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Um novo restaurante no leste da China está utilizando robôs para preparar a comida e servir os clientes. O Dalu Robot Restaurant em Jinan, capital da província de Shandong, conta com sete robôs. Os clientes também são atendidos por robôs dançantes. Breno Henrique de Sousa comenta.

  • Data :10/09/2014
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10 de setembro de 2014

China abre restaurante com chefs e garçons robôs

Um novo restaurante no leste da China está utilizando robôs para preparar a comida e servir os clientes.

O Dalu Robot Restaurant em Jinan, capital da província de Shandong, conta com sete robôs.

Os clientes também são atendidos por robôs dançantes.

O proprietário já possui planos de abrir um outro restaurante no mesmo esquema.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 22 de abril de 2014.

Breno Henrique de Sousa comenta*

O futuro

Somos ansiosos com relação aos riscos e oportunidades que nos oferece o futuro, talvez porque o futuro é de certa forma incerto, a não ser que acreditemos em um destino fatídico. E mesmo para aqueles que acreditam nas fatalidades, isso não lhes exime das preocupações com o futuro.

Por preocupar-se com o futuro, talvez por isso o homem tente criá-lo através de seus devaneios futuristas, da ficção científica, das predições de toda ordem. Mas se o futuro não existe, provavelmente nós poderemos cria-lo, e a prova disso é que o que um dia foi imaginação e ficção hoje é realidade.

Robôs fazendo o trabalho de seres humanos podem gerar desemprego? Sem dúvida a tecnologia tem seus impactos sociais, assim como as máquinas no campo substituíram a mão de obra de milhares de trabalhadores que tiveram de migrar para outras atividades. Certamente devemos nos preocupar com esse processo de transição, dirimindo seus impactos sociais e garantindo o acesso igualitário aos seus benefícios, mas não podemos, ainda que quiséssemos, frenar a marcha do progresso; isso poderia ser ainda mais catastrófico. O progresso pode extinguir algumas profissões, mas faz surgir outras que não existiam, obrigando as pessoas a saírem de sua zona de conforto e a adaptar-se aos novos tempos.

Aliás, nesses tempos é difícil encontrar isso que se chama “zona de conforto”. O atual modelo de sociedade nos exige atualização constante dos conhecimentos. Já não se pode simplesmente fazer a mesma coisa repetidamente durante toda a vida. O desafio de adaptar-se a uma época de mudanças vertiginosas é um impulso para o nosso progresso intelectual e, por consequência, moral.

Para o Espiritismo, o progresso é sempre bom, isso dito em um sentido absoluto, o que não significa que certas tecnologias não possam ser usadas momentaneamente para o privilégio de uma minoria e prejuízo de uma maioria. Mas se Deus permite distorções pontuais, é que Ele sabe que isso mais tarde se tornará benefício comum a todos, além disso, aqueles que usam o conhecimento para seus interesses mesquinhos fazem mal uso de seu livre-arbítrio e mais tarde terão que responder perante a justiça divina.

O futuro já chegou. Não se pode deixar de olhar também com certo espanto, admiração, mesmo quando estamos cercados de notícias desse tipo. “Onde isso tudo vai parar?”, alguém pergunta. E quem disse que tem fim a evolução? Estamos apenas no início, isso é apenas o começo e o céu é o limite. Preparemo-nos porque daqui por diante será cada vez mais frequente ver a ficção científica saltar para a realidade.

Acompanhado de todo esse progresso tecnológico e científico, não podemos deixar de pensar sobre as consequências morais e espirituais que esse panorama favorece. Não há como dizer que essas mudanças não afetarão a nossa forma de aprender, de ver a realidade, de pensar e de agir. É por isso também que nós acreditamos que nos encontramos no limiar de uma nova época para a humanidade. Quem for bom observador se dará conta sem muito esforço que são chegados os tempos. Não nos assustemos, porque se as fatalidades não existem de maneira absoluta, tão pouco estamos como folhas soltas ao vento. Tudo está dentro de um plano maior que nos direciona na senda do progresso.

  • Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.