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Renata Federici comenta notícia de como o momento de pandemia que estabeleceu uma mudança na rotina da vida das pessoas está intensificando os transtornos de ansiedade que já existiam, mas não tinham um reconhecimento apropriado. Muitas vezes eram ignorados. Basta olhar as pessoas e vai perceber que elas não conseguem disfarçar que estes não existem.

  • Data :10 Jul, 2020
  • Categoria :

O grande desafio é buscar fórmulas para tratamento que não exijam remédio.

Por Gisele Bortoleto

O momento de pandemia que estabeleceu uma mudança na rotina da vida das pessoas está intensificando os transtornos de ansiedade que já existiam, mas não tinham um reconhecimento apropriado. Muitas vezes eram ignorados. Basta olhar as pessoas e vai perceber que elas não conseguem disfarçar que estes não existem.

O Brasil está no topo quando o assunto é ansiedade. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que 23,9 dos brasileiros já apresentavam algum tipo de transtorno de ansioso. O grande desafio tem sido buscar fórmulas para tratamento, sem precisar de tomar remédios. Chegou o momento de olhar para o problema, criar consciência e agir.

A ansiedade é uma forma de preparação biológica para agir antes do “perigo” chegar. Antigamente, a ameaça poderia ser um predador. Hoje são os boletos ou a impossibilidade de relacionamento social, por exemplo. " O corpo está produzindo um coquetel de bioquímicos para que o indivíduo se esperte e tenha a capacidade de sair do lugar onde está a fazer algo diferente", explica Bianca Drabovski Chemin, facilitadora de consciência.

Na medida certa, a ansiedade, não é um problema. Existem aspectos necessários e positivos em uma ansiedade em seu padrão natural. Se não houvesse ansiedade e medo, talvez não houvesse seres humanos mais sobre a face da Terra. Foi esse impulso natural que impediu que nossos ancestrais fossem devorados por predadores e o fez fugir dos muitos perigos. “Neste cenário atual a ansiedade se manifesta quando existe uma luta constante contra cobrança da vida e que na maioria das vezes nem são suas. Ter instinto competitivo e autocobrança faz com que o ansioso permaneça em constante alerta e desperta a necessidade de sempre estar a frente do outros. Com isso não vive no presente mas, sim, no futuro”, explica a escritora e terapeuta Patrícia Candido.

Notícia publicada no Diário da Região , em 20 de junho de 2020

Renata Federici comenta*

Viver o Hoje é olhar para o futuro

Vivemos momentos de profundas transformações na Humanidade. O homem encontra-se em um período de transição da sua consciência sobre si mesmo e a sociedade. A Pandemia gerou grandes mudanças, impactou profundamente o homem e suas relações, e com isso também agravou doenças pré-existentes, como a Ansiedade relatada na reportagem.

Ansiedade é um estado emocional relacionado ao futuro, associado ao medo e pode apresentar manifestações orgânicas, como por exemplo sudorese, taquicardia, hiperventilação. Todos nós temos momentos de ansiedade que podem nos auxiliar em situações de perigo, na pontualidade de compromissos, falar em público, na vida cotidiana em geral. Porém, quando a ansiedade torna-se exagerada, sem controle ou motivo aparente pode ser considerada uma doença que se conhece como Transtorno de Ansiedade, e necessita tratamento médico.

O Transtorno de Ansiedade não apresenta uma causa específica, mas segundo os estudos médicos está relacionado a experiências de vida e a fatores estressantes como famílias ansiosas, pressões econômicas, ambientes desestruturados, abusos, perdas, qualidade e quantidade de informações recebidas pela internet, entre outros fatores. Portanto, são situações das quais necessitamos de um equilíbrio emocional para oferecer uma resposta. O desequilíbrio acontece, muitas vezes, pela falta de confiança em si mesmo, nos outros e em algo superior as situações do dia a dia.

Em verdade o que vemos é que o autoconhecimento é base para o restabelecimento de quem sofre com o Transtorno de Ansiedade. E assim também, nos ensina Joanna de Ângelis no livro, “ O Homem Integral”, psicografado por Divaldo Franco, no capítulo 3, A Ansiedade, “*O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento. Não apenas identificação das suas necessidades, mas, principalmente, da sua realidade emocional, das suas aspirações legítimas e reações diante das ocorrências do cotidiano.”. *

Nos autoconhecer implica não somente em observar nossa sombras e nossas virtudes, mas agir para nossa transformação atingindo nossas aspirações. E essas ações iniciam de uma forma simples, assim como a reportagem nos orienta, fazer um exercício físico, controlar a alimentação, ter uma rotina de atividade e horários, procurar leituras que nos auxiliem; e incluiria aqui a leitura do Evangelho, a Prece, Palestras, conversar com pessoas que amamos; são as pequenas atividades que nos ajudam a manter o controle de nossas vidas e isso nos trás benefícios físicos, mentais e também espirituais.

Viver o ontem ou somente o amanhã nos aprisiona e nos impede de crescermos como espíritos. Comparativamente seria dizer que se fossemos um carro e estacionássemos, permanecendo sentados dentro dele, somente vendo o fluxo das vias estaríamos: pelos espelhos vendo o passado refletido, e pelas janelas o futuro a se distanciar, e nunca chegaríamos a um endereço certo.

Devemos tentar viver o hoje, estar presentes nas coisas que fazemos, sermos os condutores do carro que guia a um destino; portanto, quando nos conhecemos e estabelecemos metas em nossas vidas nos libertamos, através do aprendizado do passado com esperanças para o futuro.

  • Renata Federici é fonoaudióloga formada pela PUC-SP. É Espírita, Leitora compulsiva, Amante das palavras. Contribui escrevendo em grupos espiritualistas e é colaboradora do Espiritismo.net.