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  • Em caso raro, gêmeas nascem com três dias de diferença, em Francisco Beltrão

Caso raro na medicina, as gêmeas Rebeca e Martina nasceram com três dias de diferença. A primeira veio ao mundo no dia 31 de dezembro, a segunda, na tarde de quinta-feira (3). Ambas nasceram de parto normal. Jorge Hessen comenta.

  • Data :17 Jan, 2019
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Rebeca nasceu no dia 31 de dezembro; já Martina, veio ao mundo no dia 3 de janeiro; ambas nasceram de parto normal.

Por Michelli Arenza, G1 PR e RPC Foz do Iguaçu

Caso raro na medicina, as gêmeas Rebeca e Martina nasceram com três dias de diferença. A primeira veio ao mundo no dia 31 de dezembro, a segunda, na tarde de quinta-feira (3). Ambas nasceram de parto normal.

Segundo a mãe, Fernanda Cerrzolli de Oliveira, de 36 anos, as duas estavam sendo esperadas para o fim de janeiro. Ela e o marido, o pastor Willian Alfred de Oliveira, já têm uma filha, Gabriela, de oito anos.

“A bolsa estourou quatro horas da manhã. Estava meio dormindo ainda, não sabia o que fazer. Pegamos todas as coisas e corremos para o hospital”, conta o pai.

Rebeca nasceu de parto normal, com 2,07 kg e 42 centímetros, no Hospital Regional de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná.

Prematura de 33 semanas – o ideal é que os nascimentos ocorram com 40 semanas de gestação –, ela foi levada para a incubadora da UTI neonatal.

“É muito comum a gente ter um parto de gemilar e, em seguida, após alguns minutos até meia hora, 40 minutos, uma hora, ter o nascimento do outro nenêm. A gente aguardou esse tempo e esse bebê não vinha, esse bebê não vinha, e a gente optou por não intervir”, disse a médica responsável, a pediatra Fernanda Perotta Consentino.

A mãe foi mantida na sala de parto por mais algumas horas aguardando que a outra filha nascesse.

Nestes casos, normalmente os médicos decidem por uma cesariana, mas a pediatra Fernanda Perotta Consentino tomou outra decisão. Cada dia na barriga da mãe era importante para Martina, mas também um risco de infecção.

Gêmeas idênticas

Manter Martina na barriga da mãe só foi possível por conta de como as duas bebês, que são idênticas, se formaram.

Quando Fernanda engravidou, o mesmo óvulo fecundado se dividiu em dois e, apesar de ocuparem a mesma placenta, elas estavam em bolsas separadas. Por isso, quando uma nasceu a outra pôde ficar um pouco mais na barriga da mãe.

“A gente fez ultrassom, viu que ela tinha virado, já tinha ‘madurado’, então era hora de dar um empurrãozinho para nascer”, comentou o médico Rubens Schir.

O parto foi induzido e não demorou meia hora para Martina nascer, também de parto normal. Graças aos dias a mais na barriga da mãe, ela não precisou ficar na UTI neonatal.

“Quando eu chegava perto lá da incubadora, a Martina começava a mexer muito. Ela mexia demais, assim, sabe? Parecia que as duas queriam se comunicar ali. Bem interessante”, relembra a mãe das gêmeas.

A mãe teve uma complicação comum em partos de prematuros: a placenta grudou no útero e ela precisou passar por uma cirurgia, mas já está bem.

As filhas também devem ficar mais algum tempo se recuperando no hospital.

“Foi inusitado, bem diferente do que imaginou e até do que a gente sonhou”, comentou o pai. “Na escola é que vai ser complicado para elas explicarem para os colegas que, mesmo gêmeas, elas nasceram em dias e anos diferentes”, completou.

Notícia publicada no Portal G1 , em 4 de janeiro de 2019.

Jorge Hessen* comenta

A concepção de um novo filho no seio familiar possibilita o reencontro de espíritos que trazem em comum as boas experiências de vidas anteriores. Reaproximação que começa na programação pré-existencial reencarnatória, esquematizada nas instituições espirituais. Se sucederem filhos gêmeos idênticos, serão situações especiais que despertarão a maior atenção dos pais.

