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As jovens de 17 anos que foram inspecionadas por um guarda de segurança de uma loja da Victoria’s Secret em Nova York não levavam roupas roubadas em suas bolsas como se suspeitava a princípio, mas o corpo sem vida do feto de uma delas. Cristiano Carvalho Assis comenta.

  • Data :24/12/2013
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24 de dezembro de 2013

Adolescentes são flagradas com bebê morto dentro de bolsa em loja em NY

Agencia EFE

Duas adolescentes de 17 anos que foram inspecionadas nesta quinta-feira por um guarda de segurança de uma loja da Victoria’s Secret em Nova York não levavam roupas roubadas em suas bolsas como se suspeitava a princípio, mas o corpo sem vida do feto de uma delas.

A suposta mãe do bebê foi transferida para um hospital na praça de Herald Square, no centro da cidade, onde fica uma das lojas da famosa marca de lingerie, enquanto a polícia interrogava a outra adolescente, segundo o jornal ‘New York Post’.

O canal ‘CBS’ disse que a mãe teria explicado que sofreu um aborto espontâneo na quarta-feira e que não sabia o que fazer com o corpo.

Os restos mortais foram transferidos ao escritório do instituto médico-legal para submetê-lo a autópsia e determinar a causa da morte.

O corpo foi descoberto após uma discussão entre o segurança e as duas adolescentes nos fundos da loja, em que foi pedido que mostrassem o conteúdo das bolsas que levavam depois de detectarem um comportamento estranho delas.

Notícia publicada no Portal G1 , em 17 de outubro de 2013.

Cristiano Carvalho Assis comenta*

Antes de começar o comentário desta reportagem, pensamos em falar sobre a gravidez na juventude, a irresponsabilidade em se colocar um bebê morto dentro de uma bolsa ou se o que diziam era verdade ou não. Mas no momento de escrever, observamos que todos esses apontamentos seriam julgamentos de nossa parte e percebemos que essa é a conduta mais simples e que normalmente todos nós fazemos.

Já perceberam que nossa maior dificuldade não é perceber o mau procedimento dos outros ou analisar os pormenores de uma situação, mas sim a capacidade de nos colocarmos no lugar da pessoa que passa pelos seus desafios, desenvolvendo a compaixão e o amor para aqueles que erram? Nossa capacidade intelectual e de perspicácia já identificam quando as pessoas falam uma coisa e fazem outra ou se choca quando as atitudes alheias são desconcertantes, pois não consideramos que seríamos capazes de fazer o mesmo.

Mas será que essa é a posição mental e emocional daqueles que desejam se melhorar intimamente, fazer o bem aos semelhantes, ou seja, desejam ser verdadeiros cristãos? Quais os sentimentos que geramos quando lemos esta reportagem? Revolta, tristeza, vontade de fazermos “justiça”, ou já sentimos piedade e compreensão para aqueles que erraram? Pois se foram os primeiros, é provável que não conseguiremos ser caridosos ou amorosos para com eles.

Sem dúvida veremos erros de conduta desta jovem, mas paremos um instante e meditemos, sem a indiferença de nossos julgamentos secos e imediatistas que normalmente chegam a um veredito taxativo e acusador. Coloquemos-nos no seu lugar, mas não da forma que fazemos constantemente, onde nos colocamos na situação sugerida, mas ainda tendo todas as nossas conquistas íntimas atuais e nosso conforto físico, material e moral. Normalmente não nos posicionamos como a pessoa, com suas limitações emocionais, e por isso dizemos imediatamente: “eu não faria isso” .

Seja qual for o motivo que levou a jovem a carregar um feto morto em uma bolsa, tendo ela consciência ou não, sentimentos de arrependimento ou não, será um fato que deixará marcas em sua vida psicológica e espiritual, trazendo consequências futuras. E antes de nos apressarmos em pensar que estamos livres de passar por isso, lembremos que poucos de nós já nos autoconhecemos por completo para saber, com certeza, como reagiremos em fatos que a levaram a fazer isso. E, menos ainda, sabemos quantos crimes, piores dos que estamos julgando, já fomos capazes de fazer em existências passadas.

Por isso, antes de julgarmos qualquer situação que ocorra ao nosso redor, nos jornais, revistas e com nossos parente ou amigos, lembremos de Jesus a nos dizer: “Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós.” (Mateus, VII: 1-2.)

Invistamos na capacidade de compreensão, piedade, caridade e amor para com todos em nossos julgamentos. Sabemos que isso é bem difícil, pois nossa bagagem espiritual nos estimula a julgar, vingar e se revoltar. Mas quem sabe investindo nisso, daqui algum tempo, estaremos seguindo o exemplo de Bezerra de Menezes, quando suplica a Deus pelos que erram:

“Oh, Senhor da Vida, te pedimos humildemente, olhe por aqueles que sofrem, mas também, Senhor, por aqueles que fazem sofrer.

Senhor da vinha, pedimos de coração aberto que olhe por aqueles que passam por privações, inclusive alimentares, mas principalmente pelos que podem mudar a situação e não o fazem, por omissão.

Senhor, pedimos pelos que usam armas em nome de Deus para a Salvação, mas também por aqueles que produzem-nas e ensinam a lutar.

Senhor, Te pedimos pelos que estão em guerra, como também por aqueles que a começaram e não a querem terminar, mas também pelas guerras emocionais, violentas do ódio, desespero, inimizade, raiva, que o homem jamais pôde vencer. Ajuda-nos Senhor, a combater.

Te pedimos, Senhor, pelos homens de olhos fechados e corações petrificados na amargura e consequentemente distantes de ti. Por eles te pedimos e rogamos-Te auxílio, Mestre querido, pois ainda estão endurecidos (…)”

Assim seja.

  • Cristiano Carvalho Assis é formado em Odontologia. Nasceu em Brasília/DF e reside atualmente em São Luís/MA. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Maranhense e colaborador do Serviço de Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.