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Por falha na pílula anticoncepcional, Rowena Shrimpton engravidou duas vezes, aos 21 e aos 30 anos. No entanto, abortou nas duas ocasiões por não querer compartilhar o marido com ninguém, nem mesmo com um filho, segundo o jornal Deily Mail. Jorge Hessen comenta.

  • Data :13/11/2014
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13 de novembro de 2014

Mulher fez dois abortos para não dividir marido com filhos

Rowena Shrimpton e o marido, Roger, nunca quiseram filhos por medo das mudanças na dinâmica do casal

A britânica Rowena Shrimpton, de 49 anos, é apaixonada pelo marido, Roger, com quem se casou aos 21 anos. Por falha na pílula anticoncepcional, ela engravidou duas vezes, aos 21 e aos 30 anos. No entanto, abortou nas duas ocasiões por não querer compartilhar o marido com ninguém, nem mesmo com um filho. “Enquanto os outros podem me acusar de insensibilidade e de ser egoísta, não me arrependo porque acredito que o resultado desses dois abortos tem sido uma relação extremamente feliz”, disse em entrevista ao jornal Daily Mail.

Depois do casamento, o casal conversou sobre filhos e chegou à conclusão de que não os queria. “Um bebê, nós concordamos, mudaria a dinâmica de êxtase de nosso relacionamento", explicou Rowena. No entanto, poucos meses depois, ela descobriu que estava grávida. “Tinha o cuidado de tomar a pílula, mas deve ter falhado. Eu me senti traída e furiosa. Esse sentimento de proteção e amor materno que as pessoas falam não aconteceu comigo. Eu vi a gravidez como um erro, algo que nenhum de nós queria", disse.

Além da preocupação em dividir a atenção do marido, a britânica pensava que a gestação poderia prejudicar sua aparência, o que diminuíria o desejo de Roger. Sem lágrimas, os dois foram a uma clínica de aborto. “Foi uma coisa horrível para passar, mas nenhum de nós vacilou na determinação. Depois, tive um sentimento de alívio de que poderíamos voltar à nossa vida feliz como um casal.”

Rowena pediu ao médico para fazer uma esterilização, mas ele não aceitou por ela ser muito nova e poder se arrepender no futuro. No entanto, o desejo da britânica de não ter filhos só foi reforçado ao ver seus amigos começarem suas famílias. “Vi como mudou a dinâmica do relacionamento deles: os olhares suaves compartilhados, segurar as mãos, o desejo. Tudo parecia evaporar no minuto em que a mulher teve um bebê. Normalmente, a mulher ficava em casa, sua atenção totalmente focada em seus descendentes, enquanto o marido – sentindo-se negligenciado - criava uma nova vida social para si e, inevitavelmente, acabava encontrando alguém".

Quando se submeteu ao segundo aborto, Rowena teve as trompas cortadas para impedir uma nova gravidez. Ao contrário do que aconteceu com os amigos que tiveram filhos, Rowena e Roger conquistaram tranquilidade financeira e, atualmente, vivem na Escócia e têm uma casa em Nice, no sul da França. Fizeram muitas viagens, incluindo Brasil e Maldivas. “Também posso saciar o meu amor por bolsas de grife: tenho dezenas", disse a britânica.

Rowena revelou que contou para poucas pessoas sobre os abortos. “Sabia que muitos amigos iriam ficar com raiva de mim, especialmente aqueles que não foram capazes de ter as próprias crianças.” Alguns disseram que ela teria sido uma grande mãe e outros que “cometeu um pecado”. Aos 49 anos, a britânica revela que nunca pensa nos bebês abortados ou como eles seriam hoje se não tivesse interrompido as gestações.

“Tenho que ser honesta e dizer que só uma vez pensei sobre como a vida teria sido se tivesse filhos. Há 20 anos, estava segurando a mão da filha do meu melhor amigo enquanto atravessávamos uma estrada. Sentindo os dedos dessa pequena criança entrelaçados nos meus, de repente estava com sentimentos maternos. Por uma fração de segundo, me perguntei se estava errada, que a maternidade seria maravilhosa. Então, pensei sobre as implicações, que significaria partilhar Roger com outra pessoa, então afastei o pensamento". Hoje, o único receio de Rowena é que Roger morra antes dela. “Como é que eu posso viver sem ele? É algo que simplesmente não posso suportar pensar".

