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Um australiano que estava paralisado havia mais de duas décadas após ter sofrido um derrame conseguiu voltar a andar graças a um tratamento com injeções de Botox e surpreende os médicos. Nara de Campos Coelho comenta.

  • Data :20 Dec, 2009
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Australiano paralisado por 23 anos volta a andar após aplicação de Botox

Um australiano que estava paralisado havia mais de duas décadas após ter sofrido um derrame conseguiu voltar a andar graças a um tratamento com injeções de Botox.

Russel McPhee, que tinha apenas 26 anos quando sofreu um derrame e ficou confinado a uma cadeira de rodas, diz conseguir andar até cem metros sem a ajuda de andadores.

O Botox, nome comercial da toxina botulínica, tem o efeito de relaxar a musculatura, e é normalmente associado ao tratamento estético, para a eliminação de rugas de expressão.

Mas o uso da toxina botulínica já é aprovado há vários anos para o tratamento de espasmos que impedem o movimento normal de membros em vítimas de derrames e fraturas da medula espinhal ou de pacientes de esclerose múltipla.

Surpresa

O caso de McPhee surpreendeu os médicos, porém, já que normalmente o tratamento com injeção de Botox apresenta melhores resultados quando iniciado pouco após o aparecimento do problema.

Segundo o médico Nathan Johns, que tratou McPhee no centro de reabilitação St. John of God Nepean, a aplicação do Botox em pacientes de derrame normalmente ajuda a reduzir a rigidez dos membros, mas por outro lado enfraqueceria também o músculo, tornando difícil a recuperação dos movimentos.

Além disso, quanto mais tempo a pessoa fica paralisada, mais fracos estariam seus músculos. No caso de McPhee, porém, teria ajudado o fato de ele ter tentado, ao longo dos anos, se movimentar sozinho.

Apesar de nunca ter conseguido ficar mais do que poucos segundos de pé, isso teria ajudado a manter a musculatura das pernas forte, ajudando no resultado do tratamento com o Botox.

Segundo Lisa Norman, diretora do St John of God Nepean, o centro vem usando a toxina botulínica nesse tipo de tratamento há cinco anos, “com variados graus de sucesso”.

“Mas o que torna o caso de Russell tão único é que sua melhora foi tão dramática. Ele estabeleceu para si um objetivo de voltar a andar e estava determinado a fazer isso acontecer”, disse.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 5 de junho de 2009.

Nara de Campos Coelho comenta*

O Vencedor

Com o Espiritismo, aprendemos que a dor não é fortuita, tampouco aleatória. Cada um de nós passa por experiências que são necessárias ao aperfeiçoamento integral a que cada um de nós, espíritos encarnados, nos candidatamos e que se constitui o objetivo superior da vida na Terra. Assim, ninguém sofre por sofrer, nem por azar ou abandono de Deus. (Há quem não acredite em Deus, justamente por assim pensar…) Entretanto, a dor tem sempre um objetivo útil.

O caso do australiano Russel Mcphee é um exemplo típico desta assertiva.

Para todos, e até para os médicos, ele estava condenado a viver, para sempre, preso a uma cadeira de rodas. Entretanto, fatos que se encadearam deram a ele possibilidades novas de andar e ele andou. Podemos destacar o avanço da Medicina, a coragem dos médicos em usar a novidade para o seu tratamento, seu esforço em sempre preparar-se para andar, alimentado pelo desejo de andar que sempre o norteou. Fatos que nos dão uma grande lição de vida. Somos mesmo artífices do nosso futuro, como nos ensina Kardec. Eis que nossas atitudes geram consequências que podem ser boas ou más, dependendo do que escolhermos. Sobre tudo isto, paira o amparo da Espiritualidade Superior que está sempre presente, auxiliando aos que vibram numa faixa energética feliz, ajudando a construir o que muitos chamam de “milagre”.

Poderemos dizer: “Que sorte teve este Mcphee!” Não. O que aconteceu não é fruto da sorte nem de milagre, pois as leis divinas são iguais para todos. E são imutáveis. O sucesso de Macpee se deve ao seu merecimento. Ele lutou para alcançar esta consequência positiva a que todos nos devemos candidatar. Por isto, Jesus nos ensinou que a cada um seria dado segundo suas próprias obras.

Quantos de nós não estamos em cadeiras de rodas, mas nos mantemos paralíticos para ações felizes que estimulem o bem. Ou permanecemos cativos da maldade, do egoísmo, dos vícios, da preguiça, do orgulho, sendo agentes da dor e do desânimo para tantos… O que estamos construindo? Dor. Ela é a nossa obra. Por meio do pensamento fixo em sentimentos inferiores, edificamos em nossa atmosfera psíquica a necessidade da dor a que já nos afeiçoamos. E ela se faz presente através de muitas facetas, alongando-se para além de muitas reencarnações, até que “acordemos” para o pensamento feliz e construtivo a que Jesus nos concitou, por meio do exercício do amor. Mcphee chegou neste ponto, que Jesus traduziu com  “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” Suas lágrimas regaram a determinação, a luta para a superação de suas deficiências. Ele não se deixou vencer e conseguiu a consolação. É um vencedor. Ou seja, venceu a dor.

Façamos o mesmo.

  • Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.