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O coração de uma britânica volta a funcionar bem, depois de 11 anos de descanso. A menina vivia com um coração transplantado, enquanto o dela estava quase parado se recuperando de doença. Carlos Miguel Pereira comenta.

  • Data :10 Nov, 2009
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Adolescente britânica vive com dois corações por 11 anos

O coração de uma adolescente britânica volta a funcionar bem, depois de 11 anos de descanso. A menina vivia com um coração transplantado, enquanto o dela estava quase parado se recuperando de doença.

Marcos Losekann – Londres

O que torna esse caso inédito é a decisão que os médicos britânicos tomaram durante a cirurgia, há 15 anos. Em vez de extrair o coração doente, eles decidiram deixá-lo no peito da paciente, descansando ao lado do coração transplantado.

Os médicos apostaram na recuperação do coração doente. E foi o que aconteceu.

Essa história começou em 1994, quando a britânica Hannah Clark tinha menos de um ano de idade. Ela sofria de cardiomiopatia, uma doença que faz o coração dobrar de tamanho e parar de funcionar.

Um transplante era a única solução. O coração doado foi acoplado ao que estava doente e assumiu a maior parte do papel de bombear o sangue pra todo o corpo. Hanna viveu por 10 anos com dois corações.

Uma década depois do transplante, Hannah começou a desenvolver outros problemas de saúde provocados pelos 17 remédios que ela tomava para evitar a rejeição do coração transplantado. Teve vários tumores e precisou fazer quimioterapia.

Para o tratamento dar resultado, os médicos reduziram os medicamentos, e aí o organismo dela começou a rejeitar o coração doado.

A alternativa era aposentar o órgão transplantado e torcer para que o coração original voltasse a funcionar bem. E não é que deu certo?

Quase quatro anos depois da retirada do coração transplantado, a adolescente leva uma vida saudável.

Para a medicina é uma descoberta muito importante. Agora, já se sabe que a cardiomiopatia pode ter cura. E os cientistas já estão desenvolvendo um coração artificial para ser usado enquanto o órgão doente descansa - até poder voltar a bater com força.

Notícia publicada no site do Jornal Hoje , em 14 de julho de 2009.

Carlos Miguel Pereira comenta*

O nosso corpo é um Universo extraordinário de vida em permanente organização, funcionando através de sistemas singulares que, à medida que conhecemos os seus íntimos detalhes, nos assombram cada vez mais, tal a complexidade, organização e criatividade que evidenciam. O que é mais fascinante é que tudo decorre de uma forma surpreendentemente ordenada e bem gerida, sem ninguém conseguir dar uma explicação coerente para esta ordem celular que proporciona uma harmonia perfeita em todo o organismo. Ao sermos confrontados com esta notícia, somos tomados por uma questão pertinente: Como é que um órgão disfuncional pode retomar o seu pleno funcionamento ao final de alguns anos, sem ser alvo de um trabalho de reparação específico? A ciência materialista, que vê o homem como o mero produto da interação de umas quaisquer moléculas, não tem respostas muito sólidas para esta questão.

A Doutrina Espírita, como um dos aspectos base da sua teoria, defende a existência de um corpo espiritual, que serve de ligação entre o Espírito (incorpóreo) e a matéria (corpo físico): o perispírito. Este corpo seria de uma natureza “semi-material”, entendendo-se por este termo a capacidade que ele revela em suas propriedades íntimas para conseguir “ligar” estes dois princípios completamente diferentes: Por um lado, revela-se de uma sutileza extraordinária para que consiga estabelecer uma interação com o elemento espiritual, mas também necessita ter características mais densas que lhe permitam interagir com a matéria mais grosseira do corpo físico. A existência de um Corpo Espiritual já vem sendo postulado desde a remota antiguidade e continua a ser mesmo objeto de investigação científica: Claude Bernard, eminente Fisiologista Francês do século XIX chamou-lhe a “Ideia Diretriz”, afirmando que “Em todo o gérmen vivo existe uma ideia dirigente a manifestar-se e a desenvolver-se em toda a sua organização.” ; Os cientistas Soviéticos, que investigaram o fenômeno Kirlian no final da década de 60 do século XX, acoplaram potentes dispositivos ópticos às câmaras Kirlian e conseguiram fotografar o halo energético dos seus corpos, a que deram o nome de corpo bioplasmático; Harold Saxton Burr, Professor de Anatomia na Universidade de Yale, apelidou de “L-Field” (Campo da Vida) ao campo energético que envolve os corpos orgânicos e que ele conseguia medir com voltímetros normais; Dr. Hernâni Guimarães de Andrade, ilustre Espírita e pesquisador Brasileiro, é o autor de uma teoria em que alarga ainda mais os horizontes do perispírito, batizando-a como Modelo Organizador Biológico; e ainda mais recentemente o Prof. Rupert Sheldrake, especialista em bioquímica e biologia celular, membro da Frank Knox em Harward e doutorado em Cambridge, criou a teoria dos campos mórficos, que seriam campos não físicos que transportam informações e que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.

A matéria como nós a vemos e conhecemos nada mais é do que uma das maneiras como a energia se apresenta no Universo. É comum ouvir dizer que a matéria é apenas energia encurralada. Podemos representar simbolicamente o perispírito como um molde dinâmico e eletromagnético. Um modelo que estrutura, organiza, atrai e agrega as células do corpo físico, assegurando que esse corpo sirva as necessidades reencarnatórias do Espírito. Um modelo que vai sendo gradualmente aperfeiçoado pela inteligência e vontade, à medida que o Espírito experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades. Através da ação do perispírito, compreendemos como os órgãos e tecidos podem renovar-se mantendo a forma física interna e externa. Da mesma forma, podemos entender como um órgão danificado possa se tornar funcional se ao nível perispiritual essa disfunção for corrigida. Essa correção não é obtida por processos miraculosos ou místicos, mas sim pela modificação dos comportamentos, atitudes e pensamentos do Espírito que estiveram na origem daquela anomalia específica.

A Ciência médica, que ainda não reconhece a existência do perispírito, muito se beneficiaria desse conhecimento no desenvolvimento de novas formas terapêuticas para o tratamento de determinadas doenças, orientando para a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e de caráter mais espiritual. Aguardemos serenamente pelo dia em que isso aconteça. Enquanto este conhecimento não é ainda generalizado, porque não utilizá-lo em benefício próprio e dos que nos rodeiam?

  • Carlos Miguel Pereira trabalha na área de informática e é morador da cidade do Porto, em Portugal. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net.