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Cientistas da Finlândia descobriram uma nova técnica inovadora que permite estudar como o cérebro processa diferentes aspectos da música. A técnica analisa a percepção do ritmo, tonalidade e do timbre, chamada de ‘cor dos sons’. Reinaldo Monteiro Macedo comenta.

  • Data :19/02/2012
  • Categoria :

21 de fevereiro de 2012

Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar

Redação do Diário da Saúde

Poder ativador da música

Cientistas da Finlândia descobriram uma nova técnica inovadora que permite estudar como o cérebro processa diferentes aspectos da música.

Em uma situação realística de “curtir a música predileta”, a técnica analisa a percepção do ritmo, tonalidade e do timbre, que os pesquisadores chamam de “cor dos sons”.

O estudo é inovador porque ele revelou pela primeira vez como grandes áreas do cérebro, incluindo as redes neurais responsáveis pelas ações motoras, emoções e criatividade, são ativadas quando se ouve música.

Cérebro iluminado

Os efeitos da música sobre as pessoas sempre foram mais assunto de poetas e filósofos do que de fisiologistas e neurologistas.

Mas os exames de ressonância magnética permitem gerar filmes que mostram como os neurônios “disparam”, literalmente iluminando cada área do cérebro nas imagens produzidas na tela do computador.

Para estudar os efeitos de cada elemento musical sobre o cérebro, o Dr. Vinoo Alluri e seus colegas da Universidade de Jyvaskyla escolheram um tango argentino.

A seguir, usando sofisticados algoritmos de computador, eles analisaram a relação das variações rítmicas, tonais e timbrais do tango com as “luzes” produzidas no cérebro.

Emoção na música

A comparação revelou algumas coisas muito interessantes, mostrando que a música ativa muito mais áreas do que aquelas relacionadas à audição.

Por exemplo, o processamento dos pulsos musicais aciona também áreas do cérebro responsáveis pelo movimento, o que dá suporte à ideia de que música e movimento estão intimamente relacionados.

As áreas límbicas do cérebro, associadas às emoções, estão também envolvidas no processamento do ritmo e da tonalidade.

Já o processamento do timbre depende de ativações da chamada rede de modo padrão, associada com a criatividade e com a imaginação.

Além do interesse científico, estas informações são valiosas para compositores, que poderão “mexer” em suas melodias dependendo da emoção que querem transmitir com suas músicas.

Notícia publicada no Diário da Saúde , em 16 de dezembro de 2012.

Reinaldo Monteiro Macedo comenta*

Pesquisas sobre os efeitos da música no cérebro são fascinantes. Até quem é leigo em conhecimentos científicos que tocam no tema, “sente” os efeitos da música sobre sua vida.

Dessa forma, procuramos nos aprofundar um pouco em mais pesquisa, visando tornar a linguagem mais compreensível, e em seguida fazer uma análise sob a ótica Espírita.

“O neurônio é a célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso elétrico pelo cérebro. Pesquisadores sempre tiveram interesse em descobrir como esse impulso viaja por ele, a fim de entender como ele funciona. Um novo estudo científico pode literalmente jogar luz sobre o tema e revelar como os sinais se propagam pelo cérebro.

Um trabalho liderado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, usou um gene de um microrganismo do mar morto para o experimento. Eles conseguiram fazer com que ele produzisse uma proteína que se ilumina quando é exposta ao sinal elétrico de um neurônio, permitindo aos pesquisadores traçar a propagação de sinais através da célula.

A técnica pode revelar aos cientistas uma forma para alterar as vias neurais e deve auxiliar no desenvolvimento mais rápido de medicamentos para doenças cerebrais. Segundo o site Medical Xpress ( http://medicalxpress.com/ ), agora é possível ver como esses sinais se espalham através da rede neural, além de estudar a velocidade em que o sinal se propaga e se eles mudam conforme as células passam por alterações.

Para criar os neurônios iluminados, eles infectaram as células do cérebro que tinham sido cultivadas em laboratório com um vírus geneticamente modificado que possuía um gene produtor de proteína. Uma vez infectadas, as células começaram a produzir proteína, ficando iluminadas no processo.

A pesquisa pode revolucionar a compreensão dos cientistas de como os sinais elétricos se movem através do cérebro, bem como em outros tecidos.

O próximo passo será aplicar esse estudo em animais vivos.” (Ballone GJ - A Música e o Cérebro.)

Numa visão espírita, podemos associar (para efeito didático) o cérebro do perispírito ao cérebro do corpo material do homem. O 1º dá a ordem e o 2º executa essa ordem através do comando que exerce no corpo.

Mas uma pergunta que não quer calar é: Estaria a humanidade, de fato, caminhando para um Mundo de Regeneração ao investigar o cérebro, porque assim chegaria ao conhecimento da existência do perispírito, em seguida ao espírito e finalmente teria certeza que a responsabilidade não se acaba com a morte do corpo físico, revelando assim a responsabilidade como herança para ser naturalmente quitada no futuro… em outra existência corporal?

O efeito da música é uma das muitas coisas que são sempre motivo de pesquisas sobre o cérebro humano.

Outros links consultados:

http://www.reabilitacaocognitiva.org/2009/05/o-cerebro-e-a-musica/ ;

http://www.youtube.com/watch?v=G5aVGIGd2t4  (texto de L. Palhano Jr. extraído do Dicionário de Filosofia Espírita).

  • Reinaldo Monteiro Macedo é aposentado, administrador e analista de sistemas de formação, expositor de estudos e colaborador do Centro Espírita Nair Montez de Castro no Rio de Janeiro/RJ e de algumas outras Casas.