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Livro ajuda casos de dor e abandono para crianças em tratamento psiquiátrico que carregam o peso de conflitos e lutos. Se a vida trouxe os problemas, as respostas vieram dos livros de contos de fada, reproduções dos conflitos das crianças. Jorge Hessen comenta.

  • Data :19 Aug, 2009
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História vira terapia para crianças

Livro ajuda casos de dor e abandono

O ensaio não começou, mas os oito atores estão agitados. Alguns andam pela sala enquanto outros parecem nervosos com a presença de estranhos. Dizem que não dá sorte, ainda mais antes da estreia.

Rapidamente, porém, a escolha do figurino rouba a atenção do grupo. Entre provas de vestidos de fadas, bruxas, capas e coroas de reis, a ordem impera.

Não demora muito e eles resolvem partir para o ensaio. O texto ainda está confuso, faltam alguns personagens serem definidos e a protagonista não parece à vontade na roupa escolhida, mas em pouco tempo já fica claro que o resultado da montagem não é o principal. O mais importante é como eles chegaram até ali.

O caminho foi longo e penoso. São oito crianças em tratamento psiquiátrico que carregam o peso de conflitos, lutos e abandonos.

Elas estão em tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, com problemas que vão do transtorno bipolar, depressão e hiperatividade até a esquizofrenia. “Todos os casos aqui são graves, são crianças que não conseguiam se inserir na sociedade”, explica a psicóloga Adriane Bacellar Duarte Lima, terapeuta e diretora da peça.

Se a vida trouxe os problemas, as respostas vieram dos livros de contos de fada, reproduções dos conflitos das crianças. Da fábula em que o personagem se torna órfão à história da princesa rejeitada, está tudo ali.

Em pouco tempo é possível perceber avanços, como a melhora no comportamento social, na criatividade, na coordenação motora e na fala.

A iniciativa partiu da Associação Viva e Deixe Viver, uma entidade dedicada a recrutar e treinar contadores de histórias para crianças e adolescentes hospitalizados. A entidade existe desde 1997, mas essa é a primeira experiência com pacientes de um hospital psiquiátrico.

O objetivo é utilizar as possibilidades terapêuticas que o brincar pode trazer. “Cada patologia incide de uma forma diferente em como a criança brinca”, diz a psiquiatra Marisol Montero Sendin.

Quando chegaram, algumas delas não sabiam como brincar. A barreira parecia intransponível. Nesse ponto, os médicos e Valdir Cimino, fundador e diretor da Viva e Deixe Viver, perceberam que mais do que mostrar a eles que podiam brincar, os pais também precisavam participar.

Decidiram então estudar os pais de 65 crianças atendidas no instituto. O resultado mostrou que foram criados em um ambiente repleto de histórias e brincadeiras. Mas o mesmo não se repetiu com seus filhos.

Ou seja, com o nascimento de uma criança com patologia psiquiátrica, até mesmo os pais que foram mais estimulados durante a infância se sentem impotentes. “O objetivo é ensiná-las a brincar com seus filhos para que possam fazer isso também em casa”, afirma Cimino.

Entre idas e vindas, interrupções e choros, o ensaio termina. Pouca coisa parece definida. A única certeza é que eles estão saindo dali melhor do que entraram.

Notícia publicada no estadao.com.br , em 24 de maio de 2009.

Jorge Hessen comenta*

Anos atrás, a medicina criou espaços de enclausuramento (isolamento) como suposto tratamento para os portadores de doença mental. No entanto, o movimento da reforma psiquiátrica foi construindo críticas a esse medievo modelo, revelando formas substitutivas de trabalho. Em meados do século passado, a intensa “psiquiatrização” dos tratamentos foi reforçada com o aparecimento dos primeiros neurolépticos (drogas lipossolúveis e, com isso, têm facilitada sua absorção e penetração no Sistema Nervoso Central), caracterizada pelo seu uso abusivo e indiscriminado, tornando a doença mental crônica e incapacitante.

Paulatinamente, algumas transformações foram compondo o cenário da luta a favor da saúde mental noutros espaços ambulatoriais, em detrimento das medidas estritamente manicomiais. A reformulação das práticas para tratamento psiquiátrico trouxe - e ainda traz - mudanças na percepção e intervenção dos profissionais da saúde em relação à doença e ao doente mental. “Novos procedimentos, com base na reabilitação psicossocial da pessoa com sofrimento mental, propõem práticas mais humanizadas, visando à reintegração desse indivíduo à sociedade. Hoje, aplicam-se, por exemplo, a arteterapia e outras técnicas expressivas, todas “consideradas intervenções importantes dentro desse novo enfoque mais humano.”(1)

