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Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo. Carlos Miguel Pereira comenta.

  • Data :30/04/2009
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Cientista estima que exista vida inteligente em 38 mil planetas

Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema solar nos últimos anos, ajudou a redefinir o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na revista especializada International Journal of Astrobiology .

As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.

Mesmo que haja quase 40 mil planetas com vida, no entanto, é muito pouco provável que seja estabelecido qualquer contato com vida alienígena.

Pesquisadores apresentam estimativas de vida inteligente fora da Terra com frequência, mas é um processo quase que de adivinhação - estimativas recentes variam entre um milhão e menos de um planeta com alguma forma de vida.

“É um processo para quantificar nossa ignorância”, disse Forgan.

Simulações

Em seu artigo, Forgan conta que criou uma simulação de uma galáxia parecida com a nossa, permitindo que ela desenvolva sistemas solares baseados no que se conhece a partir da existência dos planetas fora do nosso sistema solar - os chamados exoplanetas.

Esses mundos alienígenas simulados foram então submetidos a três cenários diferentes.

O primeiro cenário parte da premissa de que o surgimento da vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Neste caso, haveria 361 civilizações inteligentes na galáxia.

O segundo parte do princípio de que a vida pode surgir facilmente, mas sua evolução para vida inteligente seria difícil. Nessas condições, a estimativa é de que haveria 31.513 outros planetas com alguma forma de vida.

O terceiro caso examina a possibilidade de que a vida poderia ter passado de um planeta para outro durante colisões de asteroides - uma teoria popular de como a vida surgiu na Terra.

Neste caso, a estimativa é de que haveria 37.964 civilizações inteligentes.

Suposições

Se, por um lado, a descoberta de novos planetas distantes e desconhecidos pode ajudar em uma estimativa mais precisa sobre o número de planetas semelhantes à Terra, algumas variáveis nesses cálculos continuarão sendo meras suposições.

Por exemplo, o tempo entre a formação de um planeta e o surgimento das primeiras formas de vida, ou deste momento até a existência de vida inteligente, são grandes variáveis em uma suposição geral.

Nesses casos, afirma Forgan, teremos que continuar partindo do princípio de que a Terra não é uma exceção.

“É importante nos darmos conta de que o quadro que construímos ainda está incompleto”, disse o astrofísico.

“Mesmo que existam formas de vida alienígenas, nós não necessariamente conseguiremos fazer contato com elas, e não temos nenhuma ideia de sua forma.”

“A vida em outros planetas pode ser tão variada como na Terra e não podemos prever como são as formas de vida inteligente de outros planetas, ou como elas se comportam”, conclui.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 5 de fevereiro de 2009.

Carlos Miguel Pereira comenta*

“As descobertas da Ciência glorificam Deus, em lugar de o rebaixar; elas não destroem senão o que os homens edificaram sobre ideias falsas que eles fizeram de Deus.” (A Gênese, de Allan Kardec, cap. I)

No atual estado de conhecimento científico, as dimensões do Universo são imperscrutáveis: Uns cientistas levantam a hipótese de ter limites, outros que se encontra em expansão, outros defendem que ele seja infinito, outros ainda teorizam a existência de múltiplas dimensões e Universos paralelos. Mas, independentemente das diversas teorias científicas, precisamos perceber que o Universo é imensurável. Pensemos desta forma, só para termos uma pálida ideia da dimensão do Universo: O nosso planeta faz parte, juntamente com outros 8, de um sistema planetário que tem o nome de Solar porque esses planetas giram em torno de uma estrela que chamamos de Sol; o Sol faz parte de uma galáxia, ou aglomerado de estrelas, com o pomposo nome de Via Láctea. Os astrônomos estimam que o número de estrelas que formam a Via Láctea varie entre 200 bilhões e 500 bilhões, com os seus sistemas próprios; O número de galáxias do Universo é estimado na ordem de grandeza das centenas de bilhões. Perante esta grandiosidade, Carl Sagan, no seu livro “Cosmos” afirmou: “Na imensidão do cosmos não haverá outras civilizações, mais antigas e mais avançadas que a nossa? Que desperdício de espaço se não houver."

