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  • Homem que injetou produtos domésticos no rosto ficou desfigurado

Em sua busca incansável pela perfeição estética, o estilista optou por procedimentos arriscados, colocando sua saúde e vida em riscos, após passar por uma transformação que resultou em sérias consequências. Nara de Campos Coelho comenta.

  • Data :19/11/2014
  • Categoria :

19 de novembro de 2014

Obsessão: Homem que injetou produtos domésticos no rosto em busca da “beleza perfeita” ficou desfigurado. O processo é irreversível!

Hugo Hernandez Garcia, de Nuevo Laredo, no México, tem vivido com um rosto desfigurado nos últimos 17 anos.

Em sua busca incansável pela perfeição estética, o estilista optou por procedimentos arriscados, colocando sua saúde e vida em riscos, após passar por uma transformação que resultou em sérias consequências.

Ele sentia desejo de parecer mais feminino, com traços afinados. Hugo começou uma série de cirurgias estéticas em 1997, feitas por ele mesmo utilizando produtos domésticos. Seu objetivo era ter uma aparência impecável na pele e, durante um desses procedimentos, ele chegou a injetar óleo de bebê, acreditando que ele seria um substituto para o colágeno, porém com baixo custo.

Até em teoria essa ideia soa como algo ruim, mas Hugo estava tão cego pelo seu vício em ficar mais belo que não avaliou as consequências. Muitos psicólogos cogitam a hipótese de que Hugo tenha algum transtorno que modifique sua própria visão sobre seu corpo, fazendo-o buscar sempre algo que “melhore” a aparência.

Logo após os procedimentos, a pele ficou vermelha e manchada, e várias partes de seu rosto adquiriram um formato incomum. Seu rosto ganhou contornos que fogem de uma aparência saudável.

Não foi apenas a aparência de Hugo que ficou em ruínas, mas sua saúde foi muito afetada. Além da dor, ele agora depende de mais de 15 tipos de medicamentos por dia, está envolvido em uma dieta especial, que envolve beber muita água, ficar longe de bebidas alcóolicas e evitar uma série de substâncias. Ele foi a vários médicos na esperança de que o dano pudesse ser revertido de alguma forma, mas nada funcionou.

Hugo diz que não tem vergonha de sua condição e não se importa com as pessoas vendo-o do jeito que ele é. “Eu não me importo sobre o que falam quando me veem, mas eu estou deprimido”, disse ele. “Na minha cabeça, eu tento dizer a mim mesmo que não tenho nada a esconder, mas no fundo é traumático. Então eu preciso me consultar frequentemente com um psicólogo, porque fico tendo pensamentos de como estou horrível e como pareço um monstro agora”.

Ainda segundo suas declarações, ele se arrepende de ter ficado obcecado com sua aparência. “Foi um erro e estou pagando por ele”, disse Hugo. Ele quer que as pessoas o tenham como exemplo para não cometer os mesmos erros que ele.

Hugo considera que é sua responsabilidade enviar uma mensagem a todos aqueles que pretendem corrigir sua aparência: consultem médicos adequados antes de decidir fazer qualquer coisa.

De acordo com os cirurgiões, o processo é irreversível.

Fonte: El Manana

Notícia publicada no Jornal Ciência , em 18 de julho de 2014.

Nara de Campos Coelho comenta*

Beleza sem firmeza!

A beleza sempre foi perseguida pela criatura humana, ensejando descobertas quase milagrosas da ciência: cremes, tratamentos, cirurgias, exercícios físicos e muitos outros artifícios. Todos na busca da perfeição estética. O padrão de beleza, entretanto, modifica-se ao longo da trajetória das múltiplas raças e dos acontecimentos, interferindo no  que imperava até aquele momento. Eis que, tal qual uma escrava, a beleza se submete aos modismos vigentes, especialmente na nossa contemporaneidade.

O que acontece é que temos sido negligentes no quesito equilíbrio, cedendo nosso comportamento ao domínio de obsessores, tanto encarnados quanto desencarnados, ou repetindo hábitos tresloucados de outrora. O que vale dizer: hábitos infelizes adquiridos em reencarnações anteriores, que são reforçados e ampliados na atual encarnação, denotando a desarmonia do seu autor em relação às leis divinas a serem seguidas.

O que vemos nos dias de hoje, estipulados como padrão de beleza feminina, por exemplo, são mulheres doentiamente magras, preferência por rostos triangulares, coalhados de botox ou cirurgias plásticas deformantes, dado a frequência, às vezes inacreditável, deste tipo de intervenção. E as que fogem a estes padrões fazem loucuras para deles se aproximarem. O desequilíbrio tem sido tão alarmante, que muitos chegam à morte, em consequência de doenças adquiridas por tal falta de compromisso com a vida.

A notícia em pauta neste comentário fala-nos do mexicano Hugo Hernandes Garcia que, ansioso por modificar-se esteticamente, por perseguir as feições femininas, destruiu o seu rosto com aplicações inadequadas, feitas com ingredientes caseiros, que o desfiguraram, horrivelmente. O pior é que a avaliação médica deu o seu caso como incurável.

O que acontece, como nos ensina “O Livro dos Médiuns”, é que todos temos pontos fracos, que atraem os Espíritos zombeteiros que se divertem ou se vingam de nossa fraqueza, colocando-nos em situação ridícula. E o que vemos nos nosso dias é prova disto. Eis que pessoas, qual caveiras dos filmes humorísticos, desfilam como se fossem princesas de conto de fadas. O senso estético mudou, radicalmente, de enfoque, assemelhando-se aos filmes de Fellini, para não falarmos em Umbral… E elas são aplaudidas, invejadas, seguidas em seu estilo.

É claro que não estamos desvalorizando a ciência com suas descobertas valorosas, mas sabendo-a dependente do crescimento espiritual de cada usuário de suas conquistas. E só nos referimos à estética e não às intervenções de reconstituição de faces e outras.

Com o Espiritismo, podemos observar que a beleza verdadeira não está fora, mas dentro de nós mesmos. Localiza-se na alma, sendo capaz de expandir-se para refletir-se além do corpo, mesmo que este não seja dotado de belas e harmoniosas feições. Exemplo? Chico Xavier. Seu rosto, esteticamente mal definido, exalava tamanha doçura que imprimia beleza imediata a seus traços. Era amor espraiando amor em torno de si e por meio de seu olhar, de suas palavras, de suas mãos macias que se estendiam, carinhosamente, para o papel ou para o cumprimento. Quem viu Chico Xavier de perto, jamais dirá que ele era feio! Sua alma belíssima não o permite!

Quando, todos, soubermos desta verdade, nos dedicaremos ao equilíbrio das próprias ações, lembrando-nos, sempre, de que somos Espíritos e de que precisamos do alimento espiritual. Alimento este que nos forja a alma segundo as ações felizes que nos estimulam a realizar. Por isto Jesus nos disse: “Eu sou o pão do Espírito!” Eis que seus ensinos, se seguidos, nos alimentam, fortificam e embelezam.

Assim, a beleza do corpo sem sua estrutura na alma, não tem firmeza; fenece, rapidamente, deixando impressionados os que pensavam ser eterna a beleza que conquistaram.

Pensemos bem nesta assertiva da Doutrina Espírita e façamos da nossa vida na Terra proposta efetiva quanto ao nosso tratamento de beleza, menos material do que espiritual, reservando todas as horas do nosso tempo para operarmos a nossa transformação pelo amor, que, além de tudo, ilumina.

Um dia, Hugo Hernandes Garcia saberá disto. E, por meio da justiça da reencarnação, será feliz e belo.

  • Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.