Ponto a Ponto Ideias

Notícia publicada no Portal Terra , em 24 de julho de 2014.

Jorge Hessen comenta*

No artigo “Aborto após o nascimento: por que a criança deveria viver?”, Publicado em 23 de fevereiro de 2014, no Journal of Medical Ethics, os autores Alberto Giubilini e Francesca Minerva, acadêmicos em Melbourne, Austrália, argumentam que “o que chamamos de aborto após o nascimento (o assassinato de um recém-nascido) deveria ser permitido em todos os casos em que o aborto também o é, inclusive naqueles em que a criança não é deficiente.” Em vez do termo infanticídio, universalmente utilizado para descrever o procedimento, eles adotaram a expressão “aborto após o nascimento”.(1)

Uma tendência observada por ativistas pró-vida junto aos estudantes universitários nos EUA “é a crescente aceitação do “aborto pós-nascimento”, ou seja, matar a criança depois que ele ou ela nasceram, afirmam líderes pró-vida ao “The Fix College”. Os campus onde ativistas locais e membros da equipe dos “Criados Iguais” encontraram estudantes com esta opinião incluem Purdue, da Universidade de Minnesota e a Universidade Central da Florida.”(2)

Ao comentar qualquer coisa sobre o hediondo crime de infanticídio ou aborto, sempre esbarraremos com histórias monstruosas, abomináveis e desonrosas. Gerald Warner, no Scotland on Sunday, assegura que “o lugar mais perigoso do mundo para uma criança na Escócia é o útero da mãe. Em 2010, a mortalidade infantil levou 218 crianças escocesas à morte. O aborto, 12.826”.(3)

Recentemente, no Brasil, a grande mídia noticiou que as autoridades policiais desmontaram um grande esquema de clínicas clandestinas de aborto no Rio de Janeiro. Foram presas dezenas de pessoas que tiveram mandado de prisão expedidos pela justiça, na operação batizada de “Herodes”. As clínicas eram execrandos feirões do aborto. Seus proprietários estão milionários. Em média, tais matadouros faturavam cerca de R$ 300 mil por mês. Não é para menos, pois se cobrava R$ 1.000,00 para uma curetagem, R$ 2.000,00 para a sucção e R$ 2.500,00 para destroçarem o bebê através do vácuo.

Espera-se que com a operação “Herodes” seja definitivamente desmantelada a quadrilha de malfeitores e “médicos” cruéis. Tal quadrilha realizava diariamente dezenas de assassinatos de bebês no Rio de Janeiro. Dentre os verdugos aprisionados, estão alguns “médicos” idosos, reincidentes no crime e inexplicavelmente com o registro profissional regularizado, a exemplo do Dr. “A.G”, de 88 anos (isso mesmo, quase 100 anos de idade), a médica Dra. “A.M.G.B”, de 65 anos (já tinha sido indiciada em 2001 por 6352 abortos em São João de Meriti, na Baixada Fluminense), o carniceiro Dr. “B.G.S”, de 80 anos, conhecido como “Doutor Aborto”, Dr. “C.E.S.P”, conhecido como ‘Paulista’, de 43 anos, Dr. “G.L.S”, de 72 anos, e Dr. “E.S.F”, de 64 anos.

Os arautos da legalização do aborto evocam as péssimas condições em que são realizados os procedimentos nas clínicas clandestinas. Porém, em que pese o argumento, não nos enganemos, imaginando que o aborto oficial irá resolver a questão do assassinato das crianças no útero; ao contrário, o aumentará bastante! E o pior, continuará a ser praticado em segredo e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações das mulheres que esconderão da sociedade o monstruoso delito do aborto praticado.

