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  • Arqueólogos encontram no Peru altar de sacrifício humano de 1.600 anos

Arqueólogos peruanos encontraram um altar para sacrifícios humanos da cultura mochica de 1.600 anos de idade, no topo de uma montanha na região norte do Peru. A informação foi divulgada pelo arqueólogo Régulo Franco. José Antonio M. Pereira comenta.

  • Data :11 Sep, 2012
  • Categoria :

14 de setembro de 2012

Arqueólogos encontram no Peru altar de sacrifício humano de 1.600 anos

Vítimas eram decapitadas no topo de uma montanha no norte do país

Arqueólogos peruanos encontraram um altar para sacrifícios humanos da cultura mochica de 1.600 anos de idade, no topo de uma montanha na região norte do Peru. A informação foi divulgada pelo arqueólogo Régulo Franco.

De acordo com Franco, os cientistas encontraram o altar onde homens eram decapitados e arremessados em um abismo próximo, como parte de rituais praticados há 1.600 anos pelos mochicas.

A estrutura de pedra trabalhada foi encontrada há um mês e está localizada no pico central da montanha Campana, que fica 1.000 metros acima do nível do mar e a 16 quilômetros da cidade de Trujillo, capital do estado de La Libertad, no Norte do Peru.

O altar tem aproximadamente um metro e meio de altura, é constituído por três pedaços de 50 centímetros de comprimento e tem uma pedra em cima, semelhante ao relógio solar da cidade inca de Machu Picchu, em Cusco, Sudeste do Peru.

“O altar fica na beira de um abismo, o que coincide com as representações mochicas feitas em cerâmica, onde simbolizavam decapitações com cabeças em queda”, disse Franco.

“Os antigos povos dessa região sempre adoraram o deus da montanha e, aparentemente, os sacrifícios eram realizados durante o solstício de verão, época em que o nível de água favorece a irrigação dos campos agrícolas”, acrescentou.

(Com Agência France-Presse)

Matéria publicada na Revista Veja , em 3 de abril de 2012.

José Antonio M. Pereira comenta*

A manifestação da religiosidade humana passou por várias fases durante a história de nossa civilização. Primeiramente, o traço mais forte era o medo da Natureza, que, conjugado com a intuição humana da existência de um poder superior, levava o ser humano a endeusar os fenômenos naturais, contra os quais se reconhecia impotente.

Assim, desde as primeiras eras, a relação da humanidade com o sagrado, é uma manifestação de um respeito pela Natureza e pela nossa origem divina. No entanto, em algumas épocas, a ignorância sobre a Lei Divina, nos levou a exageros, ao sacrifício de animais, o sacrifício humano, ao abuso do poder que o homem pegou emprestado com suas supostas divindades, e assim contrariamos a Lei de Amor, que rege todos os seres da Criação. Essa ignorância possibilitou também um outro lado negativo dessas manifestações, e que muitos de nós praticamos até hoje: a barganha com nossos deuses.

O progresso das civilizações, o esclarecimento científico e filosófico aboliu as práticas abusivas ou bárbaras, hoje catalogadas em quase todo o mundo como crime, apesar de ainda termos registros isolados ou remanescentes em determinadas culturas.

A filosofia espírita propõe algo novo. Não mais sacerdotes, rituais ou sacrifícios. Em vez disto, a possibilidade de relacionar-se diretamente com seu Deus; onde cada um de nós somos irmãos que trocam experiências, onde o mais forte tem a obrigação de orientar o mais fraco. A manifestação da fé é pessoal e deve vir do coração de cada um, e o único sacrifício desejado é o do próprio ego, a fim de permitir que a alma alce voos mais altos na compreensão do Universo e de si mesma.

** Colaborou o professor e escritor André Andrade Pereira, autor do livro “Espiritismo e Religiões: por uma teologia pluralista”.*

  • José Antonio M. Pereira coordena o ESDE e é médium da Casa de Emmanuel, além de integrante da Caravana Fraterna Irmã Scheilla, no Rio de Janeiro. Também é colaborador da equipe do Serviço de Perguntas e Respostas do Espiritismo.net.