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Cientistas especializados em lasers criaram um estado de matéria completamente novo, transformando alumínio em algo ‘que ninguém jamais viu’, um exótico material transparente à radiação ultravioleta. Breno Henrique de Sousa comenta.

  • Data :01/02/2010
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Cientistas criam estado completamente novo de matéria

  • Gizmodo *

Cientistas alemães especializados em lasers criaram um estado de matéria completamente novo, transformando alumínio em algo “que ninguém jamais viu”, um exótico material transparente à radiação ultravioleta.

De acordo com o professor Justin Wark, do departamento de física da Universidade de Oxford, a descoberta é “quase tão surpreendente quanto descobrir que é possível transformar chumbo em ouro com a luz!”. Eles alcançaram este milagre ao derrubar “um elétron-chave de cada átomo do alumínio”, mas sem desfazer a estrutura metálica com o bombardeio a laser.

Wark afirma que isso os ajudará a raciocinar sobre a criação de estrelas em miniatura com implosões de laser de alto poder, algo que “poderá um dia permitir a exploração do poder da fusão nuclear aqui na Terra”. Ou destruir a todos nós.

Notícia publicada no Portal Terra , em 29 de julho de 2009.

Breno Henrique de Sousa comenta*

Ao ler esta matéria e os comentários dos internautas, percebe-se como a maioria das pessoas ignoram os benefícios trazidos por avanços tecnológicos desta natureza. Às vezes, se diz que dever-se-ia usar este dinheiro para matar a fome no mundo e que estas descobertas são inúteis.

Um exemplo muito simples é o caso da mecânica quântica, que parece tratar de temas completamente abstratos para o cidadão comum, algo que parece não ter nenhuma importância para a vida prática, de conteúdo muito teórico e, como se diz em linguagem popular, “é uma viagem na maionese”. Poderíamos perguntar: - Por que os cientistas perdem tanto tempo com isso?

Diz o professor Almir Caldeira, da Unicamp: “O leitor certamente se surpreenderia se disséssemos que sem a mecânica quântica não conheceríamos inúmeros objetos com os quais lidamos corriqueiramente hoje em dia. Só para se ter uma ideia, podemos mencionar o nosso aparelho de CD, o controle remoto de nossas TVs, os aparelhos de ressonância magnética em hospitais ou até mesmo o micro-computador que ora usamos na elaboração deste artigo. Todos os dispositivos eletrônicos usados nos equipamentos da chamada high-tech só puderam ser projetados porque conhecemos a mecânica quântica. A título de informação, 30% do PIB americano é devido a estas tecnologias” .

Não devemos esquecer as necessidades imediatas de nossa população. É dever dos governos investir nos serviços essenciais, mas não significa que devemos primeiro ter tudo perfeito para só depois investir em ciência e tecnologia. É justamente nas descobertas científicas que encontramos soluções para os grandes problemas da sobrevivência humana. Imagine como viveríamos hoje sem vacinas, antibióticos, veículos, computadores e todos os avanços tecnológicos?

Por outro lado, não podemos perder de vista que muitos avanços científicos estão comprometidos com grupos de interesse, quase sempre com o poder econômico e político. Tais avanços demoram a converter-se em benefícios para a população. Normalmente, eles beneficiam primeiro uma pequena classe de privilegiados, ou mesmo são usados para guerra e para destruição. Imagino que esta descoberta em destaque na matéria já deve despertar interesses militares. É preciso que a sociedade esteja mais ativa e consciente para cobrar o uso responsável e pacífico das tecnologias.

É também curioso o fato de os cientistas descobrirem outros estados da matéria e reafirmar que ela pode assumir estados ainda desconhecidos ao homem. Isto é o que já afirmava a Doutrina Espírita. Dizem-nos os espíritos, em O Livro dos Espíritos , na questão 22: “Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.” Vale lembrar que O Livro dos Espíritos foi lançado em 1857, quando ainda vigorava o modelo atômico de Dalton, que enunciava que os átomos são partículas minúsculas e indivisíveis, ou seja, nesta época ainda não se sabia da existência de elétrons, prótons e nêutrons. O modelo de Dalton só caiu em 1921 com a descoberta dos átomos isótopos (átomos do mesmo elemento com massas diferentes). Na questão 30, de O Livro dos Espíritos , dizem-nos também os espíritos que “os corpos que consideramos simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva” . Assim, o Espiritismo adiantou-se 64 anos a frente da ciência.

Assim, os avanços científicos só vêm a comprovar o vigor da Doutrina Espírita, que nada tem a temer diante das luzes do progresso. Ao contrário, afirma seu insígne codificador Allan Kardec, que se a ciência provar que o Espiritismo está enganado em algum ponto, que abandonemos este ponto e que sigamos a ciência.

  • Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.