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Malhação intensa. Na mesma veemência, a preocupação com o corpo e com a alimentação. A combinação, que, para muitos, representa a vontade de turbinar a aparência, pode desencadear uma doença silenciosa: a vigorexia. Claudio Conti comenta.

  • Data :20 Mar, 2014
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20 de março de 2014

Busca descontrolada por músculos pode comprometer as funções cardíacas

Além disso pode levar ao isolamento social. O exagero na academia é abastecido por uma dieta rica em proteína

Malhação intensa. Na mesma veemência, a preocupação com o corpo e com a alimentação. A combinação, que, para muitos, representa a vontade de turbinar a aparência, pode desencadear uma doença silenciosa e pouco conhecida. Chamado de vigorexia, o distúrbio é evidenciado em homens pelos músculos exuberantes, mas conquistados com dedicação desmedida à academia e, em alguns casos, moldados por carências nutricionais.

Apesar de comerem muito, os vigoréxicos adotam dieta restrita, dando prioridade a alimentos que potencializam o ganho de massa muscular. As proteínas costumam largar na frente, seguidas pelos suplementos proteicos. A obsessão começa aos poucos, quando as horas recomendadas de exercício físico já não são suficientes para as pretensões estéticas.

De acordo com Cangelli, a preocupação com os músculos é tamanha que os vigoréxicos costumam trocar as demais atividades sociais pela academia. O isolamento pode desencadear quadros de ansiedade e de depressão. “A felicidade é momentânea, com o sucesso inicial do corpo malhado. Logo, passa a ser algo sem sentido, pois o homem nunca acredita ter alcançado o objetivo proposto. A partir daí, ele lança mão do uso de esteroides e anabolizantes, colocando a saúde ainda mais em risco.”

O isolamento também é paradoxal, já que, por trás da vontade incessante de ter um corpo escultural, está a insegurança social, segundo Raphael Cangelli Filho. O psicólogo explica que muitos vigoréxicos sentem vergonha do corpo e são introvertidos. Por isso, acreditam que, se tivessem um modelo de corpo forte, poderiam ser mais sociáveis. Dessas inseguranças, surgem as fobias e a dedicação desmedida ao espelho. As reações se estendem ao desinteresse sexual, ao cansaço constante e à dificuldade de concentração.

“A forma disfuncional da prática de atividade física é um dos primeiros motivos para desconfiar que a saúde mental pode estar comprometida. Temos visto isso com frequência e, na maioria das vezes, as pessoas acham normal. Mas é dentro dessa normalidade que está o perigo”, alerta o psicólogo Raphael Cangelli Filho, coordenador do Grupo de Psicologia de Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Notícia publicada no Correio Braziliense , em 6 de janeiro de 2014.

Claudio Conti comenta*

Os espíritos condizentes com a condição de um mundo de expiações e provas se caracterizam pela imaturidade com relação as questões existenciais, sendo a principal questão o motivo mesmo pelo qual vivemos.

As perguntas que permearam a mente dos homens desde a antiguidade (Quem sou? De onde eu vim? Para onde vou?) já não permeiam mais a mente comum. Ao longo dos séculos, graves equívocos trágicos, tais como a Inquisição, comandada pelo Igreja, que perdurou durante séculos, e as guerras, principalmente a Segunda Guerra Mundial, com o evento do Holocausto, dentre outros, criaram cicatrizes profundas nos habitantes do planeta.

Tomando como pontos de análise apenas a Inquisição e o Holocausto, por se tratarem de eventos extremamente grotescos, podemos dizer que permanecem no psiquismo humano. Somos espíritos imortais que, de uma forma ou de outra, vivenciamos estes eventos, seja como partícipes atuantes, como perseguidores ou perseguidos, ou, ainda, como mero telespectador, se na condição de desencarnados na época destes eventos.

As grandes arenas de luta da antiguidade ou atuais demonstram serem fontes de satisfação para espíritos ainda imaturos, ao observar embates e destruição.

Em decorrência, surge na mentalidade humana a ilusão de ser descartável, cuja utilidade estaria atrelada a aceitação da crença dominante, como no caso da Inquisição, ou aparência física, como no caso do Holocausto.

Neste processo, em decorrência da ansiedade gerada, o indivíduo se perde no cabedal de insanidade que assola a atualidade, surgindo o “comportamento de manada”, fazendo-se imprescindível estar em acordo com o movimento do momento, as regras ditadas pelos formadores de opinião ou tendência, sob o risco de ser ou se sentir excluído.

Infelizmente, os formadores de opinião e tendência sofrem do mesmo mal, despreparados para a vida, mas, em decorrência dos fatos, fatos estes muitas vezes sem sentido algum, se tornaram figuras conhecidas, surgindo a oportunidade de exporem seus pensamentos equivocados para uma massa ávida de sentido.

Neste turbilhão, o espírito já enfermo perde suas referências e, com isso, sua capacidade de julgar e discernir fica prejudicada.

Vemos excessos sem freio e condutas lamentáveis em vários segmentos da sociedade, alguns são prejudiciais apenas para o próprio indivíduo, como o do tema do artigo em análise, outras já prejudicam uma sociedade inteira, tal como a corrupção tal qual nos vemos a braços atualmente no Brasil.

Sendo compatíveis com um mundo de expiação e provas, somos espíritos enfermos, carentes de diretrizes e referências.

A Doutrina Espírita vem responder questões cruciais para restabelecer a saúde mental e direcionar a humanidade para o aprimoramento pessoal e coletivo, mas é preciso que tenhamos vontade para nos transformarmos.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .