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Antônio da Conceição Ferreira, um cobrador de ônibus de 42 anos, criou o projeto Cultura no Ônibus. Ele empresta livros para passageiros da linha em que trabalha, no Distrito Federal. ”Dentro do ônibus não há atrativos para os passageiros, então vejo o livro forma de distração e de adquirir cultura’, convida. Claudio Conti comenta.

  • Data :15/11/2014
  • Categoria :

15 de novembro de 2014

Ônibus empresta livros a passageiros

Um cobrador de ônibus teve uma ideia interessante para melhorar as viagens dos passageiros.

Antônio da Conceição Ferreira, de 42 anos, criou o projeto Cultura no Ônibus.

Ele empresta livros para passageiros da linha em que trabalha, no Distrito Federal.

”Dentro do ônibus não há atrativos para os passageiros, então vejo o livro forma de distração e de adquirir cultura", convida.

O projeto

Ele diz que começou o projeto com uma caixa de papelão, onde que guardava os livros no ônibus, assim que ele começou a trabalhar na linha circular de Sobradinho II e Plano Piloto em 2003.

Hoje, o cobrador monta uma estante com cerca de 15 livros assim que começa o expediente no coletivo.

No começo, Antônio anotava o nome e dados dos passageiros que pegavam os livros emprestados.

Agora ele diz que não se importa mais com a devolução dos volumes.

“Hoje é livre, os leitores podem ficar totalmente à vontade para pegar os livros. A ideia é que os livros passem de mão em mão. Mas o passageiro de todos os dias sempre devolve”, informa.

Sonho

Antônio sonha em ampliar o projeto para todos os ônibus do DF.

“Aí quem pegar o livro em um coletivo em Ceilândia, poderá devolver em outro ônibus no Guará. Vejo o coletivo como uma grande biblioteca.

Entre os volumes mais procurados, segundo o cobrador, estão os livros de contos, crônicas, romances e autoajuda.

O acervo do cobrador é formado por doações de passageiros e de internautas que acessam o blog do projeto.

Em casa ele já reúne um acervo com cerca de oito mil títulos, entre livros, revistas e cordéis.

O autor

Estudante do segundo ano do Ensino Médio, o maranhense diz que já tinha lido vários autores, mas o primeiro livro que teve prazer de ler foi o romance Capitães de Areia, de Jorge Amado.

Além do autor baiano, ele prefere os escritores Clarice Lispector, Carlos Drummond Andrade, Luiz Fernando Veríssimo, Rubem Fonseca e Dalton Trevisan.

Com informações do R7

Notícia publicada no Portal Só Notícia Boa , em 23 de julho de 2014.

Claudio Conti comenta*

O processo evolutivo do espírito é muito interessante. Ao ser observado o comportamento daqueles que estão próximos, verifica-se que as potencialidades estão disponíveis para todos. Todavia, é preciso querer, isto é, ter vontade.

A vontade é a mola que impulsiona o espírito na sua caminhada, seja qual for a direção tomada e pode ser avaliada em suas diferentes nuances. Em “O Livro dos Espíritos”, na observação de Kardec à questão 71, encontramos o seguinte: “A inteligência é uma faculdade especial, peculiar a algumas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de atuar, a consciência de que existem e de que constituem uma individualidade cada um, assim como os meios de estabelecerem relações com o mundo exterior e de proverem às suas necessidades.”

Vamos considerar que, em nossa visão acanhada, todo trabalho (“trabalho” no sentido da Física) necessita da existência ou disponibilidade de energia. Portanto, para que o espírito possa promover seu aprimoramento pessoal e coletivo deverá, forçosamente, disponibilizar energia para tal. No meio espírita, entendemos esta energia disponibilizada como “vontade”.

Tal como a energia disponibilizada nos alimentos é transformada e faz com que os órgãos se movimentem, a vontade é uma energia que faz com que o espírito se movimente, atue e se relacione com os outros espíritos e, também, com o mundo material. Dependendo do tipo, essa energia terá um ou outro direcionamento.

É ainda neste mesmo sentido que se pode compreender o porquê não fazer o bem é o mesmo que fazer o mal, pois, em ambas situações não há movimento ao longo da evolução e, como o espírito não retroage, permanece estacionário em ambas situações. Contudo, há um diferencial que esclarece um pouco mais esta questão: no segundo caso já existe o hábito de disponibilizar energia para realizar trabalho enquanto no primeiro caso este hábito ainda não se instalou.

Nas atividades de esclarecimento a espíritos desencarnados é comum ocorrerem casos em que, acostumados a atividades não nobres, ao serem apresentados ao direcionamento no bem para esta energia que já se encontra disponível, decidam pelo novo caminho, abandonando o antigo. Em contrapartida, os espíritos preguiçosos que se manifestam nestas mesmas atividades demonstram uma inércia que, muitas vezes, é difícil de “quebrar”.

Assim, com base no exemplo apresentado na reportagem em análise, é importante percebermos as oportunidades que são colocadas ao nosso dispor, como aconteceu com o cobrador em questão; necessitamos nos acostumar a disponibilizar energia e direcionar adequadamente para que o caminho evolutivo seja prazeroso.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .