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Em entrevista a uma revista americana, Nadya Suleman, que ganhou fama ao dar à luz óctuplos em 2009, teria dito que sente nojo de seus filhos. A americana afirmou ainda que ama as crianças, mas que ‘os bebês dão nojo e  gostaria de não tê-los tido’. Nara de Campos Coelho comenta.

  • Data :02/10/2011
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Mãe de oito gêmeos diz à revista sentir nojo dos filhos

Em entrevista a uma revista americana, Nadya Suleman, que ganhou fama ao dar à luz óctuplos em 2009, teria dito que sente nojo de seus filhos.

A americana afirmou ainda que ama as crianças, mas que “gostaria de não tê-los tido”.

“Eu odeio bebês, eles me dão nojo”, disse a mãe em entrevista à revista Touch .

Nadya teve seus filhos após ter se submetido a um tratamento de fertilização in vitro e deu à luz por cesariana.

Ela acabou se tornando uma celebridade e ganhou o apelido de “octomãe”.

A mãe de 36 anos também chamou seus outros seis filhos de “animais”.

“Meus seis filhos mais velhos são animais, porque eu não tenho tempo de criá-los.”

Nadya afirmou que costuma se refugiar no banheiro para chorar e “ter um pouco de paz”.

A americana disse estar participando de um reality show de namoros na TV para poder ganhar dinheiro a fim de criar seus filhos.

As afirmações devem reforçar dúvidas a respeito da capacidade da americana de cuidar de seus filhos, que já haviam sido expressas na ocasião do nascimento das crianças.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 1º de julho de 2011.

Nara de Campos Coelho comenta*

Em entrevista à revista Touch, a americana Nadya Suleman, que ganhou fama dando à luz óctuplos em 2009, teria dito ter nojo dos filhos. Esta afirmação, publicada pela BBC do Brasil, faz estremecer quem pensa no típico amor de mãe, tido como o mais perfeito do mundo, que a tudo suporta e sustenta todos os sacrifícios pela felicidade dos filhos. Entretanto, o amor materno, cantado em prosa e em verso em todos os cantos do mundo, fica a anos luz do caso de Nadya. É que este amor existe, mas não pertence a todas as mães; não é um sentimento distribuído em partes iguais para todas, sob a égide do determinismo e acompanhado do slogan “Basta ser mãe para amar!”

Com o Espiritismo, aprendemos que somos Espíritos em evolução, filhos do mesmo Pai, que é Deus. Somos, portanto, irmãos. Este é o nosso verdadeiro grau de parentesco: o espiritual. Quando reencarnamos, o fazemos para adquirir conhecimentos, burilar as mazelas de nossa alma milenar, combater as más tendências e, geralmente, tal se dá em contato com os Espíritos que participaram de nossas experiências em outras reencarnações e com os quais nem sempre mantemos laços de afeto saudável. E o ódio nos liga aos desafetos, assim como o amor o faz em relação aos afetos.

Deus, Pai de todos, dá-nos a oportunidade, através da justiça da reencarnação, de voltar a Terra, escola de aprendizado e aperfeiçoamento, para crescermos, amarmos e resgatarmos um passado onde ficamos cristalizados em nossos desafetos. E nada mais sublime do que um laço entre uma mãe e o seu filho para destruir esses desafetos. A fragilidade dos pequeninos serve para inspirar o amor e a necessidade de cuidados. Mas o Espírito que vive naquele corpinho delicado está impregnado das vibrações do passado. E a mãe, que deveria amá-lo, nem sempre o faz e em muitos casos rejeita-o, sucumbindo ao próprio atraso moral. Por isso, não é raro encontrar mães que odeiam os seus filhos, algumas vezes quando ainda estão no seu ventre. Algumas depressões pós-parto, os estados puerperais, são por vezes situações em que, surpreendentemente, existe a mãe, mas não existe o amor de mãe. A bondade de Deus, porém, faz do progresso uma necessidade e a mãe tem a chance de voltar em novas encarnações para recomeçar, para se aprimorar continuamente. E até que aprenda a amar vai usufruindo de incontáveis oportunidades para fazê-lo, incluindo-se no círculo vicioso do sofrimento que caracteriza a vida na Terra. A questão 891, de “O Livro dos Espíritos”, é esclarecedora: “Algumas vezes, é uma prova escolhida pelo Espírito do filho, ou uma expiação, se ele mesmo foi mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho em outra existência. Em todos os casos, a mãe má não pode ser animada senão por um Espírito mau, que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas essa violação das Leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos que haja superado.” Aqui, ainda, temos outro tipo de aprendizado. Compreendemos a sabedoria de Deus ao nos fazer reencarnar sem a lembrança do passado. Como poderia o filho mal tratado identificar na mãe o inimigo de antigas encarnações? Neste caso de Nadya Suleman, podemos sentir que, seja o que for que esteja acontecendo, ela precisa de um tratamento psicológico. Talvez a exaustão e o estresse somados à necessidade evolutiva lhe favoreça o quadro de desequilíbrio, que a faz cair neste posicionamento infeliz. Importa-nos recordar que ela já tinha seis filhos quando fez a inseminação artificial que lhe deu os óctuplos. Por que o fez? Para que o fez? “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, ensinou-nos Jesus. Os filhos são o seu próximo mais próximo. Nadya Suleman precisa entender esta assertiva para não continuar enfrentando as leis divinas e, em consequência disso, atrair para si ajustes dolorosos junto a Lei de Causa e Efeito. Seus filhos são, antes de tudo, filhos de Deus. Como ela poderá amar a Deus se não ama os filhos Dele, mesmo recebendo a Sua delegação para guiá-los na jornada terrena? Que Jesus ampare estas crianças e ampare também a sua mãe. Por estas e outras é que a Terra ainda é um planeta de provas e expiações. Que possamos aprender com os equívocos dos nossos companheiros de jornada, interiorizando que seguir Jesus é a nossa saída. O melhor mesmo seria que Nadya estudasse o Espiritismo!

  • Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.