Carregando...

  • Início
  • Stephen Hawking admite em entrevista que tentou suicídio

O professor britânico Stephen Hawking tentou cometer suicídio na década de 1980 quando sua doença neurológica comprometeu suas capacidades de respirar e falar. O cientista também defendeu o direito do paciente terminal de optar pela morte assistida. Jorge Hessen comenta.

  • Data :22 Oct, 2014
  • Categoria :

22 de outubro de 2014

Stephen Hawking admite em entrevista que tentou suicídio

O cientista também defendeu o direito do paciente terminal de optar pela morte assistida

O professor britânico Stephen Hawking admitiu que tentou cometer suicídio na década de 1980 quando sua doença neurológica comprometeu suas capacidades de respirar e falar, informou o jornal The Independent .

A revelação foi feita durante uma entrevista sobre morte assistida à BBC , na qual o cientista discutiu suas experiências após ser diagnosticado com uma doença terminal.

Hawking, mundialmente reconhecido como um dos mais influentes físico teóricos desde Einstein, contou que desafiou os médicos que lhe deram apenas alguns meses de vida em 1963, após ele ser diagnosticado com uma Doença Neuronal Motora (MND).

Ela afeta as células que controlam a atividade muscular voluntária, como a fala e os movimentos do corpo, e progressivamente leva o enfermo à morte. Apenas 5% das pessoas diagnosticadas com MND sobrevivem por mais de uma década após o diagnóstico.

Questionado pela BBC sobre o risco de o projeto de lei assistida Lord Falconer estimular pessoas que podem ter uma vida longa e produtiva a escolherem a morte, ele disse: “Essa é uma decisão que o indivíduo tem de fazer, é errado a lei nos tirar essa opção”. “Eu admito que quando fiz minha cirurgia de traqueosstomia, eu tentei cometer suicídio, não respirando”, completou.

Após a cirurgia, realizada em 1985, Hawking passou a usar o programa de computador Equalizer, que juntamente com um sintetizador de voz, permite que ele selecione palavras a partir de uma série de menus na tela controlada por um interruptor na mão.

“Se você tem uma doença terminal e está sofrendo, eu acho que você tem o direito de escolher colocar fim a sua vida. Nós não deixamos animais sofrerem, então por que nossa dor seria prolongada contra a nossa vontade?” indagou.

Notícia publicada no Portal Terra , em 17 de julho de 2014.

Jorge Hessen comenta*

Stephen Hawking, um dos mais influentes físico teóricos desde Einstein, confinado a uma cadeira de rodas por conta de uma Doença Neuronal Motora (MND), tem asseverado insistentemente que não há a necessidade de invocar Deus para explicar a existência do Universo. Garante que “não existe nenhum paraíso e ou vida após a morte.”(1) Sob o deslumbramento de sua inócua inteligência, continuamente negando a vida espiritual, Hawking já admitiu que tentou o suicídio na década de 1980, quando a doença neurológica comprometeu suas capacidades de respirar e falar.

Ateu e materialista, Hawking, infelizmente, desconhece que o suicida, além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas consequências de seu gesto impensado de revolta diante das leis da vida, ainda renascerá com todas as sequelas físicas daí resultantes, e terá que arrostar, novamente, a mesma situação provacional que a sua flácida fé e distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial. Provavelmente as atuais restrições físicas do afamado e insurrecto cientista seja decorrência de alguns suicídios cometidos em vidas anteriores.

Nós, espíritas, sabemos que o suicídio é a mais desastrada maneira de fugir das provas ou expiações pelas quais devem passar o homem. É uma porta falsa em que o indivíduo, julgando libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior. Arrojado, violentamente, para o Além-túmulo, em plena vitalidade física, revive, intermitentemente, por muito tempo, os acicates de consciência e sensações dos derradeiros instantes, além de ficar submerso em regiões de penumbras, onde seus tormentos serão importantes para o sacrossanto aprendizado, flexibilizando-o e credenciando-o a respeitar a vida com mais empenho.

Sob o guante de enfermidade que poderia representar um benévolo convite da vida para reflexões espirituais, o rebelado cientista britânico permanece sob o jugo de ingênua birra contra as Leis do Criador. Stephen tem apresentado argumentos incoerentes, defendendo o direito de um paciente terminal optar pela morte assistida (eutanásia). Expõe o insurgente Hawking que “se alguém tem uma doença terminal e está sofrendo tem o direito de escolher colocar fim a sua vida."(2)

Ignora o revoltado físico britânico que o médico que pratica a eutanásia não honra o Juramento de Hipócrates. O “Pai da Medicina”, que viveu na Grécia, 460 a.C., e era tido como descendente de Esculápio, o deus da medicina. Seu compromisso de honra é considerado a lei moral maior da arte e da ciência de curar. Sua íntegra, muito pouco conhecida, contém a proibição tácita da eutanásia. Vejamos:

“Juro por Apolo, médico, por Asclépios, Hiligéia e Panacéia e tomo por testemunha todos os deuses e todas as deusas fazer cumprir conforme o meu poder e a minha razão o juramento cujo texto é este: Aplicarei os regimes, para o bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha razão, nunca para prejudicar ou fazer mal a quem quer que seja. A ninguém darei, para agradar, remédio mortal [eutanásia], nem conselho que o induza à destruição.”

Não cabe ao homem, em circunstância alguma, ou sob qualquer pretexto, o direito de escolher e deliberar sobre a vida ou a morte de seu próximo, e a eutanásia, essa falsa piedade, atrapalha a terapêutica divina nos processos redentores da reabilitação. Os discípulos de Allan Kardec sabem que a agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser, em verdade, um grande benefício para o doente. Pois nem sempre conhecemos as reflexões que o Espírito pode fazer nas convulsões da dor física e os tormentos que lhe podem ser poupados graças a um relâmpago de arrependimento.

Deste modo, entendamos e respeitemos a dor, como instrutora das almas e, sem vacilações ou indagações descabidas, amparemos quantos lhe experimentam a presença constrangedora e educativa, lembrando sempre que a nós compete, tão-somente, o dever de servir, porquanto a Justiça, em última instância, pertence a Deus, que distribui conosco o alívio e a aflição, a enfermidade, a vida e a morte, no momento oportuno.

Referências:

(1) Disponível em http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/stephen-hawking-%E2%80%9Cvida-apos-a-morte-e-um-conto-de-fadas%E2%80%9D , acessado em 04/10/2014;

(2) Disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/stephen-hawking-admite-em-entrevista-que-tentou-suicidio%2c09f60cf493447410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html , acessado em 01/10/2014.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.