Várias teorias já foram sugeridas para explicar os mecanismos determinantes da gemelaridade idêntica. Fatores ambientais e genéticos foram descritos como predisponentes a essa circunstância obstétrica. Todavia existem causas mais transcendentes. Os gêmeos univitelinos (idênticos) renascem com a semelhança física e suas células são geneticamente iguais. Têm mesma alimentação e os mesmos cuidados. Convivem sob as mesmas influências magnéticas e impressões mentais do meio ambiente. Possuem um cérebro com idênticas possibilidades biológicas e potenciais bioquímicas. Contudo, quase sempre esses gêmeos seguem condutas diferentes.

Frequentemente os gêmeos idênticos são espíritos que têm forte afinidade. Porém, às vezes, não! O mecanismo das múltiplas vidas consegue elucidar as ocasionais diferenças entre dois espíritos física e geneticamente semelhantes, pois os gêmeos univitelinos, conquanto genética e fisiologicamente tenham as mesmas vulnerabilidades e potencialidades orgânicas, são espiritualmente cada qual absolutamente ÚNICOS no Universo. Não se pode explicar apenas pelas influências do meio gestacional, educativo ou fatores genéticos, as diferenças comportamentais que quase sempre eles apresentam.

Do ponto de vista reencarnacionista, identificaremos que os gêmeos univitelinos (ou não) trazem um acervo moral e intelectual dessemelhantes das vivências antecedentes. Cada qual experimentou circunstâncias que registraram em sua organização psicossomática com tendências intelecto-morais categoricamente particulares. Podem ocorrer que tais gêmeos fiquem interligados emocionalmente durante a vida, mesmo que sejam psiquicamente diferentes, ao ponto de captar as oscilações de aflição e desgosto do outro.

Seguramente, as experiências em comum de vidas antecedentes que os mantinham reciprocamente conectados, interrompidas na gestação, comportam a instantânea e fina sintonia mento-magnética entre os dois, motivo pelo qual percebem, eventualmente, as ocorrências difíceis que o outro experimenta. A semelhança de caráter que muitas vezes existe entre dois irmãos, mormente se gêmeos, decorre da simpatia que os aproximam por analogia de sentimentos e os fazem felizes por estarem juntos. Kardec comenta que “em muitos casos, os irmãos gêmeos são Espíritos simpáticos, que se unem por analogia de sentimentos, porém, nem todos são assim. Pode acontecer o contrário: serem Espíritos inimigos que a justiça divina faz se reencontrarem na formação biológica, no sentido de que se processe o perdão com mais eficiência”.(1)

Com relação aos vínculos espirituais entre os gêmeos, é certo que existem, mas pode ser de afinidade ou de repulsão. Há gêmeos que reencarnam unidos em função de compromissos morais mútuos que refletem a necessidade de reparação dos equívocos do passado, que respingam nos dramas familiares. Não existe o acaso na dinâmica das leis naturais, logo, sempre há um agente causal determinando que tais gêmeos permaneçam próximos. Muitas vezes um traz jovialidade e encanto na convivência, outro traz aversão, discórdia, atritos diversos. Nesse último caso, a vida proporciona oportunidade de reconciliação com os adversários do passado através dos laços consanguíneos.

Do exposto, e por fortes razões, devemos aprimorar, sem esmorecimento, as relações diretas e indiretas com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes nas lutas do mundo, a fim de que a vida não venha nos cobrar novas e mais enérgicas experiências nas próximas encarnações. A estrutura familiar tem suas matrizes na esfera espiritual. Em seus vínculos, juntam-se todos aqueles que se comprometeram no além a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva.

Prevalecem portanto na família os elos do amor, fundidos nas experiências de outras eras. Todavia, como se observa atualmente, no clã familiar afluem igualmente os ódios e as perseguições do pretérito obscuro, que devem ser transformados em vínculos solidários e fraternos, com vistas ao futuro de paz e amor.

Referência bibliográfica:

(1) KARDEC, O Livro dos Espíritos, questão 211, RJ: Ed. FEB, 1999.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (vinte e seis livros “eletrônicos” publicados). Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.