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George Hudspeth, um aposentado britânico, diagnosticado com degeneração macular do tipo seca, uma doença incurável que leva à perda da visão, voltou a enxergar, surpreendendo os médicos, depois de conversar com um retrato de sua mulher, já falecida. Jorge Hessen comenta.

  • Data :21/03/2013
  • Categoria :

21 de março de 2013

Homem recupera visão depois de conversar com foto da esposa

BBC

Degeneração macular do tipo seca

Um aposentado britânico, diagnosticado com degeneração macular do tipo seca, uma doença incurável que leva à perda da visão, voltou a enxergar depois de conversar com um retrato de sua mulher, já falecida.

George Hudspeth tinha sido registrado como pessoa cega há dez anos, quando foi feito o diagnóstico da doença.

Há um ano ele perdeu totalmente a visão.

No entanto, os médicos do aposentado foram surpreendidos quando, repentinamente, ele voltou a enxergar. E tudo aconteceu depois de Hudspeth ter “conversado” com um retrato de  sua esposa.

Voltar a enxergar

Hudspeth contou à BBC que ainda não sabe exatamente como aconteceu.

“Sempre me perguntam isso. Não sei como aconteceu, apenas aconteceu”, disse.

“Eu estava sentado em frente à televisão, ouvindo a televisão. Então começaram as propagandas e eu comecei a conversar com a foto de minha mulher.”

“Então, quando me virei, a televisão estava ligada. Isto me assustou e eu desliguei. Não sabia o que estava acontecendo”, contou o aposentado.

Hudspeth saiu da sala e preparou uma xícara de chá. Quando voltou, ligou a televisão novamente.

“E estava lá (a imagem), de novo, nas notícias das cinco horas. Eu não parei de assistir, assisti (a televisão) a noite inteira. E tem sido ótimo desde então”, afirmou.

Visão seletiva

O aposentado contou à BBC que agora consegue enxergar as netas.

“Eu tinha visto a mais velha antes, ela tem três anos de idade. Mas eu não tinha visto a mais nova, ela tem apenas cinco meses. E foi lindo vê-la. Ela tem um sorriso lindo.”

Helen Jackman, diretora-executiva da Sociedade de Degeneração Macular da Grã-Bretanha, acha maravilhoso que Hudspeth tenha voltado a enxergar mas não consegue imaginar qual seria a causa.

“Ele foi diagnosticado como degeneração macular do tipo seca. É uma doença que afeta a mácula e é a causa mais comum de perda de visão na Grã-Bretanha.” O que acontece: a mácula é uma parte minúscula atrás da retina, do tamanho de um grão de arroz. E pode ficar danificada com o passar do tempo", explicou Jackman.

Sem explicação

Ela afirma que o tipo de degeneração macular que afeta Hudspeth é incurável, o que “torna a história dele ainda mais incrível”.

“Não sei como ele conseguiu (enxergar de novo). Os médicos dele estão lutando para explicar.”

A Sociedade de Degeneração Macular geralmente dá aconselhamento para as pessoas que sofrem da doença.

“O que nós aconselhamos as pessoas a fazer é uma avaliação da visão, conseguir um bom aconselhamento sobre iluminação. Porque esta doença não deixa as pessoas completamente cegas, elas podem usar a visão periférica, então este caso é muito extraordinário.”

Notícia publicada no Diário da Saúde , em 23 de fevereiro de 2011.

Jorge Hessen comenta*

Sob o ponto de vista espírita, as enfermidades se apresentam provenientes de duas fontes distintas: as de causa física e as de origem espiritual. Sob o aspecto físico, a matriz das moléstias jaz na alteração da organização material, gerada por causas advindas do ambiente onde a pessoa se encontra (re)encarnada. Exemplo: agressões, acidentes, contaminações bacterianas e virais etc. Na segunda hipótese, a doença sobrevém por incrustação de magnetismo deletério no perispírito, resultante de desvios morais. Por sua vez, o corpo perispiritual (molde do corpo físico) imprime os reflexos dessa desordem na estrutura do corpo carnal, debilitando-o ou provocando doenças. Há, por conseguinte, uma interação direta entre alma/corpo e vice e versa.

Recentemente o britânico George Hudspeth, portador de problemática visual incurável, tornou a enxergar após “dialogar” com a imagem fotográfica da esposa falecida. O que tem a ver isso com o tema? Muita coisa!

O “caso Hudspeth” surpreendeu os médicos deixando-os assombrados diante da enigmática cura. Em verdade, quando são saradas as doenças tidas como “incuráveis”, desafiando os juízos médicos, quase sempre são catalogáveis no rol dos prodígios casuais ou “milagre”. Todavia, nos fenômenos da vida tudo tem uma lógica causal. O “acaso” e o “milagre” não têm vínculos com as propostas espíritas e muito menos com as leis de Deus.

Possivelmente a ingênua e carinhosa recordação da esposa favoreceu ao viúvo entrar em sintonia com médicos do “além”. Nesse caso, seria admissível que os clínicos espirituais, após avaliarem o gráfico “cármico” do doente, intercedessem recuperando instantaneamente a visão de Hudspeth, através de procedimentos que a ciência médica de “cá” desconhece.

Conquanto diagnosticado como portador de doença visual “incurável”, a recuperação de Hudspeth pode ser esclarecida através de cabível intervenção espiritual, sopesando, obviamente, o merecimento do mesmo. Sabemos que nos círculos espirituais próximos da Terra ocorrem atividades médicas similares às que se observam nos hospitais terrenos. No “além”, os especialistas da medicina adentram com mais segurança na história do enfermo para observar as raízes da enfermidade. A rigor, é na mente que jaz a exata causa das doenças. Sim! Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto malignas. O “carma” ou “conta do destino criada por nós mesmos” está gravado no corpo que Kardec chamou de perispírito; ou corpo celeste, segundo Paulo; ou túnica nupcial, conforme ensinou Jesus; ou corpo bioplasmático, para os ex-soviéticos; ou corpo astral, na Teosofia; ou modelo organizador biológico, designado por Hernani Guimarães Andrade.

Os procedimentos adotados por médicos desencarnados estribam-se em anamnese muito mais ampla e completa do que a realizada frequentemente “cá” no orbe físico. Fazem parte dela o mapa de identificação completo do paciente que engloba a sua biografia atual, a ficha cármica e a projeção individual de recordações, bem como a apostila dos complexos de culpa; a apreciação dos membros da família; a anamnese psicológica minudenciada, complementada pelo check-up mental, que é a competência do especialista proceder a “leitura e interpretação” dos pensamentos, pela simples observação visual do cérebro [transcendente] em funcionamento.

Portanto, no “além”, os exames podem determinar a reversibilidade ou irreversibilidade da enfermidade. Normalmente isso ocorre previamente à reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante internações (longas ou curtas) no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuram.

No futuro, quando a maioria dos homens compreenderem a vida fora das dimensões físicas, todos e quaisquer fenômenos, por enquanto inexplicáveis, principalmente de “cura”, não mais serão tratados como surpreendentes ou “sobrenaturais”. Em verdade, há meios de intercâmbio entre o “Céu e a Terra” que a improfícua ciência acadêmica ainda não tem estatura satisfatória para abranger. Infelizmente, ainda são rechaçadas as evidências científicas do Mundo Espiritual, constatadas em pesquisas realizadas por cientistas do porte de William Crookes, Alfred Russel Wallace, Oliver Lodge, Aksakof, Ernesto Bozzano, além de outros, que não deixam dúvidas de que as energias do universo podem ser aplicada a todas as dimensões ou escalas, que se desdobram no espaço e no tempo, unindo os campos físico e extrafísico em uma só rede ou totalidade integrada.

Os Catedráticos Espirituais asseguram que divisamos apenas uma oitava parte do que sucede ao nosso redor, o que nos dá ideia do quanto a Ciência terá que progredir para desvendar as múltiplas dimensões da vida e o tipo de energia que entra na composição de cada uma delas, o que significa decodificar as várias disposições ou modos de “adensamento” da luz, que penetram na gênese das partículas dessas diferentes dimensões.

As fontes das enfermidades físicas são objeto de estudo da Ciência Clássica. As matrizes dos achaques espirituais têm sido objeto de pesquisa pela “Ciência Espírita”, isso porque o cientista clássico não admite a existência do Espírito. Mas mais cedo ou mais tarde haverá a união entre a Ciência e o Espiritismo. A fonte do saber tem necessidade de uma nova visão da realidade, construída a partir de um modelo que se baseie “na consciência do estado de inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos (físicos, biológicos, sociais e culturais) e esta visão transcendente nas atuais fronteiras disciplinares e conceituais terá de ser explorada no âmbito de novas instituições”.(1) Até porque “o Espiritismo e a Ciência completam-se um ao outro; à Ciência sem o Espiritismo, fica impossível explicar certos fenômenos só com as leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, lhe faltaria apoio e controle”.(2)

Cremos que os postulados espíritas constituem sendas inovadoras, abertas pela fenomenologia mediúnica e sobre as quais a Ciência transitará, mais cedo ou mais tarde, edificando as alamedas largas do desenvolvimento, com as quais se beneficiará toda a humanidade. “A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico.”(3)

Em suma, o homem é constituído de estruturas muito mais complexas do que se consegue visualizar a olho desarmado ou através da tecnologia médica existente. A “saúde é a perfeita harmonia da alma”.(4) Para a conquista da saúde espiritual a Doutrina Espírita oferece recursos terapêuticos complementares à medicina terrena. No rol desses recursos medicamentosos constam a prece, a meditação, os trabalhos de desobsessão, a educação e exercício da mediunidade (quando recomendável), o passe, a água fluidificada, o convite para o serviço assistencial, estímulo ao paciente para o autoconhecimento, para ampliar suas potencialidades espirituais, com ênfase na reforma moral, ponto básico para a saúde integral.

Referências bibliográficas:

(1) Capra, Fritjof. O Ponto de Mutação, 30ª. Edição, São Paulo: Ed Cultrix, 2012, 259;

(2) Kardec, Allan. A Gênese, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1977, cap. 1;

(3) Xavier, Francisco Cândido. Missionários da Luz, ditado pelo espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999, cap. 12;

(4) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.