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A Holanda está dando uma lição de convivência entre jovens e idosos. Uma ideia inspiradora permite que estudantes morem em instituições de longa permanência com pessoas mais velhas, em troca de 30 horas por mês de trabalho dedicado a idosos que vivem lá. Claudio Conti comenta.

  • Data :19/03/2015
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19 de março de 2015

País incentiva jovens e idosos a viverem juntos

A Holanda está dando uma lição de convivência entre jovens e idosos: uma ideia inspiradora! O país está permitindo que estudantes morem em instituições de longa permanência com pessoas mais velhas, em troca de 30 horas por mês de trabalho dedicado a idosos que vivem lá. O projeto intergeracional holandês criou a residência Humanitas, que tem motivação social, muito mais do que econômica, porque é uma forma de lutar contra o isolamento social dos idosos no país. Em troca de 30 horas de trabalho por mês os estudantes podem se alojar gratuitamente em instituições de longa permanência para idosos.

Aprendizado Os alunos contribuem com o que falta às enfermeiras e o resto da equipe que trabalha. Tempo: é isso que os estudantes dedicam, seu tempo aos velhinhos residentes. Lá os estudantes se reúnem e propõem atividades em função de seus interesses ou competências. Um deles, por exemplo, ensinou a um grupo de idosos a pintar grafite com aerosol. Outro dá curso de informática a um senhor de 85 anos que aprendeu a enviar email e navegar na internet, buscar vídeos ou fazer uma página no facebook. É Jurrien, de 20 anos, que mostra a Anton Groot Koerkamp, de 85, como usar um computador na casa de repouso Humanitas em Deventer, no leste da Holanda. O coordenador das atividades da instituição explica que os estudantes visitam os idosos para “jogar conversa fora”, jogar com eles ou acompanhá-los ao shopping, ou ainda fazer compras para aqueles que não têm condições de sair por sua condição de saúde, entre outras atividades. Os promotores da ideia acreditam que esta é uma boa maneira de combater o isolamento social, além de abrir as portas da casa para o mundo, resolvendo assim vários problemas: a falta de alojamento e recursos dos jovens e a solidão dos idosos. A diretora de Humanitas, Gea Sijpkes, defende o conceito intergeracional que colocou em andamento há dois anos, assinalando que os idosos participam de forma voluntária das atividades propostas pelos jovens.

Vantagens mútuas Se os idosos ganham com essa troca relacional e geracional, os estudantes também. Além da economia com aluguel, longe das habitações pequenas, caras e sem privacidade nenhuma. A residência Humanitas, segundo relato deles, “fantástica”, porque normalmente têm à sua disposição quartos grandes com banheiro privativo e uso da cozinha. Com informações do CTVNews Notícia publicada no Portal Só Notícia Boa , em 4 de fevereiro de 2015.

Claudio Conti * comenta A notícia em análise apresenta uma ideia prática e proveitosa para dois grupos de pessoas que, sem oportunidades como esta, se manteriam afastados, sem se comunicarem, e, com isso, não teriam a compreensão das necessidades e interesses de outros, especialmente, o auxílio que pode ser prestado em coisas e atividades que sequer imaginariam. Contudo, muito mais que isto, o que já representa muito, é a demonstração de que um país pode e deve agir como uma sociedade harmoniosa. O que observamos hoje é que a sociedade de muitos países sobrevive como individualidades com interesses pessoais, demonstrando a degradação do termo, isto é, o indivíduo como ser social deveria buscar o bem estar de todo o conjunto de pessoas com quem compartilha sua vida, cuidando de interesses comuns acima dos interesses pessoais. A degradação da sociedade conduz ao individualismo, onde os grupamentos se formam apenas e durante o período em que cada integrante consegue tomar para si aquilo que deseja, dando de volta para o grupo apenas o suficiente para manter as condições necessárias para que o sistema extrativista prossiga. No final do processo, não se formam laços de amizade ou companheirismo,  nem, tampouco, qualquer avanço social, intelectual ou material, pois a formação do grupo foi motivada por interesses pessoais onde nada é legado. Trazendo o tema para a sociedade da qual fazemos parte como brasileiros, percebemos que a crise que enfrentamos no Brasil atualmente é de natureza histórica. O Brasil colônia foi submetido ao extrativismo e, apesar de todo um movimento ao longo dos anos para a transformação em uma unidade social, que podemos contar com a própria proclamação da independência, isto é, o desligamento de Portugal como sua colônia, e, depois, a proclamação da república, dentre uma infinidade de outras, ainda não conseguimos mudar a forma de pensar. O lema “Brasil, coração do mundo e pátria do Evangelho” deve ser interpretada como a necessidade que temos, enquanto país, de desenvolver o amor como irmãos. Ainda estamos a muitos passos de nos considerarmos como responsáveis pela divulgação do Evangelho de Jesus para o mundo, pois ainda precisamos, primeiramente, nos conscientizar do nosso dever. Não primamos, como brasileiros, pela manutenção do bem estar social, os movimentos ocorrem nos momentos de graves crises. Enquanto esta manutenção não for incorporada no comportamento social, viveremos de crise em crise.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .