15 de abril de 2012
Em silêncio, cidade britânica lembra centenário da partida do Titanic
Southampton fez homenagens ao transatlântico que naufragou. Maioria dos tripulantes era natural da cidade.
Da EFE
Com um minuto de silêncio e o desfile de mais de 600 crianças portando fotografias das vítimas do Titanic, a cidade inglesa de Southampton lembrou nesta terça-feira (10) a partida do navio, ocorrida há cem anos em seu porto.
A cerimônia lembrou os mais de 500 moradores de Southampton que morreram no famoso acidente marítimo e começou às 12h30 locais (8h30 de Brasília), mesma hora em que o Titanic iniciou sua viagem em 10 de abril de 1912.
Além disso, um navio saiu para percorrer em seu porto o mesmo trajeto que o Titanic, enquanto a cidade inglesa fazia um minuto de silêncio para lembrar as 1.523 vítimas do acidente.
As autoridades aproveitaram a data para inaugurar o museu SeaCity, que contém uma seção permanente dedicada ao transatlântico que afundou cinco dias após sua partida com destino a Nova York após a colisão com um iceberg.
O museu, que custou 18 milhões de euros, explica, através da história de alguns membros da tripulação, a importância que o naufrágio teve para esta cidade inglesa, que conta com o maior número de monumentos dedicados ao Titanic.
“Queríamos contar a história de Southampton e do Titanic, sobretudo a história de sua tripulação, já que nunca antes foi contada”, disse à agência Efe Maria Newbery, curadora da exposição.
Dos 897 membros da tripulação do luxuoso navio, a grande maioria, 714, eram moradores de Southampton. Após sua colisão contra um iceberg, morreram 685 de seus tripulantes, dos quais 538 estavam recenseados na cidade inglesa.
O museu SeaCity recria o convés do navio pelo qual passeavam os ricos viajantes da primeira classe, um camarote e inclusive a sala de máquinas.
Por meio de fotografias, vídeos e som ambiente se mostra como era a vida desta população portuária há cem anos e se apresentam muitos detalhes da variada tripulação do transatlântico.
Notícia publicada no Portal G1 , em 10 de abril de 2012.
Claudia Cardamone comenta*
O naufrágio do Titanic é um dos grandes desencarnes coletivos da nossa história. Mas terá ele realmente sido um desencarne coletivo na forma que muitos espíritas colocam?
As vítimas deste desastre morreram da mesma forma? Provavelmente, não. É possível que uma boa parte tenha morrido afogada, não saberemos, mas muitos morreram em decorrência do frio, talvez da queda, já que o navio, ao se partir, elevou-se a 45 metros. Outros podem ter tido um ataque cardíaco ou talvez tenham morrido de outras formas que não podemos imaginar agora.
Será que uma pessoa que morreu devido à queda expiava o mesmo mal daquele que morreu de hipotermia ou afogamento? Escreveu Kardec, em Obras Póstumas : “São faltas coletivas, que devem ser expiadas coletivamente pelos que, juntos, as praticaram, e então, para sofrerem a pena de Talião ou terem o ensejo de reparar o mal que fizeram, reúnem-se na seguinte existência, com o intuito de se dedicarem à causa pública, socorrendo e ajudando aqueles que outrora maltrataram”.
Mas na questão 1000, de O Livro dos Espíritos , os espíritos afirmaram que: “O mal não é reparado senão pelo bem, e a reparação não tem mérito algum se não atingir o homem no seu orgulho ou nos interesses materiais” . Nenhum espírito expia um mal pela morte que tem e sim pelo bem que faz. Logo, quando Kardec diz expiações coletivas ele fala na verdade de grupos de espíritos, juntos, fazendo um bem comum, e isto nada tem a ver com morrerem juntos.