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O sentimento de raiva tende a espalhar-se mais entre os utilizadores de redes sociais do que outros sentimentos, segundo um estudo da Universidade Beihang, em Pequim, numa rede social chinesa. Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta.

  • Data :07/01/2014
  • Categoria :

7 de janeiro de 2014

Estudo sugere que a raiva se espalha mais pelas redes sociais online

João Pedro Pereira

Cientistas analisaram mensagens numa rede social chinesa semelhante ao Twitter e com mais de 500 milhões de utilizadores.

O sentimento de raiva tende a espalhar-se mais entre os utilizadores de redes sociais do que outros sentimentos, segundo um estudo de investigadores da Universidade Beihang, em Pequim.

O grupo de cientistas analisou cerca de 70 milhões de mensagens publicadas em 2010 por 200 mil utilizadores na rede social Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter e com mais de 500 milhões de utilizadores registados (o Twitter tem cerca de 200 milhões de utilizadores activos).

Os investigadores elaboraram uma rede de relações entre os utilizadores do Weibo com base no número de interacções que estes estabeleciam entre si (por exemplo, através da republicação de uma mensagem ou da menção do nome de outro utilizador). Aqueles que atingiam um valor mínimo de interacções eram considerados como estando relacionados.

Depois disso, o estudo analisou as mensagens publicadas e classificou-as como expressando um de quatro sentimentos: raiva, alegria, nojo ou tristeza. Cada utilizador foi catalogado num destes sentimentos de acordo com aquele que expressava mais frequentemente.

A equipa de quatro cientistas, Rui Fan, Jichang Zhao, Yan Chen e Ke Xu, descobriu que os utilizadores mais próximos na rede de interacções tendem a manifestar predominantemente o mesmo tipo de sentimento. E a raiva é aquele que é mais vezes partilhado entre utilizadores que têm uma relação entre eles, seguindo-se a alegria e, em níveis muito mais baixos, a tristeza e o nojo. “Comparada com outros sentimentos, a raiva tem uma maior correlação positiva, o que indica a sua propagação rápida e vasta”, escrevem os autores do estudo, publicado este mês.

Na amostra de mensagens analisadas, os investigadores notaram também que o sentimento de raiva surge associado a dois tipos de eventos: questões internas da sociedade chinesa, como a falta de comida ou os subornos no Governo, e questões relacionadas com a diplomacia e conflitos daquele país com o estrangeiro. Dado que a raiva tende a espalhar-se mais rapidamente, o estudo conjectura que este sentimento “desempenha um papel não desprezível na propagação em massa de notícias negativas”.

Notícia publicada no Jornal Público , em 16 de setembro de 2013.

Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta*

“De que maneira o espiritismo pode contribuir para o progresso?” E respondem os espíritos: “Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade…” (Allan Kardec, na questão 799, de “O Livro dos Espíritos”)

A destruição do materialismo nos remete ao uso correto de tudo aquilo que a tecnologia moderna, na era digital, nos disponibiliza a cada dia. O materialismo desperta a ambição, a ganância, o poder, o consumismo que ilude o ser a uma felicidade ilusória.

Desta forma, ciência, tecnologia e indústria, que deveriam tornar-se um extraordinário instrumento a serviço da humanidade, auxiliando o ser imortal na sua caminhada evolutiva, torna-se uma ferramenta na organização de grupos que propagam a rebeldia, o ódio, a desarmonia, como temos visto ultimamente nos telejornais.

Mas a destruição desses sentimentos não se desenvolve com a mesma velocidade da ciência moderna, nem com a ajuda dessa tecnologia. É necessário que novos comportamentos e esforços pessoais sejam implementados dentro de nós mesmos, dentro dos nossos lares, dos nossos corações.

É através da nossa educação e a dos nossos filhos que desenvolveremos, acima de tudo, o amor nos nossos corações. Não são as máquinas sofisticadas e frias que se tornarão instrumentos de alegria, de caridade, de felicidade, de amor e fraternidade. É o seu uso inteligente e pacifico que as tornarão um bem para a humanidade.

É imprescindível que nos preocupemos com a nossa reforma espiritual. Se somos capazes de avançar cientificamente e intelectualmente, o que nos impede de nos desfazermos de vícios impregnados há muitos e muitos anos no nosso espírito? Somente o orgulho do homem o impede de subir os degraus da evolução espiritual. Será, sem dúvida, quando ele se conscientizar da importância da prática da humildade, da fraternidade, da caridade, enfim, de todos os valores que o Mestre Jesus veio nos ensinar, por intermédio dos Seus exemplos, no uso do nosso cotidiano.

Quando os homens usarem a ciência e a tecnologia para se unirem como verdadeiros irmãos que somos, sem distinção de raça, cor, sexo, condição social ou qualquer motivo de diferenciação entre eles, estará, então, eliminada da sociedade essa violência que vem destruindo famílias, sociedades e nações.

Os espíritos superiores vêm nos alertando, constantemente, que não temos mais tempo a perder para consolidar a nossa reforma íntima. Valorizemos essa oportunidade que estamos tendo para nos preparar para o próximo mundo onde essas violências não mais farão parte do nosso dia-a-dia.

É esse o papel da nossa doutrina, o Consolador Prometido por Jesus, o de alertar ao homem moderno o respeito perante à vida, a si próprio e ao próximo. Tudo muda para aquele que sabe de importância e do objetivo de cada reencarnação. É a partir dessa compreensão que caminhamos para desfrutar a paz e a felicidade prometida por Jesus.

Somos a consequência de nós mesmos, dos nossos erros e acertos, das nossas opções. Se tudo é oferecido a nós como possibilidade de crescimento, sairemos vencedores ao longo da caminhada. Mas, se plantarmos a discórdia, o ódio, a desunião ao longo do caminho, certamente colheremos muitas lágrimas no final de cada reencarnação.

  • Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.