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Instituições carregam estigma de locais amaldiçoados, como se não bastasse ser uma escola… É o caso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da Faculdade Cásper Líbero, além de universidades americanas. Humberto Souza de Arruda comenta.

  • Data :24/11/2013
  • Categoria :

24 de novembro de 2013

Faculdades mal-assombradas assustam alunos no Brasil e no mundo

Instituições carregam estigma de locais amaldiçoados, como se não bastasse ser uma escola…

Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) — O prédio histórico, localizado no centro de São Paulo, tem porões famosos, recanto de encontro de diversos alunos. Ali já funcionou um mosteiro. Há boatos de que um dos professores mais antigos da faculdade foi enterrado no cemitério do local, dedicado apenas a católicos. O catedrático, porém, era protestante. Até hoje, algumas pessoas dizem ouvir alguns dos mais ilustres alunos da instituição discutindo política nos corredores escuros da faculdade.

Faculdade Cásper Líbero — Na avenida Paulista, no centro de São Paulo, diversos alunos falam que o prédio é um labirinto, com portas que não dão em lugar nenhum, e escadarias confusas. Há boatos de que ex-alunos são proibidos de visitar a instituição, a não ser em casos específicos, pois alguns teriam tentado pular do alto do prédio. Estudantes também dizem ouvir vozes perdidas pelos corredores da faculdade.

Uma escola em Itatira, no interior do Ceará, seria mal-assombrada pelo espírito de um ex-aluno morto. Durante um evento no local, diversos estudantes passaram mal e tiveram de ser atendidos em caráter de emergência.

Faculdade Estadual de Keene: Sala da Caçadora — Segundo a lenda local, o salão tem sido assombrado desde que o fantasma de Harriet Lane Caçadora soube que o dormitório local, projetado para abrigar 157 mulheres, foi transformado em abrigo para ambos os sexos durante a Segunda Guerra Mundial. Chateada com o equilíbrio, Harriet continuaria a ranger sua cadeira de rodas no sótão do salão até os dias de hoje.

Universidade St. Mary’s de Minnesota: Salão Heffron — O bispo Patrick Heffron foi morto a tiros em uma capela no campus de St. Mary, em 1915, pelo padre Lesches. Os estudantes acreditam que o local tem sido amaldiçoado desde sua construção, em 1921, e que o fantasma do bispo é flagrado por ali, onde seria o responsável por inexplicáveis rascunhos.

Universidade Fordham — Estudantes relatam atividades paranormais em todo o campus, mas em particular no salão Keating. Alguns que dizem sentir um toque fantasmagórico por ali, acreditam que o local foi construído sobre os túneis de um necrotério.

Universidade Estadual do Leste do Tennessee — Alguns dizem que, praticamente, cada prédio pode se orgulhar de ter um fantasma próprio. O fantasma do primeiro presidente da instituição, John Gilbreath, percorre o campus, segundo a lenda.

Faculdade Gettysburg: Salão Brua — O campus desta faculdade fica ao lado do campo da batalha homônima, famosa na história americana. O local seria assombrado por espíritos de soldados mortos. Um dos fantasmas fica no Salão Brua, e é um oficial militar que conta piadas para os alunos.

Faculdade Hamilton — Estudantes acreditam que a Casa dos Alunos e o centro de admissões são assombrados pelos fantasmas das famílias que viviam ali.

Faculdade Wells: Prédio sede — Vários cômodos são assombrados, de acordo com a lenda. Ali, supostamente, não era apenas um hospital durante uma epidemia de gripe, mas um necrotério para quem não era salvo.

Universidade Estadual Truman: Salão Baldwin — Os membros da comunidade da Universidade Estadual Truman estão habituados com alguns fantasmas. Porém, quando algumas assombrações não identificadas começaram a mexer com o cotidiano da instituição, tiveram de chamar os caça-fantasmas da vida real.

Universidade de Boston: Salão Shelton — O espírito de um dramaturgo morto no local assombraria os corredores.

Universidade de Vermont — Professores e alunos relatam ter visto uma série de fantasmas flutuando em torno do campus, além de espíritos de estudantes que cometeram suicídio, e alguns que optaram por assombrar o local por motivos ou razões desconhecidas.

Universidade de Nova York: Salão Brittany — O edifício, de 1929, costumava ser um hotel com um bar clandestino em sua cobertura. Residentes dos dormitórios relatam que a morte não veio de maneira muito amistosa para um dos habitantes, e que ainda percebem música e dança na cobertura, mesmo após a proibição disto.

Universidade de Akron: A Casa Hower — Segundo alguns, a Casa Hower é assombrada pelo fantasma de uma estudante. O espírito ainda estaria irritado com a infidelidade de seu marido, e assusta pessoas do sexo masculino e membros da equipe e, de acordo com quem realmente acredita, às vezes ele queima.

