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Um estudo feito por cientistas da University of California, Berkeley, com um grupo de voluntários, e divulgado na publicação científica Nature Neuroscience sugere que ter um bom sono pode reduzir a deterioração da nossa memória à medida que envelhecemos. Claudio Conti comenta.

  • Data :18/03/2013
  • Categoria :

17 de março de 2013

Sono melhor pode reduzir deterioração da memória, diz estudo

James Gallagher Da BBC News

Um estudo divulgado na publicação científica Nature Neuroscience sugere que ter um bom sono pode reduzir a deterioração da nossa memória à medida que envelhecemos.

Até antes da pesquisa, os cientistas já sabiam que tanto o cérebro quanto o corpo sofrem desgaste com o tempo, mas não se sabia ao certo se as mudanças no cérebro, sono e memória eram sinais distintos do envelhecimento ou se haveria uma conexão profunda entre eles.

Mas a pesquisa, feita por cientistas da University of California, Berkeley, indicam que mudanças que ocorrem no cérebro com a idade prejudicam a qualidade do sono profundo, o que, por sua vez, diminui a capacidade do cérebro de aprender e armazenar memória.

Com base nessas conclusões, a equipe pretende agora testar formas de melhorar o sono para interromper o declínio da memória.

Experimentos

Trabalhando com um grupo de 36 voluntários - metade dos quais com idade em torno de 20 anos e outra metade com cerca de 70 anos - os especialistas fizeram uma série de experimentos.

Primeiro, a equipe constatou que era capaz de prever a quantidade de sono profundo (o chamado sono de ondas lentas) que o participante teria com base nas condições de preservação de uma região do seu cérebro chamada córtex pré-frontal médio.

Essa parte do cérebro é essencial para que a pessoa consiga entrar no estágio de sono profundo, mas com a idade ela tende a se deteriorar.

Em seguida, os especialistas demonstraram que a quantidade de sono profundo podia ser usada para prever quão bem as pessoas se sairiam em testes de memória.

Os pacientes jovens, que conseguiam obter sono de boa qualidade em abundância, tiveram melhor desempenho nos testes do que os participantes mais velhos, cujo sono tinha qualidade inferior.

Matthew Walk, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, disse à BBC que, “vista em conjunto, a deterioração do cérebro leva à deterioração do sono que produz a deterioração da memória (geralmente solidificada na fase de sono REM, ou de movimentos rápidos dos olhos)”.

“O sono de ondas lentas é muito importante para solidificar novas memórias que você aprendeu recentemente. É como clicar o botão ‘salvar’ (no computador)”, ele explicou.

A equipe disse não ser capaz de restaurar a região do cérebro desgastada pela idade, mas espera que algo possa ser feito em relação ao sono.

Por exemplo, é possível melhorar a qualidade do sono estimulando a região certa do cérebro com eletricidade durante a noite, os especialistas explicaram.

Estudos demonstraram que essa técnica pode melhorar o desempenho da memória em jovens. Agora, os pesquisadores querem iniciar testes também com pacientes mais velhos.

“Você não precisa restaurar as células do cérebro para restaurar o sono”, disse Walker. Ele disse que a técnica é uma forma de fazer o sistema “pegar no tranco”.

Demência

Em pacientes com demência, os sintomas associados à morte das células do cérebro - como sono ruim e perda de memória - são muito piores do que no envelhecimento normal.

Alguns estudos sugerem que exista um vínculo entre sono e demência. Um relatório divulgado na publicação científica Science Translational Medicine apontou para a possibilidade de que problemas de sono sejam um dos primeiros sinais do Mal de Alzheimer.

O médico Simon Ridley, da entidade beneficente Alzheimer’s Research UK, disse que são necessários mais estudos para confirmar ou não essa conexão.

“Cada vez mais evidências vinculam alterações no sono a problemas de memória e demência, mas não está claro se essas mudanças seriam uma causa ou consequência”.

“As pessoas estudadas aqui foram monitoradas por um período muito curto e o próximo passo poderia ser investigar se a falta de sono de ondas lentas também pode ser relacionada ao declínio de memória a longo prazo”.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 1º de fevereiro de 2013.

Claudio Conti comenta*

Durante muito tempo considerou-se que as células cerebrais, os neurônios, não se renovavam. Isto significava que, conforme as células morriam, não nasciam outras e, portanto, com o avanço da idade, a pessoa dispunha de menor quantidade de neurônios. A degeneração cerebral era, portanto, uma fatalidade.

Atualmente as coisas estão diferentes, pois já se sabe que os neurônios são células que também se renovam. A então “fatalidade” já é passado.

Isto pode até parecer que não faz muita diferença para o comportamento humano, mas a fatalidade significa que algo irá forçosamente acontecer, independentemente do que se faz ou acredita. Assim, para os incautos, a melhor forma de viver seria “aproveitar enquanto tem”.

Porém, em se tratando de não fatalidade, isto é, de escolhas, o indivíduo passa a ser responsável pela condição que se encontrará no futuro. Para os jovens, o “futuro” parece muito distante, mas ele inevitavelmente chegará.

Os jovens atualmente cuidam muito pouco do cérebro; este órgão ficou relegado a “fonte de prazer” e é exaustivamente maltratado. O uso de álcool, fumo, drogas, mistura de bebida e drogas, noites em claro, som alto por um lado e, por outro, contamos a falta de amor, de relações saudáveis de afeto, de estudo e desafios intelectuais, vão castigando o cérebro, prejudicando a sua regeneração saudável.

As consequências podem ser nefastas na idade adulta e, mais ainda, que vão se agravando com o avanço da idade: demência, Alzheimer, Parkinson, etc.

Quais seriam, portanto, as consequências para o indivíduo desregrado enquanto espírito? Sabemos que as desordens físicas de origem espiritual, isto é, decorrente de conduta inadequada com o devido conhecimento acarretam desordens no períspirito, pois a enfermidade, coloquialmente falando, vem de dentro para fora, e há a possibilidade do espírito ainda conviver com a doença mesmo após o desencarne, demandando tempo e trabalho para sua regeneração.

Será sempre melhor prevenir do que remediar.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .