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Se você tem redes sociais, muito possivelmente já usou filtros para retocar suas fotos. Mas com a tecnologia agora se estendendo cada vez mais aos vídeos, as autoridades devem intervir? A americana Krystle Berger insiste que não está “mudando drasticamente a aparência” quando publica fotos e vídeos no Instagram, TikTok e Facebook. Selma Trigo comenta

  • Data :09/04/2024
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A polêmica sobre a regulação dos apps que retocam fotos

A matéria da BBC aborda o tema do uso de filtros nas redes sociais, em fotos e vídeos. Apesar do argumento de que alterações sutis, segundo uma das entrevistadas, dariam “a maquiagem e a iluminação perfeitas.”; segundo os jornalistas, estas mesmas ferramentas podem promover uma visão irreal da beleza que pode ser perigosa, sobretudo em jovens e crianças. Sob esta alegação, países como a Noruega e Reino Unido criaram leis que exigem que anunciantes e influenciadores informem se a fotografia foi retocada. Nesta esteira, a médica canadense entrevistada traz sua preocupação com o impacto na saúde mental como ansiedade, pensamentos suicidas e depressão.

A íntegra da matéria pode ser acessada em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyd891jgmm5o

O comentário a seguir é de Selma Trigo

A sociedade atual vem sofrendo mudanças rápidas, de forma que, em muitos momentos, não é possível refletir sobre a utilidade e inutilidade de certas propostas que chegam pelos meios de comunicação, principalmente pelas redes sociais.
Não podemos negar que as redes sociais trazem melhorias fundamentais à vida moderna, contudo, também oferecem situações em todos os níveis e meios que fogem à realidade.
Dentre os aspectos negativos das redes sociais é que, além de promover a dependência, podem causar transtornos emocionais, pois o “faz de conta” presente nas mesmas é criado para atender ou excitar os desejos e sonhos de algumas pessoas que não aceitam a própria a realidade, podendo também levar ao desequilíbrio espiritual.
Na página 112, do livro “Os Poderes da Mente”, a autora Suely Caldas Schubert nos diz: “(…) o ser humano sabe muito pouco sobre si mesmo. E embora já tenha feito consideráveis progressos quanto a seu corpo físico, ainda é escasso o seu conhecimento em relação às suas emoções e reações (…)” Em “O Livro dos Espíritos”, na questão 926 onde Kardec pergunta aos Espíritos: “A civilização, ao criar necessidades novas, não constitui uma fonte de novas aflições?” Os Espíritos responderam: “Os males deste mundo são proporcionais às necessidades factícias que criais para vós. Aquele que sabe conter seus desejos (…) está acima de si, poupa-se de muitos desenganos, nesta vida (…)”.
Os desenvolvedores deste tipo de aplicativo lucram com a venda de sonhos (ligado ao ideal desejado no imaginário) e ilusões (por não ser uma realidade concreta) para os insatisfeitos com a própria vida e, agora também, com a aparência de seu corpo.
E como o ser humano ainda não sabe utilizar de sua autonomia plena, é preciso que leis sejam regulamentadas para conter o movimento desordenado, como nos informa a notícia, promovido por anunciantes e influenciadores de mídia social, principalmente, os que agem sem limites, para conseguir seguidores e ganhar muito dinheiro.
Por conta de tudo que foi dito, o fundamental é o autoconhecimento, buscando valorizar conceitos mais significativos e consistentes à vida, pautados no desenvolvimento moral e espiritual. Se assim não for, seremos instrumentos de manipulação com ações chamadas de “manada coletiva” onde todos agem igualmente e na mesma direção sem racionalizar o que vale e o que não vale a pena realizar na vida para própria felicidade.

  • Selma Trigo é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.