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Mark Leveson, o pai de Matthew, um rapaz australiano, desaparecido desde 2007, quando tinha 20 anos, ofereceu uma recompensa equivalente a cerca de US$ 100 mil (R$ 180 mil) por informações que levem ao corpo de seu filho. Marcia Leal Jek comenta.

  • Data :23 Sep, 2012
  • Categoria :

2 de outubro de 2012

Pai oferece US$ 100 mil de recompensa para quem encontrar corpo do filho

O pai de um rapaz australiano, desaparecido desde 2007, ofereceu uma recompensa equivalente a cerca de US$ 100 mil (R$ 180 mil) por informações que levem ao corpo de seu filho.

Matthew Leveson tinha 20 anos de idade quando foi visto pela última vez, saindo de uma casa noturna de Sydney com seu namorado, Michael Peter Atkins, às duas horas da manhã, quatro anos e meio atrás.

Seu carro foi encontrado abandonado alguns dias depois, mas seu corpo nunca foi localizado. Dentro do carro, havia um recibo de compra de uma pá de jardim e um rolo de fita adesiva.

Apesar da falta de definição sobre o que aconteceu com Matthew, a família do rapaz nunca desistiu de descobrir a verdade.

Tatuagens

Segundo relatos da mídia australiana, em noites de lua cheia e céu claro, o pai de Matthew, Mark Leveson, dirige até um parque nacional na cidade para tentar encontrar um local onde o corpo do filho pode estar enterrado.

“Não há nada certo que indique que seu corpo está lá. Mas eu tenho que começar em algum lugar”, disse ele ao Sydney Morning Herald .

Desde o desaparecimento do filho, o pai tatuou no corpo frases que demonstram seu desespero por descobrir o que aconteceu.

Nos braços, ele tem tatuagens que dizem: “A morte deixa uma dor que ninguém pode curar”, “O amor deixa lembranças que ninguém pode roubar” e “Fiat Justitia” (Que a justiça seja feita).

Acusação de assassinato

Em 2008, o namorado de Matthew, que era 24 anos mais velho que ele, foi preso e acusado de seu assassinato. Amigos de Matthew disseram que ele não estava feliz no relacionamento.

Após julgamento, Atkins foi inocentado pelo júri.

As investigações continuaram, mas nada de significativo foi descoberto.

“Há uma pessoa, ou pessoas, em algum lugar que sabe o que aconteceu com Matt. Estamos novamente fazendo um apelo para que eles apresentem informações que possam ajudar a família Leveson e permitir que eles enterrem seu filho”, disse o inspetor da polícia Rohan Cramsie.

“Há muitas perguntas sem resposta e, até o momento, os investigadores não conseguiram descobrir o que aconteceu com Matthew. Esperamos que esta recompensa funcione como um incentivo.”

Notícia publicada na BBC Brasil , em 28 de fevereiro de 2012.

Marcia Leal Jek comenta*

O sentimento de dor desse pai é tão visível que o fez tatuar em seus braços frases que nos levam a refletir sobre a morte.

Aprendemos com o Espiritismo que a morte, conforme imaginamos, não existe. Para nós, que ainda permanecemos encarnados (vivos, no corpo de carne), aceitar todo este processo não é experiência fácil.

Precisamos entender a vida de uma forma mais ampla, além daquela que nossos olhos podem compreender, aceitando aquilo que ainda parece-nos uma incógnita.

Nossa forma de amar ainda exige o “ver”, o “sentir”, o “tocar” e, em se tratando da “morte” de um ente querido, o vazio deixado pela presença física daquele que partiu nos machuca.

É nesse momento que devemos confiar em Deus para que o desespero e a dor não nos afastem do equilíbrio e da fé.

Sabemos que a ausência física causada pela “morte” é sofrida. A saudade é justa, mas é necessário que Mark Leveson siga em frente.

Conhecendo a Doutrina Espírita, entendemos que os sofrimentos que Mark Leveson está passando são lições de educação, de reeducação, ensinando o caminho certo a seguir, desenvolvendo a sensibilidade que antes, talvez, ele não tivesse.

Portanto, é preciso que Mark Leveson procure fortalecer a fé e busque a compreensão, o entendimento e não se deixe prender ao campo da revolta e do desequilíbrio.

  • Marcia Leal Jek estuda o Espiritismo há mais de 25 anos e é trabalhadora do Centro Espírita Francisco de Assis, em Jacaraipe, Serra, ES.