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Cientistas americanos afirmam que a idade que a pessoa sente ter pode afetar o processo de envelhecimento, de acordo com um estudo publicado na revista especializada americana Journal of Gerontology: Social Sciences. Leila Henriques comenta.

  • Data :23/04/2010
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Sensação de juventude pode afetar longevidade, diz estudo

Cientistas americanos afirmam que a idade que a pessoa sente ter pode afetar o processo de envelhecimento, de acordo com um estudo publicado na revista especializada americana Journal of Gerontology: Social Sciences .

Pesquisadores da universidade de Purdue dizem que a idade cronológica importa, mas a “própria interpretação da sua idade” tem consequências ainda mais duradouras.

“Se você se sente mais velho do que a sua idade cronológica, provavelmente vai experimentar várias das desvantagens associadas ao envelhecimento”, afirma Markus Schafer, que coordenou a pesquisa.

Por outro lado, Schafer diz que aqueles que são mais velhos, mas tem a sensação de serem mais novos, “têm vantagens para manter várias das habilidades que se valoriza”.

Pesquisa nacional

Schafer e a coautora do estudo, Tetyana Shippee, compararam a idade cronológica e a idade subjetiva de diversos indivíduos para determinar qual delas tem maior influência sobre as suas capacidades cognitivas.

Quase 500 pessoas com idades entre 55 e 74 anos foram entrevistadas sobre envelhecimento em 1995 e em 2005 pela Pesquisa Nacional sobre Desenvolvimento na Meia Idade nos Estados Unidos.

Na primeira etapa, em 1995, a maioria das pessoas respondeu se sentir 12 anos mais nova do que realmente era, ao ser perguntada sobre que idade sentiam ter na maior parte do tempo.

“Descobrimos que essas pessoas que se sentiam jovens para a própria idade tinham mais chances de ter uma segurança maior sobre as suas capacidades cognitivas uma década mais tarde”, afirma Schafer.

O especialista em gerontologia admite, no entanto, não saber o que vem primeiro: se o bem estar e a felicidade da pessoa afeta as suas capacidades cognitivas ou se as capacidades cognitivas é que afetam a sensação de bem estar.

“Estamos planejando descobrir isso em um futuro estudo”, acrescenta.

Implicações

Para Schafer, as descobertas do seu mais recente estudo tem implicações positivas e negativas, já que há muita pressão da sociedade para as pessoas ficarem jovens por cada vez mais tempo.

Por isso, quando inevitavelmente envelhecem, as pessoas podem perder a confiança em suas capacidades cognitivas.

“Por outro lado, por causa desse desejo de se manter jovem nos Estados Unidos, podem existir benefícios em tentar manter uma sensação de jovialidade ao se manter informado sobre as últimas tendências e atividades que revigoram.”

O pesquisador diz ainda que aprender a dominar novas tecnologias pode ser outra forma de continuar a melhorar a capacidade cognitiva.

Estudos anteriores indicavam que as mulheres são mais suscetíveis a estereótipos relativos à idade. Por isso, a expectativa era que elas fossem se sentir mais velhas do que os homens e menos confiantes.

No entanto, de acordo com a nova pesquisa, a diferença, embora exista, “não foi tão significativa quanto se esperava”.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 3 de março de 2010.

Leila Henriques comenta*

Sem embasamentos científicos para comentar o assunto sob a ótica da Ciência Humana, socorre-nos a Ciência Espírita, embora esta também não nos tenha conferido nenhum doutorado.

Então, se nela também não nos diplomamos, pelo menos, sobre ela nos debruçamos, maravilhados com as respostas que buscamos nas Ciências, nas Filosofias e nas Religiões que a antecederam, sem lograrmos as respostas buscadas, de forma satisfatória.

Assim, o comentário que podemos fazer sobre esse fato tão auspicioso, conquanto não deva ser para o espírita propriamente uma novidade, será um comentário quase que doutrinário, já que se baseará nas informações contidas nas obras da Doutrina Espírita, por vermos total correlação entre os resultados das pesquisas científicas e os informes encontrados nas ditas obras espíritas.

Resumindo os resultados obtidos pelos pesquisadores americanos, destacamos o seguinte:

“…a idade cronológica importa, mas a “própria interpretação da sua idade” tem consequências ainda mais duradouras.”