Com exceção da gestação que coloque em risco a vida da gestante, quaisquer outras justificativas são inadmissíveis para uma mulher decidir pelo aborto. Se compreendesse as implicações sinistras que estão reservadas para ela, certamente refletiria milhões de vezes antes de extinguir um ser indefeso do próprio ventre. Analisemos o inusitado e repugnante comportamento de Rowena Shrimpton, britânica de 49 anos, que afiança ser apaixonada pelo marido, Roger, com quem está casada há 28 anos. Até aí, nada de censurável. Todavia, ela revelou para o jornal Daily Mail que engravidou aos 21 e aos 30 anos e nas duas gravidezes  deliberou fazer o aborto para não compartilhar o marido com ninguém, nem mesmo com um filho.(4)

Sob essa insana inquietação, Shrimpton pressupunha que a gestação poderia deformar seu corpo e danificar sua aparência, o que poderia diminuir  o “amor” (desejo) de Roger. Presentemente, com 49 anos, Rowena revela que nunca pensa nos bebês eliminados no próprio ventre ou até mesmo como eles seriam atualmente  se não tivesse abortado. Seu único receio hoje, pasmem!, é que Roger, seu idolatrado esposo, desencarne  antes dela, pois acredita que não conseguirá viver sem sua “cara metade”. Só podemos concluir que Rowena Shrimpton é uma psicopata e carece de tratamento psiquiátrico.

Um aborto praticado sob as justificativas de Rowena, mesmo diante de regulamentos humanos (o aborto é permitido na Inglaterra), é um crime ante os estatutos de Deus. O grande mestre Chico Xavier ressalta: “Os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam."(5) Se os tribunais do mundo condenam, em sua maioria, a prática do aborto, “as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam. Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências culpadas, tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde (…)”.(6)

Os inveterados defensores do aborto defendem o direito da mulher sobre o seu próprio corpo, como argumento para a descriminalização do aborto. Contudo, para os preceitos espíritas, o corpo do embrião não é o da mulher, visto que ela abriga, durante a gravidez, um outro corpo, que não é, de forma alguma, a extensão do seu. O nascituro não é um objeto qualquer semelhante à máquina de carne, que pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, porém um ser humano com direito à proteção, no lugar mais fantástico e sublime que Deus criou: o templo da vida, ou seja, o útero materno.

Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassínio do bebê no ventre materno é uma medicina criminosa. Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus. Parece que no Brasil a taxa de interrupção de gravidez supera a taxa de nascimento. Essa situação tem estimulado grupos dispostos a legalizar o aborto no Brasil, torná-lo fácil, acessível, higiênico, juridicamente “correto”. Contudo, ainda que isso possa vir a ocorrer, JAMAIS esqueçamos que o aborto ilegal ou legalizado SEMPRE será um CRIME perante às Leis Divinas!

Óbvio que não lançamos os anátemas da condenação desapiedada àquelas que estão submergidas no corredor escuro do aborto já perpetrado, até para que não caiam na vala profunda da desesperança. Expressamos ideias cujo escopo é iluminá-las com o fanal do esclarecimento para que enxerguem, mais adiante, a opção do Trabalho e do Amor, sobretudo nas adoções de filhos rejeitados, que atualmente se amontoam nos orfanatos. “É preciso também saber que a lei de causa e efeito não é uma estrada de mão única. É uma lei que admite reparações; que oferece oportunidades ilimitadas para que todos possam expiar seus enganos."(7) Errar é aprender; destarte, ao invés de se fixarem no remorso inócuo, precisam aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento futuro.

Referências bibliográficas:

(1) Disponível em http://www.zenit.org/pt/articles/o-aborto-e-o-infanticidio >, acessado em 31/10/2014;

(2) Disponível em http://www.thecollegefix.com/post/19896 >, acessado em 31/10/2014;

(3) Disponível em http://www.zenit.org/pt/articles/o-aborto-e-o-infanticidio >, acessado em 31/10/2014;

(4) Disponível em http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/mulher-fez-dois-abortos-para-nao-dividir-marido-com-filhos,554e5287ce867410VgnVCM4000009bccebaRCRD.html >, acessado em 25/10/2014;

(5) Xavier, Francisco Cândido. Leis de Amor, ditado pelo Espírito Emmanuel, SP: Ed. FEESP, 1963;

(6) Peralva, Martins. O Pensamento de Emmanuel. Cap. I. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978;

(7) De Lima, Cleunice Orlandi. A Quem Já Abortou - artigo - disponível em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/aborto/a-quem-ja-abortou.html >, acessado em 20/10/2014.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.