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Pamela Fink contou à companhia que tem gene ligado a predisposição para câncer de mama e foi despedida. Ela entrou com uma queixa junto à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego dos EUA. Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta.

  • Data :08/08/2010
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Mulher processa empresa por discriminação genética

Pamela Fink contou à companhia que tem um gene ligado a predisposição para câncer de mama e foi despedida

por New Scientist

No que pode ser o primeiro caso dos Estados Unidos de discriminação genética depois que o Congresso americano proibiu a prática em 2008, uma mulher de Connecticut alega que perdeu o emprego porque tem um gene que a predispõe a ter câncer de mama. Ela e seu advogado entraram com uma queixa junto à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego e à Comissão de Direitos Humanos e Oportunidades dos EUA.

Eles alegam que a empresa de energia MXenergy violou uma lei federal que protege os cidadãos contra a discriminação genética por parte de empregadores e companhias de seguro.

Pamela Fink, uma mulher de 39 anos de Fairfield, Connecticut, alega que ela perdeu o emprego na MXenergy depois que ela disse à empresa que tinha uma mutação em um gene chamado BRCA2, que está vinculado a um risco muito aumentado de câncer de mama.

Como medida de precaução, Fink teve seus seios retirados - uma medida comum tomada por mulheres com resultado positivo para algumas mutações desse gene. Quando ela voltou para MXenergy, após a cirurgia, a empresa a despediu.

“Parte do que ela está esperando por vir a público é que os empregadores vão receber a mensagem de que você não pode fazer isso - que você não pode usar a história genética de alguém contra eles e que os indivíduos, não por medo, evitar as vantagens dos testes genéticos”, seu advogado disse à agência AP.

Matéria publicada na Revista Galileu , em 30 de abril de 2010.

Sonia Maria Ferreira da Rocha comenta*

A discriminação é, há muito, uma das maiores chagas das sociedades ao longo do tempo, que exclui do seu convívio seus semelhantes por injustificáveis motivos.

Essa é uma atitude que contraria o ensinamento maior do nosso Mestre: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI”.

O convívio com as diferenças é o melhor instrumento que temos para a nossa evolução. Jesus, o Mestre dos Mestres, jamais condenou qualquer pecador, quando esteve entre nós; o que ele condenava era o seu comportamento, quando feria a Lei Divina.

Como sabemos, nossa matéria fisica é uma importantissima vestimenta do espírito, que usamos para a reencarnação, e está diretamente de acordo com as nossas necessidades. Como não sabemos qual a vestimenta que usamos em reencarnações passadas e com qual voltaremos nas futuras, quando discriminamos alguém, podemos estar condenando o que fomos ou o que seremos.

O Espiritismo, como não poderia deixar de ser, diante dos ensinamentos baseados nos exemplos do Cristo, nos seus princípios doutrinários, rejeita qualquer distinção que se faça ao nosso semelhante. Somos, diante do Pai, iguais em direitos e deveres.

Devemos desenvolver em torno de nós a inclusão do coração, o amor incondicional, aquele do nosso querido Mestre, o mesmo que Ele nos amou quando esteve entre nós. Devemos destruir toda e qualquer barreira que nos impede do convívio cristão, acabar com as fronteiras que nos separa dos nossos irmãos. Para Deus, somos seus filhos diletos que nos quer vivendo unidos e harmoniosamente.

A discriminação nos remete ao julgamento, que tanto é combatida pela Espiritualidade, nos seus incontáveis ensinamentos recebidos, diariamente, por intermédio dos mediuns.

Para dissiminar a discriminação da nossa sociedade, melhor seria desenvolver, dentro de cada um de nós, o sentimento da compaixão, “onde o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir o coração. Pouco importa se o outro, o beneficiado pela compaixão, não a valoriza, nem a reconheça ou sequer venha a identificá-la. O essencial é o sentimento de edificação, o júbilo da realização por menor que seja, naquele que a experimenta. Expandir esse sentimento é dar significação à vida.” (Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Franco. Da obra: Responsabilidade .)

Assim, é compromisso nosso, espíritas, transformar esse sentimento de exclusão no sentimento maior que é o amor incondicional, exemplificado por Jesus, para construirmos um mundo de paz.

  • Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.