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O ministro da Ciência do Irã pediu às universidades a segregação sexual em suas unidades, alegando que a permissão para que homens e mulheres se misturem é um sinal da influência ocidental. Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta.

  • Data :09/06/2011
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Ministro iraniano defende segregação sexual nas universidades

Reuters/Brasil Online

TEERÃ (Reuters) - O ministro da Ciência do Irã pediu às universidades que imponham estritamente a segregação sexual em suas unidades, alegando que a permissão para que homens e mulheres se misturem nas aulas é um sinal da influência dos valores ocidentais, informou a mídia local nesta quarta-feira.

Leis rígidas adotadas no Irã depois da Revolução Islâmica, em 1979, vetam o contato entre homens e mulheres, mas a imposição dessas normas varia amplamente no país.

Políticos conservadores pedem com frequência a estrita observância das leis.

“O problema é que nossas universidades foram erguidas com base em valores ocidentais… que não são compatíveis com nossos valores islâmico-iranianos”, disse o ministro da Ciência, Kamran Daneshjou, segundo informou o diário Javan.

A segregação afeta algumas instâncias da vida cotidiana no Irã. Mulheres têm de viajar na parte de trás dos ônibus e visitar parques públicos nos quais homens não podem entrar.

Mas a maioria das salas de aula nas universidades não é segregada.

“A lei de segregação dos sexos tem de ser posta em prática se não provocar a paralisação das atividades rotineiras”, declarou Daneshjou.

O ministro sugeriu que homens e mulheres usem áreas como laboratórios e salas de computadores em horários diferentes, se não for possível criar instalações separadas.

(Por Reza Derakhshi)

Notícia publicada no Jornal O Globo , em 9 de fevereiro de 2011.

Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta*

Vejamos o que a Doutrina Espírita nos diz sobre o assunto…

Em O Livro dos Espíritos , na pergunta 817 e seguintes, os espíritos destacam a importância da mulher aos olhos Divinos:

817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?

“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”

Nesta resposta fica clara a equiparação dos direitos e deveres que a mulher tem em relação à do homem. E esclarece o assunto na questão seguinte:

818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países?

“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”

Diante da resposta acima, fica claro que esses irmãos ainda se encontram moralmente atrasados. E sabemos, também, tratar-se de um dos estágios da nossa caminhada e do aprendizado dessa sociedade.

Na nota da questão 202, do mesmo livro, Kardec nos esclarece:

“Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.”

Esse esclarecimento é muito importante para que possamos respeitar nossos irmãos, independente do seu sexo. Diante disso, se no passado não reencarnamos com natureza diferente do que somos atualmente, certamente, no futuro o seremos. E assim, aprenderemos a conviver com os problemas que no passado atingimos com os nossos julgamentos.

Assim, esta noticia nos lembra a misericórdia Divina que nos dá infinitas oportunidades para a nossa evolução.

Encerramos, citando o ensinamento do mestre Léon Denis:

“O homem e a mulher nasceram para funções diferentes mas complementares. No ponto de vista da ação social são equivalentes e inseparáveis.” (No Invisível , pág. 78.)

  • Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.