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Cantigas de roda compostas e entoadas durante oficinas culturais do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, têm colaborado para a melhora dos pacientes, que ficam meses internados no maior hospital do país para crianças. Sergio Rodrigues comenta.

  • Data :08 Mar, 2010
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Crianças internadas compõem cantigas de roda em hospital de Curitiba

GUSTAVO HENNEMANN da Agência Folha

Cantigas de roda compostas e entoadas durante oficinas culturais do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, têm colaborado para a melhora dos pacientes, que chegam a ficar meses internados no maior hospital do país para crianças.

A cada duas semanas, as crianças se reúnem para cantar ao som de violão, tambor e chocalhos. Mesmo aquelas que precisam andar com o pedestal de soro não deixam de participar. Já os que não conseguem deixar o leito recebem a visita de músicos para cantar dentro do quarto.

“Quando tratamos das crianças, não estamos cuidando só de um órgão que não está funcionando, precisamos acolher os pacientes integralmente. Esse trabalho injeta vida no hospital”, diz o coordenador de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe, Cláudio Teixeira.

As atividades artísticas são conduzidas pelos músicos e arte-educadores Itaércio Rocha e Thayana Barbosa, que agora trabalham na gravação de um CD, que contará com músicas compostas pelas próprias crianças durante as oficinas do projeto, chamado “Cancioneiro do Brasil”.

“Nós trabalhamos com canções de todos os lados do país, como a ciranda e a congada, e as crianças passaram a criar novas letras a partir do que cantávamos. Uma delas homenageia a varredeira que limpa o quarto deles, outra fala de animais”, diz Rocha.

Para o arte-educador, o mais importante é proporcionar o contato das crianças e dos familiares com a arte, mas as oficinas acabam tendo função terapêutica.

No ano passado, foram registradas em torno de 25 mil internações nos 390 leitos do Pequeno Príncipe, que realiza transplante de órgãos e tratamentos contra câncer e outras doenças graves.

Notícia publicada na Folha Online , em 23 de junho de 2009.

Sergio Rodrigues comenta*

As doenças em geral, quando não decorrentes do desgaste natural do organismo físico, provocado pelo tempo, têm a sua origem numa desarmonia espiritual causada pelo espírito. No corpo físico são refletidas todas as reações decorrentes de nossos atos, pensamentos e sentimentos, ou seja, do nosso psiquismo, da maneira como nos portamos. Quando nos permitimos desarmonizar perante as leis divinas, causamos um desequilíbrio nos centros de força regidos pelo espírito, gravando nele as matrizes do erro. Em consequência, o espírito transmite a lesão ao corpo físico, que funciona, assim, como uma espécie de dreno, eliminando células doentes e permitindo a sua restauração, através da renovação por meio de células sadias. O espírito é, assim, o responsável pelo estado saudável ou não do corpo.

O que essas pessoas estão fazendo, na realidade, é tratarem do espírito, utilizando-se da arte. Através de cantigas de roda, levam ao espírito enfermo um lenitivo, que serve, ao mesmo tempo, como elemento restaurador do equilíbrio afetado. Melhorando o condicionamento espiritual, automaticamente, o reflexo no organismo físico é sentido, observando-se uma melhora no estado clínico do paciente.

No item 11, do capítulo XVII, de O Evangelho segundo o Espiritismo , Allan Kardec traz uma mensagem do espírito Jorge, que se denominou um Espírito Protetor, datada de 1863, na qual o orientador espiritual fala da necessidade de se cuidar do corpo e do espírito, para se atingir a perfeição moral. Orienta a cuidarmos dos dois, pois é equivocado cuidar-se apenas de um deles, esclarecendo que o estado do corpo físico influi de maneira muito importante sobre o espírito e vice-versa. Ambos, espírito e corpo físico, são mutuamente dependentes, importando que se dedique aos dois os mesmos cuidados. Desatender às necessidades de um deles é contrariar as leis naturais. É a saúde integral.

Como disse um dos músicos que se dedicam a essa tarefa, “não estamos cuidando só de um órgão que não está funcionando, precisamos acolher os pacientes integralmente.”

  • Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.