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Um novo estudo realizado na Universidade de Turku, na Finlândia, comprova que a seleção natural, proposta pelo naturalista inglês Charles Darwin no século XIX, ainda se aplica à espécie humana. O artigo foi publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS . Reinaldo Monteiro Macedo comenta.

  • Data :18/06/2012
  • Categoria :

22 de junho de 2012

Seleção natural ainda se aplica aos seres humanos

Estudo contraria ideia de que a agricultura e a monogamia teriam impedido a evolução natural dos seres humanos

Marco Túlio Pires

Um novo estudo comprova que a seleção natural, proposta pelo naturalista inglês Charles Darwin no século XIX, ainda se aplica à espécie humana. O artigo foi publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS .

Pesquisadores de diferentes áreas, como medicina, ciências sociais e biologia, ainda não chegaram a um acordo sobre o quanto a seleção natural influenciou a evolução humana depois de adaptações sociais e culturais e a revolução agrícola. Parte dos cientistas considera que alguns aspectos seletivos, como o acesso à comida e influências ambientais, não são tão importantes hoje quanto eram nas sociedades de caçadores-coletores de 10.000 anos atrás.

O estudo realizado na Universidade de Turku (Finlândia), contudo, aponta que a seleção natural ainda se aplica aos seres humanos. Para chegar a essa conclusão, os autores analisaram o registro de 6.000 finlandeses pertencentes a famílias monogâmicas entre 1760 e 1849. Os cientistas determinaram se as mudanças demográficas, culturais e tecnológicas da revolução agrícola reduziram a seleção natural em humanos.

Os cientistas usaram informações detalhadas sobre a condição econômica, nascimento, mortes e casamentos e estudaram quatro estágios da seleção natural: sobrevivência à vida adulta, acesso à procriação, sucesso na procriação e a fertilidade por indivíduo. A pesquisa revelou que a intensidade da seleção natural nas populações era compatível com a seleção em outras espécies.

Por exemplo, quase metade das pessoas morreram antes de completarem 15 anos. Nenhum dos seus genes foram passados para as gerações seguintes, um sinal de que a seleção natural atuou sobre essa população. Dos que conseguiram avançar além da infância, 20% não se casaram e não tiveram filhos. Isso sugere que algumas características impediram alguns indivíduos de conseguir parceiras e passar os genes para a próxima geração.

Apesar de a monogamia ter limitado o potencial da seleção natural, o estudo revelou que todos os pré-requisitos para a seleção natural foram cumpridos. Isso é verdade mesmo para indivíduos mais ricos, que teoricamente teriam recursos para impedir que a seleção natural favorecesse essa ou aquela pessoa. Os mais ricos poderiam, por exemplo, tratar de algum filho doente contratando serviços médicos, evitando que ele morresse antes de chegar à vida adulta. Contudo, o estudo descobriu que as taxas de sobrevivência logo após o nascimento e a fertilidade desempenharam papel mais importante.

Matéria publicada na Revista Veja , em 3 de maio de 2012.

Reinaldo Monteiro Macedo comenta*

Estudando o assunto, encontramos mais uma prova da presença e vontade de Deus na criação da vida e do seu processo evolutivo no ambiente material, visando a evolução do espírito através das reencarnações. As espécies evoluem de maneira diferenciada. Isso significa que nem sempre o mais forte irá evoluir e se perpetuar como espécie. O estudo descobriu que as taxas de sobrevivência logo após o nascimento e a fertilidade desempenham um papel mais importante. O ser humano consegue cada vez mais equilibrar a sua saúde de uma forma global, aumentando assim a esperança de vida da sua população. Dessa forma, ele fica mais susceptível a evoluir como espécie pois, atravessando o tempo, incrementa as suas probabilidades de dar continuidade aos seus genes, aumentando também as oportunidades de evoluir espiritualmente através de provas e expiações. A continuação da vida é um dos mais importantes fatores que garantem a continuidade das espécies e a própria evolução e, através da inteligência que Deus lhe deu, o Homem tem conseguido que a vida se prolongue por muito mais tempo que há alguns séculos.

A criação providenciou um mecanismo extraordinário que seleciona as suas espécies, ditando a continuidade da vida e o progresso. O homem, por ser antes de tudo um espírito encarnado fadado a evoluir infinitamente, foi criado com inteligência para que, por ele mesmo, pudesse assenhorar-se dos rumos da sua vida à medida em que progride. Assim sendo, podemos admirar Deus como a força e a perfeição criadora de todas as coisas, e a complexidade da vida que nos rodeia e que não pode ser obra do acaso.

Como o assunto é complexo, para auxiliar, recomendamos a leitura contida no texto existente no endereço: http://ciencia.hsw.uol.com.br/selecao-natural.htm .

  • Reinaldo Monteiro Macedo é aposentado, administrador e analista de sistemas de formação, expositor de estudos e colaborador do Centro Espírita Nair Montez de Castro no Rio de Janeiro/RJ e de algumas outras Casas.