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Na maioria dos casos, uma EQM leva o paciente a um contexto agradável, com relatos sentimentais de paz, amor e acolhimento, explica Beatriz Ferrara Carunchio, pós-doutoranda pelo Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, em artigo publicado na Revista Rever, da PUC-SP. No entanto, a neuropsicóloga aponta que, em alguns casos, não é isso que acontece, já que existem as EQMs perturbadoras. Suely Marchesi comenta

  • Data :13/03/2024
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EQM: o que são os eventos transcendentais ocorridos quando algumas pessoas ‘morrem e ressuscitam’

A matéria publicada pelo portal G1, demonstra os resultados do estudo científico realizado por uma pós-doutoranda do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo acerca das consequências psicológicas da Experiência de Quase Morte (EQM) e relatos de quem passou por ela. Segundo a pesquisadora, na maioria dos casos, o paciente passa por um contexto agradável na EQM, mas existem situações classificadas como perturbadoras e que variam nos graus I a III. Nas EQM de grau III, o paciente pode sofrer consequências psicológicas tão profundas que rompem com as certezas existenciais.

A íntegra da matéria pode ser acessada em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/03/07/eqm-o-que-sao-os-eventos-transcendentais-ocorridos-quando-algumas-pessoas-morrem-e-ressuscitam.ghtml

O comentário a seguir é de Suely Marchesi

Relatos de EQM acontecem com mais frequência desde que a medicina evoluiu o suficiente em técnicas de reanimação. As crenças pessoais e a pouca informação sobre a Doutrina dos Espíritos é que levam a conclusões do tipo ‘se a experiência foi boa, sou bom, vou pro céu; se foi ruim, sou uma pessoa ruim, e vou pro inferno’.

O que a Doutrina explica é que, todas as noites, ao dormir, ocorre o que se convencionou chamar de “desdobramento” – e vamos a locais que nos interessam, seja para ver familiares e amigos, seja para companhias de comportamento duvidoso, seja para aprendermos coisas novas, boas ou ruins, seja para visitarmos locais que não podemos ir quando acordados… enfim, muita coisa, sempre guiados pela Lei de Afinidade.

A esses locais, pode-se ir voluntariamente ou ser conduzido por entes desencarnados que podem amar ou odiar o Espírito desdobrado, dependendo da situação.

O mesmo acontece nas vivências de EQM, a diferença é que, nestas, a lembrança da experiência é lúcida e completa, enquanto no sono comum essa lembrança, quando acontece, pode ser um pouco confusa e se diluir em forma de sonho. Há pessoas que treinam a si mesmas para lembrar desses desdobramentos – as chamadas “viagens astrais” - e os relatos são semelhantes aos de EQM.

A probabilidade maior, dada a situação que o Plano Superior sabe ser temporária, é que sejamos levados a conhecer algum local ou situação que nossos mentores pensam ser importantes para o nosso conhecimento.

É às vezes apresentada uma revisão de nossas vidas até ali para refletirmos e estamos bem ou mal nas nossas atitudes (isso é recorrente nos relatos de quem passou pela experiência). O que dá a entender que, se estivermos pondo a perder nossa reencarnação e sua programação, mas ainda houver chance de voltar ao caminho correto, nossos mentores providenciam para que tenhamos essa vivência, de modo que possamos agir, dali para a frente, de maneira diferente.

Penso que um paralelo que podemos colocar aqui é o conhecido Conto de Natal, de Charles Dickens, onde o protagonista é levado pelos espíritos do Natal passado, presente e futuro a conhecer as consequências de sua atitude perante a Vida, e assim alterar um futuro infeliz, mudando seu comportamento e crenças. A EQM, de modo geral, sinaliza para a pessoa de forma mais impactante que existe Vida além da matéria (do que muitos duvidam), e que essa vida pode ter a qualidade que escolhermos para ela, escolhendo na vida terrena o que seria melhor para isso.

Na codificação espírita há muitas explicações neste sentido, e nos livros de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, há relatos e orientações abrangentes e fáceis de acompanhar, mesmo para quem não conhece bem a Doutrina Espírita. O que é importante é não imaginarmos que é uma regra geral e que há parâmetros que guiam a experiência sempre que ela acontecer. Cada caso é um caso.

O que me preocupa mais, na notícia, é o apontamento de que as pessoas que passam por uma experiência negativa de EQM não recebem a assistência que poderiam, passando a viver não com renovação, mas com estresse pós-traumático. Estas pessoas não relatam suas experiências, por medo de serem ridicularizadas, e/ou acabam por não ter acesso a auxílio nem psicológico nem espiritual. Talvez fosse de interesse geral que as pessoas fossem entrevistadas por seus médicos, após passar por qualquer experiência médica similar, para poderem ser encaminhadas para um acolhimento, se necessário.

  • Suely Marchesi é espírita e colaboradora do Espiritismo.Net