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  • Setembro Amarelo: Paul Rudd surpreende criança vítima de bullying com capacete do Homem-Formiga

O ator de Homem-Formiga e a Vespa , Paul Rudd , surpreendeu um jovem fã que estava sendo vítima de bullying em sua escola. Após os colegas de classe de Brody Ridder não assinarem o seu anuário, o garoto ficou famoso quando sua mãe compartilhou uma foto que mostrava um bilhete e um capacete que foram assinados pelo ator do Universo Cinematográfico da Marvel. Fabiana Shcaira Zoboli comenta.

  • Data :09 Sep, 2022
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O ator de Homem-Formiga e a Vespa , Paul Rudd , surpreendeu um jovem fã que estava sendo vítima de bullying em sua escola. Após os colegas de classe de Brody Ridder não assinarem o seu anuário, o garoto ficou famoso quando sua mãe compartilhou uma foto que mostrava um bilhete e um capacete que foram assinados pelo ator do Universo Cinematográfico da Marvel.

Brody, que é um fã do ator recebeu em sua casa, em Westminster, no Colorado, um capacete do Homem-Formiga ** ** assinado por Rudd, que dizia: “Para meu bom amigo Brody. Para quando ele dominar o mundo”. ** ** Junto, Paul Rudd também enviou um bilhete com a seguinte mensagem:

“Querido Brody, foi ótimo falar com você no outro dia. É importante lembrar que mesmo quando a vida está difícil, as coisas vão ficar melhores. Existem muitas pessoas que te amam e que acham você uma das crianças mais legais de todas – eu sendo uma delas! Mal posso esperar para ver as coisas incríveis que você vai conquistar. Seu amigo, Paul”.

Notícia publicada no portal Legiao dos Herois , em 08 de agosto de 2022

Fabiana Shcaira Zoboli* comenta:

Apesar do espaço que o bullying tem ganho na mídia, para muitos, ainda, é algo sem importância, uma brincadeira infanto-juvenil sem maiores consequências, um exagero… Apesar do respeito que devemos às opiniões de todos, esse entendimento é muitíssimo equivocado, quando não, uma desculpa bastante infeliz para evitar o necessário enfrentamento da questão.

Bullying – palavra inglesa que deriva do verbo “bully”, “intimidar, ameaçar” e que é utilizada como adjetivo de “valentão, tirânico”, traduz, bem, a realidade do que estamos falando: uma conduta ameaçadora e intimidadora, moral ou fisicamente, para quem a sofre.

Por outro lado, quem o pratica, assume a postura de um tirano, que faz o outro sofrer e, até pode encontrar prazer nisso. Infelizmente, essa realidade pode ser confirmada bastando refletir um pouco: quem nunca sofreu ou presenciou a crueldade de algumas crianças e jovens?

Temos, assim, dois lados de uma mesma moeda.

Falemos, primeiro, da criança ou jovem “valentão” ou “valentona”, que se impõe sobre os demais mediante um comportamento desamoroso e injusto, lembrando que o bullying se caracteriza por uma conduta que se repete – daí a necessidade de enfrentar a questão, mediante a orientação segura no sentido de que é preciso, na Vida, agir, sempre, de acordo com o Bem, com respeito e fraternidade.

“Na alma da criança reside a essência da paz ou da guerra, da felicidade ou do infortúnio para os dias que virão.” ensina, Meimei, pela psicografia de Francisco Candido Xavier (Cartas do Coração, Autores diversos, 1ª Parte, “A criança”).

Temos, então, a responsabilidade dos pais, no sentido de orientar seus filhos quanto as suas condutas equivocadas. Em “O Livro dos Espíritos”, na questão 582, os Benfeitores Espirituais ensinam que a paternidade e a maternidade é uma missão e que responderemos pelas quedas de nossos filhos quando elas se derem por nossa culpa.

Jesus ensinou “Assim, em tudo, façam aos outros o que querem que eles façam a vós” (Mt, 7-12) - essa diretriz precisa ser vivenciada e a pedagogia do Cristo não traz nenhuma dificuldade em aprender a lição, qualquer que seja a nossa idade.

Sabemos, porém, que muitos pais não enfrentam a questão por diversas razões, entre as quais, desconhecimento da conduta do filho, permissividade excessiva e, até, por um comportamento infeliz no lar, de modo que a criança ou o jovem passam a repetir na escola o mesmo comportamento que vivencia em casa. Seja como for, aquele que pratica o bullying, portanto, também necessita de auxílio.

Daí a importância da escola ter uma política de enfrentamento do bullying e dos adultos da comunidade escolar se posicionarem, ativamente, quanto a questão, lembrando que a Lei Federal nº 13.185/2015, em seu artigo 5º, impõe como dever “assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”.

Olhemos, agora, para o outro lado – para quem sofre o bullying.

Aqui, vemos uma realidade dramática que os números retratam: mais da metade das crianças e jovens já sofreram bullying em algum momento da vida escolar, demonstrando que essa violência acontece de forma quase pandêmica e que as suas consequências não são menos devastadoras.

Conforme o portal UOL, “levantamento, realizado no Reino Unido, indica que na faixa etária de 11 a 16 anos, pelo menos 17% dos adolescentes vítimas de bullying consideram tirar a própria vida para fugir da perseguição. Além disso, 78% afirmaram que o problema causa ansiedade e pode fazê-los perder noites de sono (56%). Os novos dados ainda mostram que 57% das crianças já sofreram bullying em algum momento da vida escolar e 74% testemunharam alguém sendo intimidado. O problema do bullying é muito grave, pois afeta diversos aspectos da vida do adolescente, incluindo saúde mental, desempenho acadêmico e frequência escolar. A pesquisa indica que 35% das vítimas de bullying passaram a faltar às aulas e 20% precisaram mudar de escola.” (Fonte: https://veja.abril.com.br/saude/alerta-1-em-cada-5-criancas-pensa-em-suicidio-por-causa-do-bullying/ )

Ansiedade, saúde mental, suicídio – sim… continuamos falando de crianças e jovens…

Crianças e jovens que precisam viver em um ambiente seguro e saudável para que cresçam com alegria, aprendendo a amar a si mesmo e ao outro, ao mesmo tempo em que encontram espaço e estímulo para desenvolverem suas habilidades e talentos.

Felizmente, hoje, muitas escolas têm adotado políticas de enfrentamento ao bullying, assim como organizações governamentais e não governamentais tem se mobilizado em ações para conscientização e prevenção dessa intimidação sistemática.

Como exemplo, tem-se a ação do Ministério Público de Santa Catarina, sob o titulo “Bullying, isso não é brincadeira”, que traz, em seu portal https://www.mpsc.mp.br/campanhas/bullying , importantes informações para todos os envolvidos.

Para os pais, orientam.

Fique atento se sua criança ou jovem:

  • Não tem vontade de ir para a escola.

  • Apresenta baixo rendimento escolar.

  • Volta da escola com roupas ou livros rasgados.

  • Isola-se dos amigos e da família;

  • Geralmente aparenta estar triste, deprimido, ansioso ou aflito.

  • Fica agressivo sem motivo aparente. Apresenta ideias negativas de si.

Vale observar que alguns comportamentos podem ser confundidos como “naturais” na adolescência. Daí a importância de estarmos sempre próximos e disponíveis para os nossos filhos, conversando com eles e procurando conhecê-los e compreendê-los.

Por isso, o MP ainda orienta:

“Dialogue com seus filhos, participando de suas vidas na escola; eduque estabelecendo limites; fique atento a mudanças bruscas de comportamento; ensine o respeito às diferenças entre as pessoas e dê bons exemplos.

Em caso de bullying, não culpe a criança/adolescente pela situação; busque auxílio especializado; comunique à direção da escola, e, caso a escola se omita, busque o Conselho Tutelar ou disque 100.”

Ese você está sofrendo bullying, lembre-se, primeiro, que você não tem culpa e que nada, absolutamente nada justifica essa violência. E não se esqueça: você não está sozinho!

Os Promotores de Justiça recomendam que “se você está sendo vítima de bullying ou se conhece alguém que está, procure a ajuda de um adulto de confiança. Se não conseguir ajuda, DISQUE 100.”

O “Disque 100” é um serviço do governo que recebe denúncias de violação de Direitos Humanos e atende crianças e adolescentes – a ligação é gratuita.

Peça ajuda! Não fique triste sozinho… além desse serviço (Disque 100), você pode conversar com a gente, em nosso chat (na aba no canto inferior da página), ou ligar para o Centro de Valorização da Vida - CVV (Disque 188)!

E se você não sofre bullying, mas sabe que alguém está sofrendo, não tome parte, não ria… Lembre-se que “brincadeira é quando todos riem; se um chora, é bullying.”

Podemos não ser um herói da Marvel, nem ter o capacete do Homem Formiga, e não ser o Paul Rudd mas, podemos fazer diferença na vida de alguém, apoiando quem precisa, deixando claro que bullying não se faz. Converse com seus pais, com a diretoria do colégio, busque ajuda! Seja um amigo… e ganhe um amigo.

Brody, o garoto da reportagem, que somente dois professores e dois alunos assinaram o anuário, que era xingado e empurrado na escola, com certeza traz Paul no coração. E Poul fez, apenas, o que um faz verdadeiro herói: o Bem.

E porque são muito legais, vamos repetir as palavras de Paul à Brody, principalmente, porque elas valem para todos que sofrem ou sofreram bullying e que, ainda, estão com seus corações machucados:

“É importante lembrar que mesmo quando a vida está difícil, as coisas vão ficar melhores. Existem muitas pessoas que te amam e que acham você uma das crianças mais legais de todas – eu sou uma delas! Mal posso esperar para ver as coisas incríveis que você vai conquistar. Seu amigo, Paul”

Nós, da Equipe Espiritismo.net assinamos embaixo.

*Fabiana Shcaira Zoboli é espírita e colaboradora do Espiritismo.net