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Lee Hadwin nunca tirou boas notas nas aulas de artes. Nem se interessa muito por desenho ou pintura. Mas isso quando acordado. Como ele é sonâmbulo, durante tais crises de distúrbio do sono se torna um artista de primeira – e tal dom se manifestou quando tinha quatro anos. Claudia Cardamone comenta.

  • Data :12/11/2011
  • Categoria :

“O desenhista sonâmbulo”

por Antonio Carlos Prado e Laura Daudén

O britânico Lee Hadwin nunca tirou boas notas nas aulas de artes. Tampouco se interessa muito por desenho ou pintura. Mas esse é o Hadwin quando acordado. Como ele é sonâmbulo, durante tais crises de distúrbio do sono se torna um artista de primeira – e tal dom se manifestou quando tinha quatro anos. Os surtos artísticos já renderam 200 desenhos. Os cientistas ainda não explicam o fenômeno, e há quem jure que Hadwin é guiado por energias extraterrestres. O artista não liga para as especulações. Está mais interessado é nos inúmeros convites que vem recebendo de galerias renomadas para expor os seus trabalhos.

Notícia publicada na Revista ISTOÉ , em 2 de setembro de 2011.

Claudia Cardamone comenta*

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos , assim define o sonambulismo natural:

“É um estado de independência da alma, mais complexo que no sonho; então suas faculdades adquirem maior desenvolvimento. […] No sonambulismo, o Espírito está na posse total de si mesmo; os órgãos materiais, estando de qualquer forma em catalepsia, não recebem mais as impressões exteriores. […] Quando se produzem os fatos do sonambulismo, é que o Espírito, preocupado com uma coisa ou outra, entrega-se a alguma ação que exige uso do seu corpo, do qual se serve como se empregasse uma mesa ou qualquer outro objeto material, nos fenômenos de manifestações físicas, ou mesmo a vossa mão, nas comunicações escritas.”

A faculdade de desenho ou o dom, como costumam chamar, é do espírito e não do corpo. Provavelmente, o espírito que agora encarnou como Lee Hadwin tem esta faculdade, que por uma razão desconhecida não se manifesta no estado de lucidez. Porém, ao adormecer, este mesmo espírito, utilizando-se de seu corpo atual como um instrumento totalmente inerte e em contato com a totalidade de suas faculdades artísticas, desenha belos e misteriosos trabalhos. Há a possibilidade de seu corpo estar sendo utilizado por um outro espírito, porém, por acontecer apenas no momento do sono, as possibilidades de isto ocorrer são menores.

A ciência e os ignorantes da doutrina espírita verão algo de espetacular ou milagroso, um fenômeno fantástico, mas que é naturalmente explicado pelo Espiritismo.

  • Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.