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Vítima de 22 anos conheceu agressor em sala de bate-papo, de acordo com a Polícia Civil. Homem amarrou e estuprou jovem na noite de quarta-feira, no bairro Aterrado, em Lorena, a 198 quilômetros da capital paulista. Jorge Hessen comenta.

  • Data :14/11/2010
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Após marcar encontro pela internet, jovem é estuprada no interior de SP

Vítima de 22 anos conheceu agressor em sala de bate-papo. Homem amarrou e estuprou jovem na noite de quarta-feira.

Do G1 SP, com informações do VNews

Uma jovem de 22 anos foi estuprada na noite desta quarta-feira (22) no bairro Aterrado, em Lorena, a 198 quilômetros da capital paulista. De acordo com a Polícia Civil, a vítima havia marcado um encontro com um rapaz após conhecê-lo em uma sala de bate-papo na internet.

No local combinado, o homem estava em uma moto e, quando a jovem chegou, ele a obrigou a subir na garupa e a levou para um matagal, onde ela foi amarrada e estuprada, segundo a polícia.

Apesar de o encontro ter sido combinado, a polícia ainda não tem um suspeito do crime. A vítima não conseguiu ver o rosto do rapaz, que ficou o tempo todo de capacete. A jovem está internada na Santa Casa de Lorena e o quadro dela é estável.

Notícia publicada no Portal G1 , em 23 de setembro de 2010.

Jorge Hessen comenta*

Atualmente, há uma assustadora explosão dos sites de redes sociais, como o “MySpace ”, “Facebook ” e “Orkut ”, que ganharam grande proeminência em face das muitas milhões de pessoas inscritas para utilizá-los a fim de publicarem  suas informações pessoais. Para muitos internautas, o uso das redes de relacionamento é algo tão comum como tomar banho, escovar os dentes e pentear os cabelos pela manhã. Todavia, a natureza quase íntima dessas redes sociais leva as pessoas a compartilharem informações confidenciais sobre sua família, relacionamentos afetivos, situação financeira, e vários outros conteúdos de cunho particular, deixando-as, não raro, sujeitas a todo tipo de armadilhas, considerando que esses dados fornecidos na web municiam as pessoas mal intencionadas.

Óbvio que a Internet é importantíssima para todos nós. Com ela, podemos ler a maioria dos jornais do mundo contemporâneo utilizando apenas algumas teclas. Temos acesso a um sem-número de enciclopédias; podemos sondar os filmes que estão em exibição nos cinemas. A rigor, utilizamos uma parte ínfima da vastidão de temas e materiais que se podem conseguir na Rede Mundial de Computadores. Por outro lado, nem sempre é tarefa fácil distinguir entre o conteúdo interessante e a mensagem perigosa e/ou ilegal. Dos riscos iminentes que estremecem a mente humana, destacamos a pornografia (principalmente a infantil) que é, disparadamente, a mais execrável. Não faltam os sites de conteúdo racista, xenófobo, ou de puro incitamento à violência. Muitas vezes, o perigo pode vir de uma conversa aparentemente inocente mantida no programa de conversa à distância - o “Chat ”.

Da mesma forma que devemos prestar atenção redobrada ao atravessar uma avenida de trânsito intenso, devemos ter a máxima cautela ao navegar na web, pois os perigos são reais. Devemos estar atentos para evitar cairmos em arapucas cibernéticas. Como aconteceu, recentemente, com uma jovem de 22 anos que sofreu violência sexual no estado de São Paulo. Segundo a Polícia Civil paulista, a vítima havia marcado um encontro com um rapaz após conhecê-lo em uma sala de bate-papo na internet. No local combinado, o criminoso estava em uma moto e, quando a jovem chegou, ele a obrigou a subir na garupa e a levou para um lugar ermo, onde ela foi amarrada e abusada sexualmente.

Elevada porcentagem de problemas ocorre porque muitos usuários não têm ideia do alcance da web e não sabem se comportar diante do universo virtual. Os especialistas comparam a internet com uma grande praça pública, todavia com uma diferença fundamental: as informações e imagens divulgadas podem ser vistas por milhões de pessoas, copiadas e manipuladas, o que exige um cuidado extra.

Existem alguns meios de controlar a “navegação”, que restringem, através de senhas, aquilo que crianças e jovens podem ter acesso. Os pais, sobretudo os genitores espíritas, devem conversar abertamente com os seus filhos, alertando-os sobre o lado nocivo da Internet e aconselhá-los a evitar sites perigosos. Nesses casos, orientar será sempre muito melhor do que proibir.

Em tese, apesar dos riscos, não devemos demonizar a Internet, tal qual, na Idade Média, fazia a Inquisição, queimando os livros, destroçando a cultura. Apoiados no bom senso doutrinário, é importante aprendermos a enfrentar os desafios cibernéticos, com a intenção de procurar a verdade e de esclarecer os interessados. É de bom alvitre sabermos separar o trigo do joio.

A Internet, a despeito das informações incorretas, das agressões, das infâmias, da degradação e do crime, é, sem dúvida, um instrumento de grandiosas realizações que dignificam o homem e preparam a sociedade para um porvir mais promissor. Para o movimento espírita, em especial, pela web são possíveis os estímulos de fraternidade entre as diversas instituições kardecianas da Terra. Pelas ondas virtuais, está surgindo um novo modelo para o movimento espírita.  Se o Apóstolo dos Gentios teve que andar milhares de quilômetros a pé, de cidade em cidade, para espalhar a semente da Boa Nova, Deus, nos dias atuais, dá-nos a oportunidade de estarmos na comodidade do próprio lar para disseminarmos os princípios da Terceira Revelação para todos os continentes.

Diante do exposto, indagamos: como garantir a legitimidade desse monumental instrumento de trabalho espírita? Como evitar que a Internet seja tão mal explorada? Ambas as questões são importantes e devemos refleti-las, para que possamos entender como aplicar a Internet corretamente ao ambiente espírita. Nesse caso, a vigília equilibrada é fundamental para atingir uma abordagem balanceada, que possa assumir, plenamente, a tecnologia que temos disponível e, simultaneamente, projetar os objetivos maiores do trabalho espírita que está sendo desenvolvido na Terra, por permissão do Cristo.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.