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Usados para a comunicação e a troca de informações por pessoas de todas as idades, smartphones e tablets também podem ser úteis em atividades de alfabetização, no ensino de matemática ou de uma língua estrangeira. Reinaldo Monteiro Macedo comenta.

  • Data :19/07/2012
  • Categoria :

7 de agosto de 2012

Smartphones e tablets ajudam a alfabetizar jovens e adultos

Usados para a comunicação e a troca de informações por pessoas de todas as idades, aparelhos como smartphones e tablets também podem ser ferramentas educativas. Os aparelhos são úteis em atividades de alfabetização, no ensino de matemática ou de uma língua estrangeira.

Cofundador da Anhanguera Educacional, o matemático José Luis Poli constatou, em visitas a escolas voltadas para o público jovem e adulto, que muitos alunos de faixa etária avançada, embora analfabetos, possuíam celulares e dominavam bem os mecanismos do aparelho. A observação deu início a elaboração do que hoje é chamado de Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna).

Em 2009, o professor de matemática se desvinculou da Anhanguera para se dedicar ao projeto que prevê aos participantes a alfabetização, o ensino básico de matemática e de ciência - que envolve lições de higiene, saúde e qualidade de vida -, por meio do smartphone. Em abril do ano passado, 160 alunos começaram a testar o software desenvolvido para os celulares, que usa a combinação de sons, letras, números e imagens como método de ensino.

O projeto piloto está sendo implantado em colégios públicos de São Paulo, localizados em cidades como Araras, Campinas e Franca. Os participantes do Palma são na sua maioria trabalhadores, na faixa etária entre os 20 e 30 anos e do sexo feminino. “São pessoas com uma dura jornada de trabalho que têm pouco tempo disponível para o estudo. O objetivo de promover educação por um smartphone é também na facilidade que ele oferece aos alunos em realizarem exercícios em suas horas vagas como nas refeições ou deslocamentos durante o dia”, explica o mentor do programa.

Os alunos recebem gratuitamente os smartphones, por onde acessam o programa diariamente. O desempenho deles é medido ao final de cada atividade, através de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS. Com isso, o professor tem o mapa individualizado de sua aprendizagem. O educador recebe um treinamento sobre como funciona a metodologia do Palma antes de iniciar seus trabalhos. Durante as aulas, eles deixam, no primeiro momento, os participantes interagirem individualmente com o sistema do celular, para depois passar as lições programadas para o dia.

“Acredito no potencial das tecnologias como um instrumento de educação por oferecerem grandes facilidades de aprendizado, serem capazes de motivar o estudante, uma vez que o aluno se identifica com o aparelho e, portanto, deixarem as aulas dos professores mais atrativas”, defende Poli.

O professor de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Alfabetização da USP Claudemir Belintane também acredita que os recursos desses meios podem contribuir para a formação de um aluno, mas ressalta a necessidade de cuidados especiais. “Abraçar as tecnologias sem cuidados pode significar a desestruturação de uma escola, de um curso ou de um programa”, alerta.

A introdução de aparelhos tecnológicos nas salas de aula é um fenômeno estudado por Belintane há cerca de 15 anos. Seus estudos são aplicados a alunos do ensino fundamental e passados a estudantes de graduação. Em pesquisa recente, constatou que os tablets podem servir como uma ferramenta facilitadora a crianças com dificuldades de aprendizagem na escrita. Conforme a análise, o touchscreen, que permite arrastar objetos, estende o potencial de expressão e memória, exercícios que ajudam nesse aprendizado.

Estudos como esse fazem o professor da USP defender o uso de tecnologias nas instituições de ensino, desde que elas sejam aplicadas de forma a expandir as capacidades preexistentes dos estudantes e não como uma fórmula mágica do conhecimento. “É preciso lembrar que um recurso potente como o computador não substitui e nem diminui a necessidade de esforços na aprendizagem. Para aprender, é necessário primeiro de esforço e dedicação”, conclui.

Língua estrangeira é ensinada no celular

A Ezlearn, empresa de tecnologia educacional fundada em 2009, iniciou há cerca de dois meses um curso de inglês e espanhol pelo celular. O conteúdo é passado por SMS, e o tempo do treinamento é de quatro meses. Durante esse período, o aluno responde a perguntas, também por SMS, para avaliar o seu desempenho e possibilitar a adequação do curso conforme o seu nível de aprendizado.

A ideia do projeto surgiu da constatação da crescente aquisição de dispositivos móveis, sendo que um dos públicos que mais consome esses aparelhos no Brasil é a classe C. Com o custo de R$ 0,99 por semana, a capacitação foi desenvolvida justamente para essa parcela da população brasileira. “Há uma demanda muito grande da classe média em se profissionalizar ainda mais com a aproximação de eventos que ocorrerão no país como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, afirma a presidente da Ezlearn, Ana Gabriela Pessoa.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Notícia publicada no Portal Terra , em 14 de junho de 2012.

Reinaldo Monteiro Macedo comenta*

Com efeito, a tecnologia traz sempre alternativas positivas para a solução de problemas os mais variados e, neste caso, trata-se da aplicabilidade de novos aparelhos na área da educação.

Com a disseminação do uso dos computadores domésticos, que evoluiu muito nos últimos anos, observa-se o resultado de sua utilização em todas as áreas do conhecimento humano, acelerando o aprendizado e facilitando o ensino, pois usamos recursos áudio-visuais, o que ajuda muitíssimo na absorção de novos conhecimentos pelas pessoas.

Assim, smartphones e tablets têm utilidade imediata no ensino em todos os níveis de aprendizado, permitindo inclusive facilitar essa atividade de forma a que boa parte dela seja conquistada de maneira pessoal, por viabilizar também a aquisição de informações de forma individual e solitária.

Dessa forma, temos que:

  • O Diário Oficial da União publicou, em junho, decreto que regulamenta o programa Um Computador por Aluno (Procura) e o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Reicomp);
  • Prevenção ao bullying com ajuda do Facebook e do Cartoon Network;
  • Adoção de um sistema on-line para o aprendizado infantil, que permite aos alunos melhorarem suas habilidades para a escrita de maneira notável (estudo realizado na Suíça nos últimos três anos).

Pela heterogeneidade de aplicações, vê-se que a tecnologia também é indispensável para ser utilizada pelos processos educacionais, da mesma forma como já é muitíssimo conhecida de tantas outras atividades do homem, as quais já contam definitivamente com os recursos tecnológicos computacionais para levarem a bom termo seus objetivos, em tantas outras  áreas do conhecimento humano.

Esta é, portanto, mais uma conquista do espírito do homem na sua caminhada de evolução e progresso intelectual, rumo à felicidade relativa a que está fadado pela vontade de Deus.

E assim, como uma conquista interfere em outra, o homem continuará nesse processo contínuo de aperfeiçoamento de tecnologias, cujo impacto sempre criará condições de progresso moral que acontecerá, em última instância, em cada um.

Artigo consultado e recomendado: http://acontecenaeducacao.blogspot.com.br/2012/06/tecnologia-e-educacao-11-15jun2012.html .

  • Reinaldo Monteiro Macedo é aposentado, administrador e analista de sistemas de formação, expositor de estudos e colaborador do Centro Espírita Nair Montez de Castro no Rio de Janeiro/RJ e de algumas outras Casas.