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Nas ruas, todo mundo tem na ponta da língua o que acha mais importante em si mesmo e nos outros. A ONU fez um ranking. Em primeiro lugar, deu boa vontade com o próximo, seguido de cuidado com toda a humanidade e a natureza. Leila Henriques comenta.

  • Data :09/07/2010
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Pesquisa da ONU revela principais valores do brasileiro

Em primeiro lugar, deu boa vontade com o próximo, seguido de cuidado com toda a humanidade e a natureza.

Nas ruas, todo mundo tem na ponta da língua o que acha mais importante em si mesmo e nos outros. A ONU fez um ranking com os valores mais votados. Em primeiro lugar, deu boa vontade com o próximo, seguido de cuidado com toda a humanidade e a natureza.

“As pessoas disseram: o que precisa mudar no Brasil é que nós precisamos de mais respeito, mais responsabilidade, mais tolerância, mais compreensão e isso é capaz de resolver problemas”, aponta o coordenador do relatório da pesquisa da ONU Flávio Comim.

Mas o psiquiatra Luiz Alberto Py faz um alerta: “Esse que é o problema. Uma coisa é você ter a teoria do bom comportamento outra coisa é a prática. Na prática, não vemos uma educação voltada para valorizar esses valores”.

Muitos brasileiros já praticam no dia a dia esses sentimentos apontados como os principais valores na pesquisa: solidariedade, desprendimento, amor ao próximo. Isso tudo se encontra, por exemplo, nos voluntários que atendem aos pacientes do Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro. São mais de 600 voluntários que se dedicam a diminuir o sofrimento do tratamento de câncer.

“Eles dizem que se sentem muito bem, que é gratificante. Quando fazemos treinamento, dizemos que aqui não tem vale-transporte, não tem vale-alimentação, não tem vale nenhum, só tem o vale-reconhecimento. Eles dizem que o vale-reconhecimento é o sorriso, é o olhar, é o carinho que eles encontram no paciente”, aponta a coordenadora dos voluntários Emília Ribeiro.

O engenheiro mecânico Roberto Motta é a prova disso. Ele se considera até um privilegiado por passar a tarde fazendo a barba de pacientes, como o motorista Ozéas da Silva, que se recupera de câncer na medula: “É um prazer muito grande. Esses camaradas ajudam a entender que a vida é muito boa de ser vivida, principalmente quando há solidariedade, compreensão”.

Notícia publicada na página do Bom Dia Brasil , em 25 de maio de 2010.

Leila Henriques comenta*

Nossa caminhada, a trajetória do espírito humano, é em direção à educação dos sentimentos, o que nos levará às ações solidárias, fraternas e nos distanciará do egoísmo, que é a maior pedra de tropeço desta caminhada.

Toda caminhada começa com o primeiro passo e embora se diga que os depoimentos colhidos nesta matéria são apenas teorias, pois que na prática não se procede de acordo, só o fato de estar sendo priorizado pela maioria dos entrevistados, como foi constatado pela pesquisa da ONU, “a boa vontade com o próximo, seguido de cuidado com toda a humanidade e a natureza”, já nos mostra os primeiros passos deste caminho de transformação.

Novos tempos estão sendo preparados para a nossa Humanidade, tempos de crescimento interior, de progresso moral que deverá, cada vez mais, aproximar-se do progresso material, que lhe vai, no momento, à frente.

Os primeiros passos para o progresso moral do ser humano acontecem no âmbito do pensamento, da vontade, do sentimento.

Os sentimentos expressos na pesquisa são muito relevantes, por revelarem os valores positivos dos quais já temos consciência, como “solidariedade, desprendimento, amor ao próximo”.

Essa conscientização nos levará, mais cedo ou mais tarde, da teoria à ação.

Exemplos estão sendo dados, como o dos voluntários que atendem às necessidades dos internos do Instituto Nacional do Câncer do Rio de Janeiro.

Existem muitos exemplos como este, que deveriam ser divulgados para que fosse estimulada a vontade do ser humano na direção da solidariedade, da doação de si mesmo para o bem do semelhante.

Mas, como muito já se disse, o bem teima em ser silencioso e os veículos de comunicação priorizam o que faz barulho, o que escandaliza e até o que atemoriza, em detrimento destas ações que se voltam para o servir, para o compartilhar, para a compaixão.

A Doutrina Espírita, ao trazer-nos o conhecimento da Lei de Causa e Efeito e a “fatalidade” das reencarnações, abre mentes e corações para a necessidade da caridade, que é o amor em ação, visto que nos coloca frente a um futuro de felicidade, caso observemos esta necessidade, ou de infortúnio, caso a ignoremos.

Só pelo reconhecimento, da maioria  dos entrevistados, que a solidariedade, o amor ao próximo são os valores a serem priorizados, já mostra uma tendência ao bem e o repúdio ao mal.

A fé no crescimento moral do ser humano não pode arrefecer em nós, mesmo porque, como fomos informados pelos Espíritos Superiores, estamos destinados à perfeição e, como Espíritos no rumo da perfeição, nosso caminhar é para frente e para o alto.

  • Leila Henriques é espírita e colabora na divulgação da Doutrina Espírita na Internet.