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A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um garoto de 16 anos que ameaçava se jogar de uma passarela na cidade de Shenzhen, na China. Liu estava passando pelo local quando viu dezenas de pessoas acompanhando o drama do adolescente que tinha uma faca na mão. Jorge Hessen comenta.

  • Data :27 Aug, 2011
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Beijo de desconhecida evita que jovem chinês cometa suicídio

Extra Online

A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um garoto de 16 anos que ameaçava se jogar de uma passarela na cidade de Shenzhen, na China, com um simples beijo. Liu estava passando pelo local quando viu dezenas de pessoas acompanhando o drama do adolescente, que estava com uma faca na mão, pendurado na passarela. Ela conseguiu se aproximar do garoto dizendo para a polícia que era namorada dele e a razão pela qual ele pretendia cometer suicídio.

Na verdade, de acordo com a imprensa local, o menino estava desesperado porque a mãe dele havia falecido e a madrasta não o tratava bem. Para completar, a mulher havia fugido com todo o dinheiro do pai. “Ele me disse que não tinha mais ninguém, ninguém se preocupava com ele ou confiava nele. Eu mostrei as cicatrizes que tenho no pulso direito, de quando eu tentei o suicídio porque ninguém na minha família estava feliz (…). Eu já estive no lugar dele e sei exatamente como foi”, disse Liu.

Durante a conversa, a chinesa beijou o adolescente e a polícia aproveitou para fazer o resgate. Se os dois mantiveram contato depois, não se sabe. Mas Liu Wenxiu foi convocada para ajudar a polícia novamente. O garoto, que foi levado para a delegacia, disse que só contaria a verdadeira razão da tentativa de suicídio se a falsa namorada estivesse presente.

Notícia publicada no Jornal Extra , em 27 de junho de 2011.

Jorge Hessen comenta*

Muitos jovens, tais quais o chinês da reportagem, têm buscado aniquilar as tristezas íntimas, as depressões, as angústias íntimas retirando-se da vida pelo ato extremo.

Como os pais podem proteger os filhos ante os desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje? Obviamente, precisam estar atentos. Interpretar qualquer tentativa ou anúncio de suicídio do jovem como sinal de alerta. O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas. Aproximar-se, mais amiudemente, do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão. O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.

O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos, etc. Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio.

O suicida não quer matar a si próprio, mas alguma coisa que carrega dentro de si e que, sinteticamente, pode ser nominado de sentimento de culpa e vontade de querer matar alguém com quem se identifica. Como as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo. Assim, o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e que o incomoda, profundamente. Outra coisa que deve ser analisada é a obsessão.

Ao Espiritismo, estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infração de uma lei moral - consideração, essa, de pouco peso para certos indivíduos -, mas, também, um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica.

O Espiritismo adverte que o suicida, além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas consequências de seu gesto impensado, de revolta diante das leis da vida, ainda renascerá com todas as sequelas físicas daí resultantes, e terá que arrostar, novamente, a mesma situação provacional que a sua flácida fé e distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial.

A rigor, não existe pessoa fraca, a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças. O que de fato ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios.

Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver, até porque, não há tormentos e problemas que durem uma eternidade. Recordemos que Jesus nos assegurou que O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros e aquele que perseverar até o fim, será salvo.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.