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Médicos britânicos conseguiram salvar um bebê que nasceu sem sangue no Reino Unido. Oliver Morgan permaneceu por 25 minutos sem os batimentos cardíacos, mas sobreviveu após uma transfusão de sangue diretamente no cordão umbilical. Breno Henrique de Sousa comenta.

  • Data :28/03/2012
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28 de março de 2012

Bebê nasce sem sangue e sobrevive em hospital do Reino Unido

Médicos britânicos conseguiram salvar um bebê que nasceu sem sangue na cidade de Maidstone, no Reino Unido. Oliver Morgan permaneceu por 25 minutos sem os batimentos cardíacos, mas sobreviveu após uma transfusão de sangue diretamente no cordão umbilical. A mãe do bebê, que hoje está com 1 ano e 3 meses, resolveu contar a história do filho depois de “passado o trauma”. As informações são do jornal The Sun .

“Ele nasceu morto, sem sangue no corpo, mas agora está aqui sentado e sorrindo para mim. (…) Os médicos, literalmente, o trouxeram de volta à vida e eu nunca vou ser capaz de lhes agradecer o suficiente por este presente maravilhoso”, afirmou Katy Jeff, a mãe de 36 anos.

Segundo os médicos, a Katy foi atingida durante a gestação por uma doença rara, chamada vasa prévia, na qual os vasos sanguíneos da placenta atravessam a membrana amniótica, liberando o sangue. Com 37 semanas de gestação, a mãe foi levada às pressas para o hospital com hemorragia, onde passou por uma cesariana.

Apesar de ter ficado 25 minutos sem batimentos, a criança se recuperou bem e não apresenta sequelas. Oliver foi levado para uma unidade especial, onde os médicos baixaram a temperatura do corpo para evitar danos ao cérebro. Em apenas 11 dias, ele pode ser levado para casa, onde tem uma vida normal.

Notícia publicada no Portal Terra , em 27 de janeiro de 2012.

Breno Henrique de Sousa comenta*

A vida sempre surpreende. Volta e meia somos surpreendidos com uma notícia sobre alguma forma de vida biológica em ambiente inóspito. Bactérias termófilas sobrevivem em altíssimas temperaturas, outras são capazes de superar o extremo frio, acidez ou, como a bactéria Streptococcus durans , resistem à radiação.

A vida parece resistir nas condições mais adversas e não apenas os micro-organismos, também os organismos mais complexos e evoluídos são capazes de façanhas adaptativas, resistindo aos ambientes mais adversos.

Frequentemente o ser humano surpreende a ciência dando demonstrações “milagrosas” de resistência e superação. É certo que o avanço da ciência contribui para salvar vidas, mas todos os dias acontecem feitos inexplicáveis onde alguém, desenganado pela medicina, retorna à vida de maneira inexplicável para os médicos que assistem a tudo perplexos e desconcertados.

A vida nos dá a lição de que estamos longe de compreendê-la plenamente e Deus nos dá uma demonstração da grandeza de suas obras. Mais do que tudo, temos aqui uma lição de esperança e humildade. Por compreender isso é que o Espiritismo é contra a eutanásia. Não temos o direito de abreviar a vida de alguém sob o pretexto de que está desenganado e para poupar-lhe sofrimentos. O que sabemos para afirmar que alguém está desenganado? Terá a ciência desvendado todos os mistérios entre a vida e a morte a ponto de decidir que alguém está desenganado.

Esse é um dos belos exemplos que temos todos os dias da grandeza do mistério da vida. Lembremos o que está dito em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Cap.V, Item 28):

“Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?

Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?

Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.

O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.” - S. Luís. (Paris, 1860.)

  • Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.