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Anat, uma moradora de Tel Aviv está fazendo buscas em depósitos de lixo de Israel, depois de ter jogado fora um colchão velho de sua mãe que estaria recheado com US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões). Nara de Campos Coelho comenta.

  • Data :04/11/2009
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Israelense joga fora colchão em que a mãe escondia U$ 1 milhão

Uma moradora de Tel Aviv está fazendo buscas em depósitos de lixo de Israel, depois de ter jogado fora um colchão velho de sua mãe que estaria recheado com US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões).

A mulher, identificada apenas como Anat, comprou um colchão novo de surpresa para sua mãe e jogou o velho fora, segundo informações do jornal Yedioth Ahronoth.

Mas quando sua mãe voltou para casa, “quase desmaiou”, já que ela havia escondido as economias de toda sua vida no colchão.

Até agora, as buscas em três depósitos de lixo se mostraram infrutíferas, diz o jornal.

Quando a mulher se deu conta do erro, ela correu para tentar recuperar o colchão velho, mas ele já havia sido levado para o depósito local.

Ela correu até o depósito, mas descobriu que, de lá, o colchão havia sido levado para um de outros dois grandes depósitos, junto com outras 3 mil toneladas de lixo coletadas no dia.

Uma busca no primeiro destes grandes depósitos não deu resultados. A mulher seguiu então para o depósito de Efeh, próximo ao Mar Morto.

Yitzhak Borba, diretor do depósito de Efeh, disse à Rádio Militar israelense que a mulher estava “totalmente desesperada” quando chegou.

Ele teria mantido alguns funcionários no depósito durante a noite para afastar caçadores de tesouro e ajudar a mulher.

Apesar de não ter conseguido recuperar o colchão e sua fortuna escondida, Anat pareceu filosófica sobre a perda.

“As pessoas têm que dar às coisas a devida proporção e agradecer a Deus pelo que é bom e pelo que é ruim”, disse ela.

A mãe não fez nenhum comentário.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 10 de junho de 2009.

Nara de Campos Coelho comenta*

Onde está seu tesouro?

Sob as luzes do Espiritismo, quanto mais vivemos, mais entendemos as assertivas de Jesus. E, quanto mais as entendermos, melhor nos encaminhamos neste roteiro de libertação, que é a vida. Assim, sabemo-nos espíritos em evolução, tendo em todas as situações oportunidades de aprimoramento moral, indispensáveis à felicidade com que sonhamos.

A riqueza, a pobreza, a saúde, a doença, a beleza, a feiura, a possibilidade ou não do estudo e tantas outras facetas de nossa vivência na Terra são respostas da Lei Divina à nossa necessidade evolutiva. São provas a que Deus nos submete com vistas ao nosso aperfeiçoamento. E, assim, devem ser recebidas. Isto não quer dizer que devamos ter uma resignação passiva, aquela que nos impede a melhoria constante. Mas que devemos cultivar a resignação ativa, a que nos faz entender os “porquês”, fortalecendo-nos para a melhoria individual; a que é fruto de “bom combate”, de que falou o apóstolo Paulo, referindo-se às nossas imperfeições.

Todo bem que não circula, congestiona os caminhos em que estaciona, especialmente no que se refere à atmosfera psíquica que o envolve. A mulher que guardou o dinheiro, por anos, dentro de um colchão, preenche os requisitos de quem foi colocado à prova e não passou. De quantas situações difíceis ela poderia ter livrado sua filha, a si própria e a comunidade a que pertence? E o que é pior, escondeu sua ação, assumindo grande risco que, por fim, aconteceu. Ela poderia ter desencarnado, o colchão ter pegado fogo… Quantas pessoas fazem o mesmo, “engordando” seu capital a despeito de tantas dores que a circundam? Cedo ou tarde, se verão em situação semelhante a da mulher do colchão, que é um caso típico de egoísmo. Uma das grandes chagas da humanidade, no dizer de Kardec.

Quem disse que a fortuna traz riqueza? Quem disse que todos estamos prontos para ter posse de fortuna? As leis de Deus são justas e amoráveis, desenvolvendo-nos a razão para a conquista do bom senso em todas as situações. E esta notícia é um aprendizado para todos nós, lembrando-nos que não podemos burlar a Lei Maior sem passarmos pelo sofrimento. Experiência de poucos, aprendizado de muitos. Que seja assim, para que todos possamos aprender com a razão, desvinculando-nos das dores maiores.

Ensinou-nos o apóstolo Pedro: “o amor cobre a multidão dos pecados”. Amar o próximo, diminuindo-lhe as dores, protegendo-lhe a caminhada, auxiliando-lhe o progresso, são tarefas de quem quer ser feliz, superando as próprias dificuldades pela presença do amor.

“Onde estiver seu tesouro, ali estará seu coração”, alertou-nos Jesus.

Que o nosso tesouro esteja sempre bem guardado no cofre dos sentimentos elevados e protegidos das intempéries e desencontros do Mundo.

Que Anat e sua mãe aprendam a lição.

Nós aprendemos?

  • Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.