Entre os cientistas, há um consenso cada vez maior que existindo um planeta com as mesmas condições favoráveis que a Terra possui, a vida acabará por aparecer. Num Universo tão vasto, a existência de planetas com dimensões semelhantes, com constituição idêntica, com uma distância aproximada da sua estrela e com uma atmosfera parecida com as da Terra deverão ser incontáveis. Dizem-nos os Espíritos, na pergunta 55 de “O Livro dos Espíritos”, caminhando bem à frente do conhecimento da época:

“Nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.”

Mas estamos nos referindo apenas a formas de vida inteligente semelhantes à nossa, com as mesmas condições de evolução física que o ser humano. Descobertas recentes no nosso planeta, levaram os cientistas a repensar a forma limitada como poderiam estar a encarar a vida. Foram descobertas formas de vida em evolução sob condições em que se julgava ser impossível existir, como em aberturas vulcânicas, na profundidade das fossas oceânicas e em nascentes de água a ferver. Isso levou os cientistas a supor que em planetas com condições bastante diferentes da Terra, possa a vida ser possível de uma forma bem distinta da nossa.

No capítulo Uranografia Geral, do livro “A Gênese” de Allan Kardec, textualmente extraído de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título Estudos uranográficos e assinadas por Galileu, através do médium e eminente Astrônomo Camille Flammarion, podemos encontrar, mais uma vez, uma prova de que o Espiritismo tem tido uma capacidade enorme de previsão e de explicação notável dos fenômenos:

“Acostumados, como estamos, a julgar das coisas pela nossa insignificante e pobre habitação, imaginamos que a Natureza não pode ou não teve de agir sobre os outros mundos, senão segundo as regras que lhe conhecemos na Terra. Ora, precisamente neste ponto é que importa reformemos a nossa maneira de ver. (…) Lançai por um instante o olhar sobre uma região qualquer do vosso globo e sobre uma das produções da vossa natureza. Não reconhecereis aí o cunho de uma variedade infinita e a prova de uma atividade sem par?

(…) A Natureza omnipotente age conforme os lugares, os tempos e as circunstâncias; ela é una em sua harmonia geral, mas múltipla em suas produções.”

A ordem, beleza e complexidade do Universo, do ser humano ou mesmo das partículas atômicas é fascinante. Como podemos atribuir toda esta organização inteligente ao acaso ao invés de procurar explicações bem mais simples? A explicação mais simples é compreender que um efeito inteligente tem como causa um agente inteligente. Deus criou leis perfeitas e harmoniosas que regulam e são aplicadas em todo o Universo da mesma forma. O teólogo Teilhard de Chardin afirmou: “O Universo está impregnado de pensamento, o que se torna patente com a evolução, através da crescente complexidade estrutural que a matéria alcança.” A evolução da vida física sendo universal, fruto de leis naturais e alcançada de forma muito gradual através de mudanças adaptativas, tal como defendeu Charles Darwin, é também consequência da ação do Espírito, dos campos e das energias que ele manipula através do perispírito, ajudando à ocorrência dos “saltos” e mutações genéticas, moldando a matéria orgânica à sua vontade e necessidades evolutivas. Em incontáveis locais deste Universo existe vida a eclodir, existem espíritos a crescer através dela e a influenciar a sua evolução. Albert Einstein afirmou: “Quanto mais eu observo o universo mais ele se parece a um grande pensamento do que a uma grande máquina.” Efeito do pensamento de Deus, o Universo em todas as suas dimensões é o campo de trabalho da evolução material e espiritual, uma obra que, no estágio de evolução em que nos encontramos, só conseguimos compreender numa ínfima parte, mas que podemos admirar em toda a sua magnificência.

  • Carlos Miguel Pereira trabalha na área de informática e é morador da cidade do Porto, em Portugal. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net.