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O estudo projetou o impacto das temperaturas crescentes em mais de 600 espécies, entre 2001 e 2050. Segundo seus autores, águas mais quentes têm menor nível de oxigênio, o que leva a peixes com tamanho consideravelmente menor. Claudio Conti comenta.

  • Data :21/12/2012
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21 de dezembro de 2012

Aquecimento de oceanos pode fazer peixes encolherem, diz pesquisa

Matt McGrath

Serviço Mundial da BBC

Algumas espécies de peixe podem encolher entre 14% e 24% por causa do aquecimento global, aponta uma pesquisa recém-publicada no periódico Nature Climate Change .

Os autores do estudo projetaram o impacto das temperaturas crescentes em mais de 600 espécies, entre 2001 e 2050. Segundo eles, águas mais quentes têm menor nível de oxigênio, o que leva a peixes com tamanho consideravelmente menor.

Sendo assim, eles concluem, o controle das emissões de gases do efeito estufa pode impactar mais ecossistemas do que se pensava.

Pesquisas prévias apontavam que mudanças na temperatura oceânica afetariam tanto a localização quanto a procriação de diversas espécies de peixes. O novo estudo, porém, joga luz sobre o peso dos peixes.

Para avaliar isso, os cientistas montaram um modelo que identifica como os animais reagem à redução do nível de oxigênio na água, usando dados do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Metabolismo

Ainda que os dados apontem para uma mudança pequena na temperatura da água no fundo dos oceanos, o impacto disso é grande no que diz respeito ao tamanho dos peixes.

“O aumento da temperatura eleva diretamente a taxa metabólica do corpo dos peixes”, disse à BBC News William Cheung, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), autor da pesquisa. “Isso demanda mais oxigênio para a realização de funções corporais comuns. Faltará oxigênio para o crescimento, e o peixe terá um corpo menor.”

A equipe de pesquisa também usou seu modelo para tentar prever a migração de peixes por conta do aquecimento das águas e concluiu que a maioria das populações irá em direção aos polos. Sendo assim, alguns mares frios terão de peixes pequenos comuns em águas tropicais.

Mas a pesquisa faz a ressalva de que há incertezas nas previsões de mudanças climáticas e oceânicas e isso pode afetar o modelo apresentado. Sendo assim, diz Cheung, são necessários novos estudos. “Precisamos olhar com mais cuidado para a resposta biológica (dos peixes) no futuro”, diz ele.

Ao mesmo tempo, outros cientistas alertam para o impacto disso na produção pesqueira. “Indivíduos menores vão produzir ovos menores e em menor quantidade, o que afetará o potencial reprodutivo dos cardumes e reduzirá sua resistência à pesca e à poluição”, afirma Alan Baudron, da Universidade de Aberdeen (Grã-Bretanha), estudioso de cardumes no Mar do Norte.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 30 de setembro de 2012.

Claudio Conti comenta*

Se o planeta Terra fosse um banco que oferecesse cheque especial com um limite de saque além do crédito, como é comum atualmente, e se os habitantes fossem clientes deste banco, com certeza já estaríamos no vermelho há muito tempo, próximos do limite de crédito extra.

Da mesma forma que os bancos cobram juros exorbitantes, o comportamento predatório do homem com relação ao planeta irá custar muito caro, contudo, as consequências não são conhecidas. Há, ainda, muita especulação sobre o que irá acontecer, os dados científicos não são conclusivos, mas sabe-se que será grave.

Estes estudos sobre as mudanças climáticas demonstram que, realmente, como se acredita no Espiritismo, o mundo passa por uma fase de transição entre a condição de algum tempo atrás, quando havia certo equilíbrio planeta-humanidade, para outra condição de equilíbrio que não sabemos ainda como será.

Podemos supor que a humanidade esteja desenvolvendo o conhecimento intelectual muito mais rapidamente que a moral. Podemos, portanto, também supor que o mundo de regeneração, caso se instale na Terra, proporcionará condições para que a evolução moral se desenvolva e se tornar compatível com o intelectual.

Disto decorre que a condição de habitabilidade do planeta não necessitará ser amena, pelo contrário, visando o desenvolvimento do amor entre os seres, a escassez generalizada ensinará aos espíritos que aqui viverão a repartir o que possuam em uma grande fraternidade terrena.

Talvez, apenas talvez, espíritos na condição de expiações e provas necessitem do sofrimento e da privação geral para se amarem. Contudo, isto não seria regra geral, pois, como disse Pedro (Carta I, 4:8): “o amor cobre uma multidão de pecados”.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .