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O modo como as mães falam com seus filhos quando eles são pequenos tem um efeito duradouro nas habilidades sociais das crianças, concluiu um estudo realizado pela Universidade de Sussex, no Reino Unido. José Antonio M. Pereira comenta.

  • Data :24/01/2010
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Expor emoções ajuda criança a desenvolver compreensão social

da Folha de S.Paulo

O modo como as mães falam com seus filhos quando eles são pequenos tem um efeito duradouro nas habilidades sociais das crianças, concluiu um estudo realizado pela Universidade de Sussex, no Reino Unido.

Os pesquisadores descobriram que crianças cujas mães falam frequentemente com elas sobre sentimentos, crenças, desejos e intenções desenvolvem uma compreensão social melhor do que os filhos que têm mães que não costumam incluir esses temas em suas conversas.

O estudo acompanhou crianças de três a 12 anos de idade e avaliou a habilidade que elas têm de realizar tarefas designadas para medir sua compreensão social.

Em uma das atividades, os pesquisadores observaram como cada uma das mães falou com seus filhos de três anos enquanto olhavam juntos uma série de figuras. Eles viram que as crianças cujas mães descreviam frequentemente o estado mental de pessoas representadas nas imagens - as emoções ou o que elas poderiam estar pensando - foram particularmente bem nas tarefas.

A relação entre conversas precoces sobre estados mentais e o desenvolvimento da compreensão social se mostrou mais forte no início da infância, quando as crianças são mais influenciadas por suas mães, e não parece estar relacionada ao QI da mãe ou ao nível de compreensão social que ela mesma apresenta.

O estudo também revelou que compreender os sentimentos dos outros é uma coisa e mudar o comportamento em relação a eles é outra.

Os autores se surpreenderam ao ver que as crianças com maior compreensão de situações sociais também exibiram comportamentos negativos em relação a suas mães em uma tarefa em que deveriam trabalhar juntos.

Notícia publicada na Folha Online , em 22 de maio de 2009.

José Antonio M. Pereira comenta*

Segundo nos ensinam os Espíritos, quando encarnamos, o estado de infância nos proporciona uma condição excepcional de aprendizado para o espírito na nova experiência no mundo material. Até os sete anos de idade, passamos por uma fase de adaptação ao mundo material, de tal modo, que pode-se dizer que o processo encarnatório só se completa plenamente ao final dela. A partir daí é que começamos a assumir realmente nosso papel no mundo e passamos a demonstrar, com mais intensidade, quem nós somos.

É, então, nesse período, que estamos mais propensos à educação, e os pais têm, então, uma oportunidade preciosa de auxiliar o desenvolvimento espiritual daquele ser.

A pesquisa revela que, nesse momento, o aprendizado pode ser mais eficaz, indo além do ensino das coisas básicas para a sobrevivência e da instrução. Num mundo que valoriza muito mais estes aspectos que a educação plena, demonstrar que sentimentos, desejos, crenças e intenções já podem ser estimulados tão cedo, pode ser algo de grande valor. E vale notar que, mais do que a inteligência, sentimentos e desejos bem desenvolvidos são atributos essenciais para uma nova era da Humanidade regenerada.

  • José Antonio M. Pereira coordena o ESDE e é médium da Casa de Emmanuel, além de integrante da Caravana Fraterna Irmã Scheilla, no Rio de Janeiro. Também é colaborador da equipe do Serviço de Perguntas e Respostas do Espiritismo.net.