor, pois, apesar do torpor, necessita gerenciar a formação do corpo, como mencionado anteriormente.

Assim, podemos facilmente entender as lembranças do espírito, apesar de não serem muito claras, de acontecimentos durante o período de gestação. Ainda por este motivo, as mães devem conversar bondosa e carinhosamente com seus filhos antes mesmo do seu nascimento, visando assegurar-lhes que são amados e bem-vindos. Desta forma, garantirá que o reencarnante possa dispor de melhores condições para a jornada que se inicia, obedecendo sempre, é claro, as leis que regem as reencarnações.

Em contrapartida, podemos supor que ambientes ruidosos e expressões de comportamento agressivos dos pais, durante este mesmo período, possam acarretar dificuldades para o reencarnante em decorrência das lembranças desagradáveis, podendo causar danos à sua constituição psíquica em formação.

Infelizmente observa-se no comportamento da sociedade brasileira um comportamento inadequado, que pode trazer graves complicações para estes espíritos que iniciam sua jornada na Terra como encarnados. A cultura que se instalou de ouvir música em alto volume durante grande parte do dia, festas ruidosas que adentram na noite, comportamento barulhento, etc, sem qualquer consideração com os que estão ao redor, são causa de estresse para aqueles que não são afeitos a este tipo de comportamento, idosos, enfermos, gestantes e bebês que necessitam de paz e tranquilidade.

Devemos imaginar que estamos gerando grave comprometimento para nossas próprias encarnações futuras quando desconsideramos os limites do respeito para com o próximo e tudo aquilo que é contrário ao ensinamento de Jesus: “Amar ao próximo como a si mesmo”.

As comemorações com uso de fogos de artifício geram graves danos ao eco-sistema como um todo, incluindo os humanos. As manifestação de alegria no nível evolutivo em que os habitantes do planeta Terra se encontram ainda são exteriores e demandará tempo para que a felicidade se instale no âmago do ser, silenciosa e duradoura.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .