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Bethany Jordan, uma britânica que nasceu com alguns de seus órgãos na posição errada (ela sofre da Síndrome de Ivemark, condição extremamente rara), surpreendeu os médicos ao chegar aos seis anos de idade. Jorge Hessen comenta.

  • Data :07 Aug, 2009
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Menina com órgãos invertidos surpreende médicos

Uma menina britânica que nasceu com alguns de seus órgãos na posição errada surpreendeu os médicos ao chegar aos seis anos de idade.

Bethany Jordan sofre da Síndrome de Ivemark, uma condição extremamente rara e de causa desconhecida.

“A melhor forma de descrever a posição desses órgãos é como se estivessem refletidos no espelho”, disse à BBC Brasil o médico Patrick McKiernan, do Hospital Infantil de Birmingham, que trata dos problemas de fígado da menina.

Os órgãos da cavidade abdominal de Bethany, entre eles fígado, intestino e baço, estão posicionados de trás para frente.

Por causa da posição de seus órgãos a menina, que vive na cidade inglesa de Stourbridge, foi apelidada de “criança quebra-cabeças”.

Combinação de problemas

A síndrome foi descoberta em exames de ultra-som enquanto Bethany ainda estava no útero de sua mãe, Lisa.

Na época, os médicos disseram que a menina teria poucas chances de sobreviver ao parto.

A Síndrome de Ivemark é caracterizada também por problemas cardiovasculares.

Segundo a médica especializada em genética clínica do Hospital Infantil de Bristol, Ruth Newbury-Ecob, a expectativa de vida de pacientes com a síndrome depende da gravidade do problema.

“A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado”, disse a médica à BBC Brasil.

“Cada criança é única, com uma combinação única de órgãos mal posicionados”, afirmou Newbury-Ecob. “Nos casos mais leves, a pessoa pode chegar facilmente à idade adulta, mas nos mais graves pode morrer ainda no útero.”

Bethany, além de ter os órgãos mal posicionados, também nasceu com outros problemas de saúde, como os dois pulmões no formato do pulmão esquerdo e um buraco no coração.

A menina não pode fazer o mesmo tipo de esforço físico que outras crianças da mesma idade. Quando exagera nos exercícios, é possível ver seu coração batendo mais perto das costas do que do peito.

“Ela já passou por uma cirurgia de fígado e é possível que precise de um transplante mais para frente”, disse McKiernan, que trata Bethany desde bebê.

“Mas apesar dos problemas ela está se saindo muito bem”, afirmou o médico.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 22 de maio de 2009.

Jorge Hessen comenta*

Bethany Jordan, uma garota da cidade inglesa de Stourbridge, sofre da Síndrome de Ivemark, caracterizada também por problemas cardiovasculares, que é uma síndrome patológica de etiologia desconhecida.(1) Jordan nasceu com alguns de seus órgãos invertidos. Isso mesmo! O fígado, o intestino e o baço estavam posicionados de trás para frente. O fenômeno foi descoberto em exames de ultra-som enquanto ela ainda estava no útero de Lisa, sua mãe. Na época, os médicos disseram que Jordan teria poucas chances de sobreviver ao parto. A menina Bethany, além de ter os órgãos mal posicionados, também nasceu com outros problemas de saúde, como os dois pulmões que convergiam em um formato apenas, do pulmão esquerdo, e um buraco no coração. Porém, os pesquisadores se surpreenderam ao constatar que a menina sobrevivera até completar seis anos de idade.

O fato nos induz à reflexão sobre o perispírito, a Lei de Causa e Efeito, reencarnação, suicídio, entre outros temas que a Doutrina Espírita nos apresenta. Antes de renascermos, examinando nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento moral, muitas vezes, rogamos a limitação psicomotora na nova experiência física, para que essa condição nos induza à elevação de sentimentos. Pedimos aos Benfeitores a enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos; essa ou aquela lesão física que nos exercite a disciplina; determinada mutilação que nos iniba o arrastamento à agressividade exagerada; o complexo psicológico que nos remova as ideias, etc. É a lógica de justiça da Reencarnação, o que nos remete a analisar as patologias congênitas pelo Princípio de Causa e Efeito. Em verdade, já vivemos, aqui na Terra, inúmeras vezes e trouxemos gravados os registros de nossas aquisições anteriores e desatinos, quais fulcros energéticos em núcleos de potenciação, e, na ligação do perispírito ao óvulo, espelhamos, nessa célula feminina de reprodução, o nível do nosso processo evolutivo.

Nosso estado moral é que determinará os renascimentos com anomalias congênitas ou não. A partir da fecundação do óvulo, sob o comando da lei, o espírito reencarnante imprime, através da ação do perispírito, a integração da sua própria herança espiritual com o legado genético dos genitores. A formação do respectivo DNA individualizado – composto de genes dominantes e recessivos -, conduzido pelas sagradas Leis da Hereditariedade, provindas do Criador, configurará o novo corpo físico daquele particular espírito imortal, que “renascerá” conforme o programa, previamente, estabelecido e subordinado, inicialmente e voluntariamente, a fatores como família, raça, etnia, nacionalidade, predisposições para determinados estados de saúde ou doença - física ou espiritual - e inúmeras outras especificidades individuais.

O mestre Chico Xavier opinou certa vez “sobre as reencarnações mais difíceis, lembrando que, muitas vezes, encontramos determinados casos de suicídio, e, às vezes, suicídio acompanhado de homicídio, obrigando o autor a um angustiante complexo de culpa levado para além desta vida e, depois, esse trauma de culpa renascendo com ele, através da reencarnação."(2) O médium de Pedro Leopoldo explica o seguinte: “Muitas vezes, temos encontrado irmãos nossos suicidas que dispararam um tiro contra o coração e que voltam com a cardiopatia congênita ou com determinados fenômenos que a medicina classifica dentro da chamada Tetralogia de Fallow; nós vemos companheiros que quiseram morrer pelo enforcamento e que voltam com a Paraplegia Infantil; nós vemos muitos daqueles que preferiram o veneno e que voltam com más formações congênitas; outras pessoas que violentaram o próprio ventre e que voltam, também, com as mesmas tendências e que, às vezes, acabam desencarnando com o chamado enfarto mesentérico. Nós vemos, por exemplo, aqueles que preferiram morrer pelo afogamento, num ato de rebeldia contra as leis de Deus e que voltam com o chamado enfisema pulmonar. Vemos, ainda, aqueles que dispararam tiros contra o próprio crânio e voltam com fenômenos dolorosos, como, por exemplo, a idiotia, quando o projétil alcança a hipófise; todas essas consequências, porque estamos em nosso corpo físico, mas subordinados ao nosso corpo espiritual. Então, principalmente os fenômenos decorrentes do suicídio, por tiro no crânio, são muito dolorosos, porque vemos a surdez, a cegueira, a mudez, e vemos esse sofrimento em crianças também, o que nos afigura incompatíveis com a misericórdia de Deus, porque nós sabemos que Deus não quer a dor."(3)

Os pesquisadores, que reduzem os fenômenos da vida ao exclusivo universo da matéria densa, insistem em explicar a vida como uma complexa reação química, e nada mais do que isso, prestes a penetrar nos seus profundos mistérios e propiciar a sua criação pela mão do homem, assim como, até hoje, creem ser o pensamento mera excreção do cérebro e que todas as funções psíquicas morrem com o corpo físico. Os fenômenos vitais não podem ser atribuídos à exclusiva ação mecânica da hereditariedade genética, no comando da montagem dos três bilhões de nucleotídeos que constituem os degraus do DNA humano. Infelizmente, “não há ainda lugar para o espírito na ciência pesquisacional acadêmica, empírico-indutiva, a qual, por isso, continua tomando como causa o que é efeito, fazendo das leis da hereditariedade genética as únicas presentes ao ato da vida, juízas exclusivas e inconscientes do futuro patrimônio apolíneo e saudável ou disforme e enfermiço do ser humano, apenas concedendo algumas influências aos efeitos ambientais e ao psicossomatismo, ainda que cerebral, calcadas nas predisposições genéticas."(4)

As matrizes das moléstias têm suas raízes na estrutura perispiritual. Ainda que esteja aparentemente saudável, uma pessoa pode trazer nos seus Centros Vitais (chacras, para os hindus) disfunções latentes, adquiridas nesta ou em outras vidas, que, mais cedo ou mais tarde, virão à tona no corpo físico, sob a forma de doenças mais ou menos graves, conforme a extensão da lesão e a posição mental do devedor. Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto más. O “Carma”(5) ou “conta do destino criada por nós mesmos” está impresso no corpo psicossomático."(6) Esses registros fluem para o corpo físico e culminam por determinar o equilíbrio ou o desequilíbrio dos campos vitais e físicos. “Só o reconhecimento - que um dia chegará - da primazia do espírito sobre a matéria, associada essa primazia ao princípio reencarnacionista, isto é, a integração da herança espiritual à hereditariedade genética, comandada pelo espírito, via perispírito, regida pela Lei de Causa e Efeito, é que permitirá que se identifiquem, no espírito imortal, as causas verdadeiras dos desequilíbrios que eclodem no corpo físico, mata-borrão e fio-terra que ele é, sob o nome de doenças, incluindo-se os distúrbios da psique humana."(7)

Quando forem descobertas tecnologias muito mais sofisticadas, que nos possibilitem um exame aprofundado da estrutura funcional do perispírito, a medicina transformar-se-á, radicalmente. Os hospitais, possuindo instrumentos de altíssima resolução, muito além daqueles que existem hoje, os diagnósticos serão, inequivocamente, precisos, o que possibilitará a cura real das doenças. Os profissionais da saúde trabalharão muito mais de forma preventiva, evitando, assim, por exemplo, as intervenções cirúrgicas alargadas, invasivas, realizadas, abusivamente, nos dias de hoje. Os médicos terão oportunidade de conhecer, com detalhes, a estrutura transdimensional do corpo perispiritual, compreendendo melhor o modo como se embricam as complexas estruturas do psicossoma, nas chamadas sinergias, para melhor auxiliar na terapia e manutenção da saúde mento-físico-espiritual de seus pacientes.

Fontes:

(1) A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado;

(2) Xavier, Francisco Cândido. Pinga Fogo, São Paulo: Ed. Edicel, 1975;

(3) Idem;

(4) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000;

(5) Carma, ou Karma (do sânscrito karman, em pali, kamma) significa ação. O termo tem um uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente utilizada também pela teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age;

(6) Sugerimos leitura do livro Ação e Reação, ditado pelo Espirito André Luiz, todo ele dedicado ao estudo do compromisso cármico das vidas sucessivas;

(7) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.