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Arqueólogos israelenses acharam em Jerusalém um selo de argila com a inscrição ‘Bat Lechem’, que supõe a primeira evidência arqueológica da existência de Belém durante o período em que aparece descrito na Bíblia. Cristiano Carvalho Assis comenta.

  • Data :13/07/2012
  • Categoria :

5 de agosto de 2012

Arqueólogos encontram primeira prova da existência da Belém bíblica

EFE

Arqueólogos israelenses acharam em Jerusalém um selo de argila com a inscrição “Bat Lechem”, que supõe a primeira evidência arqueológica da existência de Belém durante o período em que aparece descrito na Bíblia, informou nesta quarta-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel.

Trata-se de uma espécie de esfera de argila que se usava para carimbar documentos e objetos, que foi encontrado nas polêmicas escavações do “Projeto Cidade de David”, situado no povoado palestino de Silwán, no território ocupado de Jerusalém Oriental.

Datada entre os séculos VII e VIII a.C, a peça é meio milênio posterior às Cartas de Amarna, uma correspondência diplomática em língua acádia sobre tabuletas de argila entre a Administração do Egito faraônico e os grandes reinos da época e seus vassalos na zona.

O descobrimento anunciado nesta quarta remete a uma época posterior, a do Primeiro Templo Judeu (1006 - 586 a.C.), citada no Antigo Testamento como parte do reino da Judéia.

“É a primeira vez que o nome de Belém aparece fora da Bíblia em uma inscrição do período do Primeiro Templo, o que prova que Belém era uma cidade no reino da Judéia e possivelmente também em períodos anteriores”, assinalou o responsável das escavações, Eli Shukron, em comunicado. “A peça é do grupo dos ‘fiscais’, ou seja, uma espécie de selo administrativo que era usado para carimbar cargas de impostos que se enviavam ao sistema fiscal do reino da Judéia no final dos séculos VII e VIII a.C”, acrescenta a especialista.

Notícia publicada no Portal Terra , em 23 de maio de 2012.

Cristiano Carvalho Assis comenta*

Como é interessante o mecanismo das mudanças da vida! Naquele tempo, os habitantes de Belém davam grande importância para sua cidade, como nós atualmente fazemos com as nossas.

Lutavam uns com os outros por terras, dinheiro ou se orgulhavam em fazer parte da porção mais importante da cidade. E agora, com os séculos transcorridos, vemos o quanto tudo isso perde totalmente sua importância, Chegando ao ponto em que a única prova real de sua existência é um pequeno pedaço de argila. Alguns nem acreditam que realmente existiu. E sabemos que se não fosse pelo nascimento de Jesus a cidade iria cair no esquecimento, como milhares de outras.

Esta meditação nos remete à mensagem “Entre o berço e o túmulo”, de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, no iluminado livro Fonte Viva , do qual iremos transcrever, parte dela, para termos como base de nossos comentários:

“O monumento que nos deslumbra sofrerá insultos do tempo, contudo, o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista. A Acrópole de Atenas, admirada por milhões de olhos, vai desaparecendo, pouco a pouco, entretanto, a cultura grega que a produziu é imortal na glória terrestre.”

Dessa forma, observamos a transitoriedade do que damos extremo valor em nossa existência. O que mais tem valor e que dura pela eternidade são os ideais, as ideias, o que não pode ser tocado e medido, mas sentido. O que nos levou a ter um certo carinho pela cidade de Belém não foi sua beleza ou o poder de sua época, mas ter sido berço do nascimento de nosso Modelo e Guia: Jesus. Assim como a maior beleza de Atenas não tenha sido necessariamente seus monumentos, mas sim o que ela representou de ideal para a humanidade.

“Não te apegues demasiado à carne transitória. A terra que hoje reténs será no futuro inevitavelmente dividida. Usa aquilo que vês para entesourar o que ainda não podes ver.”

Conselho de um sábio que conhece bem o que acontece com as grandes cidades ou poderes. Mas também sabe onde os homens devem centralizar suas vidas, tendo como exemplo os grandes Espíritos que investiram suas forças nos “tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”.

“Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da terra, com o fim de aperfeiçoar-se. Não te agarres, pois, à enganosa casca dos seres”.

Tratemos de nossos bens materiais como o bom usufrutuário, sabendo que o que temos nos foi emprestado e que podemos até utilizá-los para nosso conforto material. Mas não nos esqueçamos que eles são instrumentos para nosso crescimento moral e intelectual.

Louvemos o lugar que estamos estagiando em nossas vidas como dádivas Divinas que nos auxilia em nossa evolução. Mas saibamos que, como Belém, os “adornos de que te orgulhas presentemente serão pó e cinza.”

  • Cristiano Carvalho Assis é formado em Odontologia. Nasceu em Brasília/DF e reside atualmente em São Luís/MA. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Maranhense e colaborador do Serviço de Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.