Carregando...

  • Início
  • Menino com câncer é tratado com maconha ‘sem barato’

Diagnosticado com câncer, o garoto David Sabach, de 12 anos, está sendo tratado com um tipo especial de maconha medicinal desenvolvida por cientistas israelenses, com a substância THC neutralizada, que ficou conhecida como ‘maconha sem barato’. Claudio Conti comenta.

  • Data :30/11/2012
  • Categoria :

1º de dezembro de 2012

Menino com câncer é tratado com maconha ‘sem barato’

Yolande Knell

Da BBC News

Diagnosticado com câncer, o garoto David Sabach, de 12 anos, está sendo tratado com um tipo especial de maconha medicinal desenvolvida por cientistas israelenses que ficou conhecida como “maconha sem barato”.

Em sua casa, em Israel, David guarda fotografias que são um registro dramático de seu estado há dois anos. Na época, por causa da quimioterapia, ele perdeu todo o cabelo e seu peso chegou a metade do que é hoje.

Eu costumava tomar morfina para a dor, mas o efeito não durava mais que alguns minutos", conta o menino.

Hoje, David recebe doses da maconha especial, adicionada a chocolates, biscoitos e bolos. “O efeito da cannabis dura todo o dia. Sinto-me muito melhor. Finalmente, posso andar sem chorar por causa da dor nas pernas”, diz.

A maconha medicinal tem sido usada em Israel desde os anos 90 para o tratamento de uma série de doenças, entre elas câncer, Mal de Parkinson, esclerose múltipla e síndrome de Tourette.

Recentemente, porém, cientistas ligados a empresa Tikkun Olam desenvolveram um tipo especial dessa maconha neutralizando a substância THC (tetrahidrocanabinol), que gera os efeitos cognitivos e psicológicos da droga.

Além disso, a nova variedade da planta tem uma concentração mais elevada da substância canabidiol (CBD), um poderoso anti-inflamatório.

Nova imagem

O resultado é uma maconha com as mesmas propriedades medicinais da cannabis tradicional, mas sem o “barato” que faz com que muitos se oponham ao uso medicinal da planta.

“O canabidiol não se fixa às células do cérebro, então, após ingerir essa substância, o paciente não tem nenhum efeito colateral indesejado”, diz Ruth Gallily, professora de imunologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos.

“Os pacientes não têm ‘barato’ e não ficam confusos. Podem dirigir, trabalhar e fazer suas tarefas do dia a dia.”

A cannabis é considerada uma droga ilegal em Israel, mas a Tikkun Olam obteve uma licença especial do Ministério da Saúde para desenvolver a maconha medicinal e cultiva diversas variedades da planta em estufas na Galileia, no norte de Israel.

De acordo com Zachi Klein, diretor de pesquisa da empresa, mais de 8.000 doentes em Israel já são tratados com cannabis, recebendo a substância após mostrarem receitas médicas autorizadas pelo Ministério da Saúde.

Klein explica que pelo menos três categorias de pacientes devem se beneficiar da nova variedade de maconha medicinal.

Primeiro, as pessoas que precisam continuar a trabalhar durante o tratamento. Segundo, os idosos, porque eles seriam muito sensíveis ao THC. Por fim, crianças como David.

Críticas

Para alguns críticos da nova “maconha sem barato”, porém, é a combinação do THC com o CBD que trás mais benefícios para os pacientes.

Um paciente de câncer de 52 anos que pediu para não ser identificado, por exemplo, explicou à BBC por que acredita que a maconha tradicional é a ideal para o seu tratamento.

“(A cannabis tradicional) não só ajuda a aplacar a dor mas também contribui para que tenhamos mais vontade de comer”, disse o paciente, que teve um tumor no estômago removido há cinco meses e combina o uso de maconha com quimioterapia.

“O corpo não pode lutar sem combustível e um dos efeitos maravilhosos da maconha é que ela causa o que é conhecido como “larica” (fome), que para quem faz quimioterapia é uma benção.”

Notícia publicada na BBC Brasil , em 6 de novembro de 2012.

Claudio Conti comenta*

Os habitantes, encarnados ou não, do planeta Terra se caracterizam como sendo espíritos compatíveis com um mundo de expiações e provas e, por este motivo, convivemos com os mais variados tipos de dificuldades, incluindo o intemperismo e enfermidades. De forma geral, estas dificuldades são consideradas como sendo expressão do mal.

Allan Kardec, no livro A Gênese, Cap. III, trata da origem do bem e do mal, onde esclarece sobre estas dificuldades, porque existem e como aliviar as consequências.

Diz Kardec, no item 5, do capítulo mencionado: “Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso.”

O espírito habita o mundo que proporcionará os meios para que possa evoluir; conosco não seria diferente. Analisando a afirmação transcrita e conhecendo os habitantes do nosso planeta, com exceções, não temos como discordar.

Outro ponto que não podemos deixar de apreciar é a ação da providência que é apresentada muito claramente na questão 704, d’O Livro dos Espíritos :

“Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir?

Certo, e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhe dar os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.”

O artigo em análise, sobre o desenvolvimento de uma planta medicinal sem os efeitos nocivos, é a demonstração clara da ação da providência fornecendo os meios para a humanidade evoluir, exercitando a inteligência e o trabalho em auxiliar os que se encontram com algum tipo de necessidade.

Não podemos deixar de ressaltar que este exemplo trata do uso da inteligência associada à moral, isto é, utilizada para um fim adequado.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .