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Um tribunal condenou um cão vira-latas à morte por apedrejamento, devido ao temor de que ele fosse a reencarnação de um advogado que insultou juízes da mesma corte, segundo apontam relatos. Claudia Cardamone comenta.

  • Data :20 Jun, 2011
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Corte judaica teria condenado à morte cão suspeito de ser advogado reencarnado

Um tribunal judaico de Jerusalém condenou um cão vira-latas à morte por apedrejamento, devido ao temor de que ele fosse a reencarnação de um advogado que insultou juízes da mesma corte, segundo apontam relatos.

De acordo com o site de notícias israelense Ynet, o cachorro entrou há algumas semanas no tribunal - composto por rabinos - e não saiu mais de lá, o que fez um juiz lembrar de uma maldição imposta a um advogado secular, já morto.

Na ocasião, há cerca de 20 anos, os juízes do tribunal do bairro ultraortodoxo de Mea Shearim desejaram que o espírito do advogado entrasse no corpo de um cão - animal tido como impuro no judaísmo tradicional – depois que ele proferiu insultos à corte.

Mesmo sentenciado à morte por apedrejamento, o cachorro conseguiu escapar do prédio do tribunal antes que a condenação fosse levada a cabo, afirma o Ynet.

Segundo relatos, um dos juízes do tribunal pediu às crianças da localidade que encontrassem o cachorro e executassem a sentença. Devido ao caso, uma organização de proteção aos animais registrou queixa na polícia contra uma autoridade da corte.

Vingança

Segundo o site Ynet, o tribunal nega que os juízes tenham condenado o vira-latas à morte.

No entanto, um representante da corte disse ao jornal Yediot Aharonot que o apedrejamento foi ordenado como uma “maneira apropriada de ‘se vingar’ do espírito que entrou no pobre cão”.

Os tribunais rabínicos (battei din ) são investidos do poder de julgar questões religiosas em Israel e em algumas outras comunidades ultraortodoxas pelo mundo.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 18 de junho de 2011.

Claudia Cardamone comenta*

Segundo a doutrina espírita, os juízes deste tribunal poderiam ficar tranquilos e até adotar o pequeno cão. Na questão 612 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec perguntou se “O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar-se num animal”, e os espíritos responderam: “Isso seria retrogradar, e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à nascente.”

Isto não significa que não possa ter sido o advogado a provocar a caricata situação, já que desencarnado e lembrando-se da maldição que lhe foi lançada, pretenderia que a sua presença no tribunal fosse notada e atraiu o cão para dentro do tribunal. Pode ter sido também um espírito zombeteiro que, conhecedor da situação, tenha atraído o cão para se divertir.

Porém, não podemos descartar a possibilidade mais simples de o cão ter julgado encontrar no tribunal um local seguro para descansar e a consciência pesada do juiz ter trazido a história da maldição de volta, provocando o ato de vingança narrado.

Não podemos saber realmente o que aconteceu, mas de uma coisa temos certeza: o pobre cão foi uma vítima ignorante da situação ou será que alguém acha que ele estaria expiando alguma coisa?

  • Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.