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Fu Xuepeng tinha 23 anos quando um acidente de moto o deixou paralisado do pescoço para baixo. Depois de anos trabalhando 24 horas por dia para manter o filho vivo, seus pais finalmente vão receber ajuda de um hospital. Marcelo Rebollo Gomes comenta.

  • Data :18 Mar, 2013
  • Categoria :

19 de março de 2013

Chineses mantiveram filho vivo por anos se revezando para bombear ar com saco ressuscitador

Extra

Depois de anos trabalhando 24 horas por dia para manter o filho vivo, um casal da província de Zhejiang, na China, finalmente vai receber ajuda de um hospital.

Fu Xuepeng tinha apenas 23 anos quando um acidente de moto o deixou paralisado do pescoço para baixo, em 2006. Durante os sete primeiros meses depois do acidente, os pais do chinês, Fu Minzu e Wang Lanqin, se revezaram em turnos para bombear ar para os pulmões do filho. Eles passavam 24 horas por dia pressionando um saco ressuscitador, de 18 a 20 vezes por minuto.

  • Nunca pensamos em desistir, nem por um segundo. Nenhum pai desistiria de seu filho, por menor que fosse a chance de ele sobreviver - disse o pai, Fu Minzu, em entrevista ao site China Daily.

Um parente chegou a fazer um respirador a diesel para o rapaz. A máquina era barulhenta, mas funcionava. Só que o casal não tinha condições de mantê-la funcionando sempre, por causa do preço do combustível.

Sem dinheiro para comprar um aparelho profissional e muito menos para bancar o tratamento em um hospital, o casal conseguiu, em 2009, improvisar uma máquina com um pequeno motor. Mas não podiam manter o aparelho funcionando o dia inteiro porque não tinham dinheiro para pagar a alta conta de energia. Então só recorriam à máquina à noite.

A história do casal foi notícia em um jornal local e iniciou um debate sobre o sistema de saúde chinês. Depois disso, internautas começaram uma campanha para arrecadar dinheiro para os dois. Algumas doações já foram depositadas na cota do casal.

Uma empresa de equipamentos hospitalares doou uma máquina de respiração artificial para Fu Xuepeng e um médico do hospital local foi até a casa da família, examiná-lo. De acordo com a imprensa local, o rapaz vai passar a receber cuidados no hospital.

  • Eu não sei se terei a oportunidade de compensar meus pais por isso - disse Fu Xuepeng.

Notícia publicada no Jornal Extra , em 31 de janeiro de 2013.

Marcelo Rebollo Gomes comenta*

Um dos ambientes mais propícios a alimentar e exercitar o amor incondicional que Deus quer que todas as suas criaturas sintam é o círculo familiar.

A instituição familiar faz com que consigamos ultrapassar as fronteiras do orgulho e do egoísmo onde as pessoas se defrontam com as mais diversas situações, dentre elas, as diversidades de convívio, os desafios e, principalmente, o reencontro com afetos e desafetos de outras existências e com a lei de causa e efeito.

Nesta notícia, temos uma família que teve seu filho acidentado lhe deixando em condições vegetativas para respirar a fim de manter sua encarnação.

No entanto, seus pais superaram as convenções tradicionais da medicina e insistiram em manter seu filho vivo, mesmo sem ter condições. Independente do que pudera ter acontecido no passado, o que é mais importante retirar deste exemplo, como legado, é o perdão. São espíritos que estão se libertando do seu passado, tornando suas consciências mais leves, o que lhe darão condições de restabelecer com mais força o progresso intelecto-moral a que todos estamos submetidos.

Portanto, é sensato entender esta situação como um ato de heroísmo destas pessoas que optaram pelo caminho da dor para resgatar equívocos do passado, enquanto ainda temos, no orbe terrestre, bilhões de espíritos rebeldes que vivem no ócio, de braços cruzados, não querendo evoluir nem resgatar seus erros, seja pelo caminho do amor e nem pelo da dor.

O que pudera ter acontecido, neste caso do rapaz, para ficar com aparelhos para respirar por longos anos é o que menos importa para tirarmos a lição. Talvez ele não tenha cuidado do seu corpo em outras encarnações, talvez ele tenha torturado alguém pelas vias respiratórias, com a ajuda dos seus pais atuais, quem é que sabe?

O grande legado disso tudo é o belo exemplo de amor incondicional que esta família proporcionou para o mundo.

Jesus, nosso Mestre, Modelo e Guia, o homem mais perfeito que encarnou neste planeta, nos trouxe, dentre muitos, o maior mandamento:

“Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como si mesmo.”

Este é o caminho.

  • Marcelo Rebollo Gomes é graduado em Administração, especialista em Direito do Trabalho, atuando na Universidade Federal da Fronteira Sul. Após ter passado, na infância, pelas aulas de evangelização espírita, tornou-se evangelizador infanto juvenil e trabalha como atendente fraterno no Grupo Espírita Rubem Siqueira, em Erechim, RS; integra, há 5 anos, um grupo do Estudo Avançado da Doutrina Espírita (EADE), além de colaborar como atendente fraterno no Espiritismo.net.