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Um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou as conclusões de uma pesquisa que apresenta indícios da ressurreição de Jesus a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas. Cristiano Carvalho Assis comenta.

  • Data :29/04/2012
  • Categoria :

5 de maio de 2012

Estudo revela novos indícios sobre a ressurreição de Jesus Cristo

Grupo de arqueólogos e especialistas fizeram novas pesquisas e descobertas a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas

Efe

Um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou em Nova York as conclusões de uma pesquisa que apresenta indícios da ressurreição de Jesus a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas.

“Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras”, afirmou nesta terça-feira à Agência Efe o professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, um dos responsáveis pela pesquisa.

O túmulo em questão foi descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de quatro quilômetros da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, neste mesmo lugar, foi encontrado um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família.

Ao lado do professor de Arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor conseguiu uma permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para escavar o local entre 2009 e 2010.

Em uma das ossadas encontradas, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que, segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.

A pesquisa, realizada com uma equipe de câmeras de alta tecnologia, também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou à Agência Efe o professor Tabor, que acrescentou que essa prova pode ter sido realizada “por alguns dos primeiros seguidores de Jesus”.

“Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores”, acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro com todas as conclusões de sua pesquisa, “The Jesus Discovery”.

O professor reconhece que suas conclusões são “controversas” e que vão causar certo repúdio entre os “fundamentalistas religiosos”, enquanto outros acadêmicos seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.

Anteriormente, essa mesma equipe de pesquisadores participou do documentário “O Túmulo Secreto de Jesus”, produzido pelo cineasta James Cameron. Na obra, os arqueólogos encontraram dez caixões que asseguram pertencer a Jesus e sua família, incluindo Virgem Maria, Maria Madalena e um suposto filho de Jesus.

Segundo o documentário, as ossadas encontradas supostamente apresentavam inscrições correspondentes às identidades de Jesus e sua família, o que acaba reforçando a versão apresentada no livro “O Código da Vinci”, de Dan Brown, o mesmo que indica que Jesus foi casado com Maria Madalena e que ambos teriam tido um filho juntos.

Notícia publicada no estadao.com.br , em 29 de fevereiro de 2012.

Cristiano Carvalho Assis comenta*

Pelo que lemos na reportagem, não podemos tirar grandes revelações em relação à vida ou morte de Jesus. Quando lemos o título da mesma, pensamos se tratar de algo revelador. Mas o que tiramos dela é apenas a descoberta de um túmulo do tempo de Jesus, relatando sobre a ressurreição e a referência a Jonas. Necessitaríamos nos aprofundar nos estudos deste arqueólogo e conhecer quais outras conclusões ele tira disso.

Pelos informes dados, apenas podemos concluir que é dada muita importância e tiradas muitas conclusões de um universo muito pequeno: os túmulos. O que poderíamos atribuir ao escrito é a opinião individual de uma pessoa ou de uma família em relação a um ponto, mas nem por isso devemos tirar isso como verdade absoluta. Não se sabe de quem se trata enterrado, só poderemos dizer que é provável ser de um cristão ou de um simpatizante, devido às ideias que retratam.

No entanto, tirar conclusões disso para provar algo é uma atitude perigosa e ingênua. Hoje, poderá atestar algo que quero comprovar, amanhã será algo que me contradiz. Hoje, é o túmulo de um cristão, amanhã será de um fariseu, e cada qual mostrando o seu mundo de ideias. Seria como viajarmos para o futuro e tentássemos atestar os mistérios da história atual observando apenas a lápide de um cemitério.

Talvez nem se estivéssemos ao tempo de Jesus entenderíamos os fatos ocorridos naquela época. Se atualmente cada pessoa tem sua opinião individual sobre o ocorrido, imagina naquele tempo! As provas científicas dos atos de Jesus talvez possamos até ter no futuro, mas, enquanto não temos, procuremos voltar nossa atenção para o principal motivo da Sua vinda: nos ensinar a ser melhores.

As opiniões dos estudiosos no assunto são diversas, indo desde o fanatismo religioso até a existência ou não de Jesus. O importante é que cada pesquisador histórico tenha em mente que a sua interpretação deve ser tida como uma opinião pessoal e não como um fato consumado. Que tenham a humildade em dizer: “Não é porque esteja de acordo com as nossas ideias que o temos por verdadeiro. Não nos arvoramos, absolutamente, em árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: “Crede em tal coisa, porque somos nós que vo-lo dizemos.” A nossa opinião não passa, aos nossos próprios olhos, de uma opinião pessoal, que pode ser verdadeira ou falsa, visto não nos considerarmos mais infalível do que qualquer outro.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo .)

Tomemos cuidados com as conclusões precipitadas, tanto nossas quanto dos outros, já que qualquer uma, quando aceita como verdade, poderá nos levar ao erro ou influenciar o meio em que vivemos. Todos somos responsáveis pelo que fazemos. Atualmente, muitas almas reencarnantes estão resgatando pelos pensamentos, atitudes ou conclusões que dispensaram à humanidade em tempos remotos.

  • Cristiano Carvalho Assis é formado em Odontologia. Nasceu em Brasília/DF e reside atualmente em São Luís/MA. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Maranhense e colaborador do Serviço de Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.