“Se você se sente mais velho do que a sua idade cronológica, provavelmente vai experimentar várias das desvantagens associadas ao envelhecimento”, afirma Markus Schafer, que coordenou a pesquisa”.

“Por outro lado, Schafer diz que aqueles que são mais velhos, mas tem a sensação de serem mais novos, “têm vantagens para manter várias das habilidades que se valoriza”.

Aqui vemos claramente o que nos informa o capítulo XIV, de A Gênese, de Allan Kardec, sobre o poder criador do pensamento, quando acionado por uma vontade firme. Somos informados também que esse poder criador tanto pode trabalhar pelo nosso próprio bem quanto pelo nosso mal e, da mesma forma, atuará sobre o ambiente à nossa volta, tornando-o benéfico ou maléfico para nós mesmos e para os que nos rodeiam.

Por isso, os pesquisadores concluíram que a própria interpretação da sua idade, quer dizer, a idade que nosso pensamento nos sugere que temos, tem consequências ainda mais duradouras sobre o retardamento do envelhecimento.

A pesquisa também inferiu que os mais velhos, que têm a sensação de serem mais novos, têm vantagens para manter várias das habilidades que se valoriza.

Isso também aprendemos na Doutrina Espírita, quando Léon Denis nos diz que a Vontade, como o Pensamento, são potências da Alma, não são atributos do corpo físico, e essa sensação de serem mais novos lhes é dada pela Vontade, pelo desejo de que assim seja, o que a transforma (a sensação) num produto dessa Vontade dinâmica, comandada pelo Espírito Imortal.

Pode ser que alguns indivíduos se vejam impossibilitados de dar força à sua vontade, que impulsionaria o seu pensamento nessa direção tão auspiciosa. Mas aí ocorrem fatores de ordem fisiológica que deverão ser atendidos pela medicina, de forma a reequilibrar esses fatores em desequilíbrio.

Vamos recorrer agora a Jesus e nos lembrar do episódio da mulher hemorroísa, que curou-se instantaneamente, ao segurar nas vestes de Jesus.

Em A Gênese , de Allan Kardec, o codificador lembra as palavras contidas no Evangelho de Marcos, cap. V, vv. 25 a 34, quando este diz que o Mestre reconheceu que uma virtude havia saído dele.

Mas Kardec reconheceu que esta não era a única causa da cura da mulher, pois no item 11, do cap. XV, de A Gênese , ele diz:

Estas palavras: “Conhecendo a virtude que havia saído dele”, são significativas; elas exprimem o movimento fluídico que se operou de Jesus para a mulher doente; ambos sentiram a ação que acabava de se produzir. É notável que o efeito não foi provocado por um ato de vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição de mãos. A irradiação fluídica normal foi suficiente para operar a cura.

(…)“Tua fé te salvou.” Compreende-se que aqui a fé não é a virtude mística, como certas pessoas entendem, mas uma verdadeira força atrativa, enquanto que aquele que não a tem opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou pelo menos uma força de inércia que paralisa a ação. Assim sendo, compreende-se que de dois doentes atingidos do mesmo mal, estando na presença do curador, um possa ser curado e o outro não.

Estamos dando este exemplo para ilustrar a fé como vontade dinamizadora do pensamento, que, como diz Kardec, nada tem de mística, mas é uma força atrativa, que atrai aquilo que deseja e torna a pessoa apta a receber, pois abre seus canais receptivos para que isso aconteça.

É o que acreditamos acontecer com os idosos da pesquisa, que, usando a força positiva de sua vontade e de seu pensamento, as grandes potências da Alma, conseguem afastar muitas das inconveniências da idade por mais tempo.

E terminemos com o belo prognóstico de Léon Denis, no qual acreditamos piamente:

“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade. A Ciência dever-lhe-á a renovação completa de suas teorias e métodos. Dever-lhe-á a descoberta de forças incalculáveis e a conquista do universo oculto. A Filosofia obterá um conhecimento mais extenso e preciso da personalidade humana. Esta, no transe e na exteriorização, é como uma cripta que se abre, cheia de coisas estranhas e onde está escondida a chave do mistério do ser.”

  • Leila Henriques é espírita e colabora na divulgação da Doutrina Espírita na Internet.