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Será que o amor pode servir como remédio contra a dor? Em busca da resposta, cientistas de universidades americanas recrutaram 15 casais de estudantes apaixonados, que estavam namorando há 9 meses ou menos. Claudia Cardamone comenta.

  • Data :07 Nov, 2010
  • Categoria :

Amor tem efeito analgésico similar a medicamento

Redação do Diário da Saúde

Amor cura a dor

A pergunta era bem direta: Será que o amor pode servir como remédio contra a dor?

Em busca da resposta, cientistas das universidades de Stanford e do estado de Nova Iorque, ambas nos Estados Unidos, recrutaram 15 casais de estudantes apaixonados, que estavam namorando há 9 meses ou menos.

Os namorados tinham que colocar as mãos sobre um pequeno bloco aquecido eletricamente. O aquecimento podia gerar dores que variavam entre nenhuma, moderada e dor severa.

A cada vez, os participantes recebiam uma dentre três tarefas: olhar para uma foto de seu parceiro, olhar para uma foto de um conhecido igualmente atraente, ou realizar uma tarefa de distração, como pensar sobre esportes.

Sistema de recompensa

Ver o rosto do amante ou fazer a tarefa de distração diminuiu a intensidade da dor praticamente no mesmo nível - 12% e 13% para a dor intensa, 36% e 45% para a dor moderada, respectivamente.

Mas houve uma diferença crucial, que chamou a atenção dos cientistas: embora o objetivo fosse o mesmo - tentar reduzir a intensidade da dor - as duas tarefas ativaram partes diferentes do cérebro.

Durante os testes, os participantes eram submetidos a um exame de ressonância magnética funcional, ou fMRI.

Ao contrário da distração, olhar para a foto do amante ativou as seções de recompensa do cérebro, tais como a amígdala e o nucleus accumbens (destacado em vermelho na imagem).

Analgésico emocional

O resultado é importante porque a ativação farmacológica desses mesmos sistemas de recompensa do cérebro pode reduzir substancialmente a dor.

Ou seja, é possível que amor - ou outra emoção que ative os centros de recompensa - funcione como um analgésico.

“A maior analgesia, ao visualizar imagens do parceiro romântico, foi associada com um aumento da atividade em diversas regiões de processamento de recompensas, incluindo o núcleo accumbens, o córtex órbito-frontal lateral, a amígdala e o córtex pré-frontal dorso-lateral - regiões não associadas à analgesia induzida por distração,” afirmam os pesquisadores em seu artigo, publicado no último exemplar da revista PLoS One.

“Os resultados sugerem que a ativação dos sistemas de recompensa neurais através de meios não-farmacológicos pode reduzir a experiência da dor,” concluem eles.

Notícia publicada no Diário da Saúde , em 19 de outubro de 2010.

Claudia Cardamone comenta*

Todos nós sempre ouvimos que amar faz bem, que quando estamos amando nos sentimos felizes, alegres, e muitas vezes nos reestabelecemos melhor de doenças.

A ciência nos mostra hoje a razão biológica para isto, o efeito do amor em nosso organismo, como sugere a questão 370 de O Livro dos Espíritos :

“Pode-se induzir da influência dos órgãos uma relação entre o desenvolvimento dos órgãos cerebrais e o das faculdades morais e intelectuais?

  • Não confundais o efeito com a causa. O Espírito tem sempre as faculdades que lhe são próprias. Assim, não são os órgãos que lhe dão as faculdades, mas as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos”.

O corpo é um grande instrumento para aprender e se relacionar na vida física, da mesma forma que o computador é um grande instrumento para aprender e se relacionar na vida virtual. À medida em que vamos utilizando e estudando estes instrumentos, os aperfeiçoamos e desenvolvemos novas versões, como bem afirma Allan Kardec, em A Gênese : “Seguindo passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente anterior”.

Ele diz mais: “O materialismo pode por aí perceber que o Espiritualismo, longe de por em dúvida as descobertas da ciência, e sua atitude positiva, vai mais à frente e as provoca, …”.

“O fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, do qual são transformações. Pela identidade de sua natureza, este fluido, condensado no perispírito, pode fornecer ao corpo os princípios reparadores; o agente propulsor é o Espírito, encarnado ou desencarnado, …”

Não é o amor que cura propriamente dito, mas o amor estimula no Espírito uma vontade que o faz produzir a substância que permite a ele não mais sentir a dor, ou melhor, aumenta a sua resistência à dor. Pessoas que se dedicam espiritualmente ao amor possuem grande tolerância à dor, basta olhar nosso exemplo maior que foi Jesus.

  • Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.