Notícia publicada no Portal R7 , em 6 de setembro de 2013.

Humberto Souza de Arruda comenta*

Por muitas vezes ouvimos falar de lugares mal assombrados por Espíritos cobrando vingança ou protegendo algum determinado patrimônio. Espíritos que arremessam objetos ou vozes que assombram lugares escuros e isolados.

Assim como as histórias relatadas, muitas são lendas e outras são eventos raros de serem presenciados, mas vão de boca em boca tomando grande proporção, até chegarem a ouvidos de muitos que passam a acreditar que existem mesmo tais aparições, que chegam ao ponto de sentirem o pavor tomar conta da razão, como se tivessem visto realmente as tais manifestações, acontecendo assim uma grande indução coletiva a uma divulgação aumentada dos fatos. Pois um médium sem estudo ou despreparado pode registrar a presença de um Espírito e compartilhar isso, em pânico, com outras pessoas. E estas podem repassar praticamente como se tivessem registrado também este fenômeno.

Nos anos 70, em Pernambuco, houve relatos sobre a aparição do Espírito de uma mulher loira com algodão na boca, ouvido e nariz. Segundo contavam, ela desencarnou em acidente de trânsito, sem assistência, e então aparecia nos banheiros das escolas aterrorizando os alunos em vingança pela morte do seu filho que ficou de castigo no banheiro e veio a desencarnar assim.

O fato logo foi divulgado massivamente entre alunos e inclusive no Diário de Pernambuco. E logo virou uma lenda que percorreu o Brasil. Mas pode ter começado em um ponto de verdade. Como diz um ditado popular, “quem conta um conto aumenta um ponto”.

Mas analisando os fatos reais sob a ótica Espírita, para que um Espírito seja visto, sentido, ouvido ou outras comunicações, precisamos primeiramente da permissão Divina, depois da utilidade que este fato venha ter para os envolvidos com a comunicação, e, por fim, da afinidade fluídica do Espírito com o médium facilitador deste fenômeno.

Assim, para ouvirmos vozes e barulhos perturbadores, materializações de Espíritos ou coisas do tipo, se não somos médiuns, o Espírito comunicante precisa do fluído de um médium nas proximidades para haver esta interação do plano espiritual com o material. Mesmo que este médium nem saiba que seja um médium.

E havendo condições materiais para o fato acontecer, lembramos que o Espírito que se manifesta desta forma perturbadora não é evoluído. Se existirem Espíritos evoluídos no local, com necessidade de se manifestarem, nunca farão isso de uma forma perturbadora.

Os lugares assombrados existem, realmente, mas sabendo-se que por muito pouco tempo um Espírito se prende a um lugar. A não ser no caso de certa punição, para que fique ali relembrando e sentindo a imagem de um crime cometido, por exemplo. Mais uma vez, lembrando que, nestes casos, se trata de Espíritos de baixa classe, pois os evoluídos têm melhor consciência da imortalidade da alma e são de estrutura mais sutil com relação à matéria.

Seja por apego a um bem material, por vingança ou levados pela pessoa que tem medo do lugar por uma questão de afinidade fluídica, os Espíritos que são passíveis de ficarem em um determinado lugar, o fazem por um espaço de tempo normalmente menor que a duração dos contos que acontecerão para o ocorrido. Chegando a criação de lendas a respeito, devido às fantasias que o homem ainda faz com relação às manifestações espíritas.

Numa visão cristã de como deixar novamente saldável um lugar mal assombrado, a melhor coisa a fazer é trazer, para próximo das pessoas que frequentam estes lugares, um número cada vez maior de Espíritos bons. Através de bons pensamentos e atitudes no bem, vamos aos poucos melhorando a nossa companhia e, assim, dando oportunidade de melhora aos Espíritos perturbadores que ainda insistem em ficar nestes lugares com o intuito de fazer o mal.

A prece de intercessão em favor dos perturbadores também tem um resultado muito eficaz. São irmãos que muitas vezes levamos a estes lugares por dívidas pretéritas ou, como dito anteriormente, por afinidade fluídica. Daí a importância de nos mantermos em constante comunhão com o nosso Pai Maior.

Ao contrário disso, seria usar meios de expulsar estes sofredores através de exorcismos que podem atrair mais perturbadores ao invés de realmente melhorar o ambiente. Assim como temos o poder de influenciar positivamente um encarnado com a nossa vivência no bem, da mesma forma podemos fazer com os desencarnados. Quando estamos em sintonia com os propósitos de amor e paz trazidos por Jesus, estendemos isso aos que se aproximam de nós.

Referência bibliográfica: O Livro dos Médiuns, capítulo IX, “Dos lugares assombrados”.

  • Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Serviço de Promoção Social Espírita (SAPSE) e colaborador do Espiritismo.net.