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Cuidar é um conceito que tem diversas definições. Na medicina, significa mais do que tratar a doença. É dialogar, motivar e tratar cada paciente como um todo, considerando o conjunto de necessidades e peculiaridades. Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta.

  • Data :24 Mar, 2012
  • Categoria :

24 de março de 2012

Humanização da Medicina deve ser meta permanente, dizem pesquisadores

Com informações da Fiocruz

Medicina humanizada

Cuidar é um conceito que tem diversas definições.

No campo da medicina, significa mais do que tratar a doença.

É também dialogar, motivar e tratar cada paciente como um todo, considerando o conjunto de suas necessidades e peculiaridades.

Luiz Antonio Santos (UERJ) e Lina Faria (Universidade Gama Filho) estão propondo a humanização do cuidado como meta presente na atividade do profissional de saúde.

“A força da medicina humanizada e integral dependerá, no futuro próximo, da capacidade dos profissionais médicos de alcançar o cuidar do doente, e não apenas da doença, como valor primordial para a atenção no processo saúde/doença”, ressaltam.

Toque humano

Segundo os estudiosos, a perda de prestígio do clínico e a imposição do mundo da técnica e do fazer impessoal aos profissionais de saúde têm provocado o distanciamento entre eles e seus pacientes, prejudicando a adoção de uma medicina integral e humanizada.

Eles apontam que, embora esteja perdendo espaço no mundo atual, o toque humano contribui efetivamente para a cura do paciente, como relatado nos casos de Aids nos anos 80.

“Os depoimentos de doentes terminais expressavam justamente o apreço pela ‘mão que cuida’ das equipes de enfermagem e visitadoras voluntárias, que marcavam sua presença de um modo diferente da equipe médica e de especialistas”, relatam os estudiosos.

Burocracia da saúde

A relação hierárquica entre profissionais no mundo do trabalho, principalmente nos grandes complexos hospitalares, também contribui para a falta de envolvimento com o paciente.

“Cabe-nos refletir sobre a dualidade constitutiva da formação do campo da enfermagem. Tudo indica que a separação entre o auxiliar que cuida e o enfermeiro que administra ou exerce posições de chefia terá de ser reavaliada”, advertem os estudiosos.

“A manutenção do vínculo direto entre enfermagem e pacientes está em questão e não pode ser perdida ou se perderá com ela o compromisso com valores comuns, como o apreço pelo toque humano, o sentido de respeito, confiança e obrigação moral que deve prevalecer no interior da enfermagem e da profissão médica”, alertam.

Para a superação do dilema entre gestão e cuidado, os estudiosos enfatizam a necessidade de debates que proponham caminhos alternativos e que ocorram, sobretudo, em cursos de formação de profissionais.

“O cuidado tem sido por não poucos, particularmente pelos alunos, avaliado como atividade menor diante da atividade supostamente superior da gestão hospitalar ou da gestão de recursos humanos de saúde”, revelam.

Notícia publicada no Diário da Saúde , em 9 de fevereiro de 2012.

Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta*

Que bom que deixamos de ser coisas para sermos espíritos humanizados na concepção humana. É uma grande evolução do homem que atualmente ainda faz do dinheiro o objetivo principal no desenvolvimento do seu trabalho.

Os profissionais da saúde têm diante de si a oportunidade de desenvolverem valores importantíssimos na sua escalada evolutiva, tais como: a paciência, a ternura, a tolerância que juntas fazem com que o homem se aproxime cada vez mais dos ensinamentos divinos. Dessa forma, paciente e profissionais de saúde trocam experiências similares às que o Mestre Jesus tinha em relação a todos os que o procuravam. Dizia Jesus: “não vim para os sadios e sim para os doentes”. E qual o homem que não veio doente ao nosso mundo, tanto da matéria como do espírito?

Estas práticas que estão a ser implantadas nos leitos hospitalares deveriam ser naturais, sem a necessidade de constar num curriculum escolar. Deveriam ser próprias de todos os seres humanos. Mas, enquanto isso não acontece naturalmente, devemos aplaudir essas normas de obrigatoriedade na certeza de que tudo faz parte do planejamento Divino para um mundo melhor. Podemos até visualizar essas normas como parte do processo de evolução para o Mundo de Regeneração que estamos a atravessar.

Estes profissionais - Luiz Antonio Santos (UERJ) e Lina Faria (Universidade Gama Filho) - estão apresentando a humanização na sua profissão intuídos por forças espirituais do bem que, preocupadas com a comercialização da nossa saúde, vêm ao nosso auxílio, ajudando a desenvolver o cuidado amoroso como importante recurso no tratamento do homem como um todo.

Assim, partilhando sentimentos, todos se enriquecem espiritualmente e ajudam à evolução do nosso planeta na conquista de um futuro melhor, onde o mal seja banido da vida de todos nós. O desenvolvimento do amor, do afeto, do carinho, da tolerância, da paciência em todos os segmentos da nossa vida, trará para o ser humano a companhia de espíritos ao serviço do bem, para o bem de todos.

Jesus, que é o nosso Mestre, quando esteve entre nós, veio mostrar por intermédio do seu exemplo, os valores que nos levam ao Pai. Essa implantação no curriculum dos profissionais da saúde deveria ser seguida em todas as áreas profissionais existentes, não só no nosso país, mas em todo nosso planeta. Assim, evitaríamos a corrupção, as guerras de interesses, e todo o tipo de violência gerada pela ambição humana. São urgentes as práticas de humanização em todos os setores das nossas atividades, inclusive, dentro do nosso lar e que, certamente, nos levarão para um mundo mais feliz e de profundo envolvimento com a paz.

  • Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.