As práticas na área da saúde mental estão em conformidade com as oficinas terapêuticas, uma das formas de tratamento no contexto da reforma psiquiátrica. São operacionalizadas de diversas maneiras, inclusive através da música e do teatro. As artes recreativas (o “brincar”) foram identificadas como possibilidades de comunicação para pessoas com transtornos psicóticos, com base na psicanálise e nos trabalhos de diversos especialistas. Destarte, “a psicologia clínica foi enriquecida pelo tratamento psicodramático, com uma compreensão da doença a partir de um coletivo e não só do individual”.(2)

A rigor, o tormento mental é mais um dado na história do indivíduo, de tal forma que “faz-se necessário levar em consideração toda uma história de vida que essa pessoa já construiu. O sofrimento mental tem que ser adaptado à essa história, que é composta de relações sociais dentre as outras situações.”(3) A concentração da atenção no outro ou perceber o outro é difícil para quem está num quadro de alteração da percepção e do pensamento, capturado pelos delírios e alucinações. Segundo se observa, atualmente, “através do exercício de atividades artísticas, é possível estimular a concentração equilibrada em si mesmo e no outro de forma lúdica e prazerosa.”(4) Tanto os adultos, quanto os jovens e crianças, que carregam o peso de conflitos, lutos, abandonos, e problemas que vão do transtorno bipolar, depressão e hiperatividade até a esquizofrenia, estão em tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. Os resultados são promissores, sobretudo, para as crianças, em que são utilizados recursos terapêuticos que advêm dos livros de contos de fada, por exemplo. Literatura essa que pode reproduzir os conflitos dos enfermos. Da fábula, em que o personagem se torna órfão, à história da princesa rejeitada, está tudo inserto nos livros e encenações para a proposta terapêutica. Muito interessantes são os resultados, sobretudo, com a melhora no comportamento social, na criatividade, na coordenação motora e na fala dos pacientes.

Em meio às atividades artísticas, o paciente pode encontrar alternativas para um posicionamento mais saudável, na medida em que a atividade possibilita separar a imagem formada, pelos próprios desejos e temores, daquilo que realmente é. Em vários jogos de representação teatral, o “faz de conta” abre espaço para isso. No teatro terapêutico, “a realidade é testada através da ilusão, (…) por intermédio de um processo de bem humorada auto-reflexão”.(5) Nesse sentido, destacamos a iniciativa para tratamento psiquiátrico levado a cabo pela Associação Viva e Deixe Viver, uma entidade dedicada a recrutar e treinar contadores de histórias para crianças e adolescentes hospitalizados. A Associação, fundada em 1997, está obtendo bons resultados em suas primeiras experiências com pacientes de um hospital psiquiátrico. A filosofia do grupo é a utilização das possibilidades terapêuticas que o “faz de contas” pode trazer. Com as atividades artísticas, as mais variadas, ora propostas pelas terapeutas, ora pelos participantes do grupo, é que foi possível o exercício da espontaneidade, surgindo conteúdos e emoções variadas nos doentes, tais como: medo, raiva, alegria, ciúmes, delírios ligados à sexualidade, ideias de morte, solidão, medo da vida, a crise, o sentido da crise, as internações, os sonhos, política, família. Tudo isso faz parte da vida, sabemos nós. Só que na vida se é surpreendido por essas coisas que acontecem à revelia de cada um. No “faz de contas” é possível espreitá-las, dominá-las, acomodá-las e gritar no momento exato do absurdo, do delírio e do desconforto.

Há vários grupos de expressão, viabilizados por atividades ligadas à música e ao teatro, trabalhando a ampliação da comunicação com o mundo interno e externo. A técnica, enquanto manifestação criativa do ser humano na sua luta interior, tem sido resgatada enquanto prática terapêutica na assistência em saúde mental e destina-se tanto a transtornos neuróticos como psicóticos. Portanto, as propostas são desenvolvidas por meio de contribuições práticas sobre a arte como possibilidade terapêutica.

Por outro lado, vendo as propostas terapêuticas por outro foco, os especialistas, em todas as épocas, tentam ajudar esses irmãos enfermos, inclusive na fase inicial de seus estudos. Especificamente, no campo da psiquiatria, alguns estudiosos mais ousados já relacionavam algumas doenças de origens nervosas e mentais, sendo induzidas pela influência dos espíritos; todavia, os preconceitos da época impediram que as pesquisas avançassem. Apesar de poucos informes científicos, há muitas evidências de que o processo obsessivo (caracterizado por manipulações e interposições de fluidos tóxicos) exerce papel importante na fisiopatogenia das doenças no corpo físico e espiritual, e, às vezes, evoluindo com quadros gravíssimos. “A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curso, exigindo terapia especializada, de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir apressadamente.”(6) “A ação fluídica do obsessor sobre o cérebro, se não for removida a tempo, dará, necessariamente, em resultado, o sofrimento orgânico daquela víscera, tanto mais profundo quanto mais tempo estiver sob a influência deletéria daqueles fluidos.”(7)

Em todas as épocas da história das civilizações, existiram psicopatas que sofriam influências nefastas de obsessores, e, em alguns casos, envolvendo personagens que se celebrizaram por seus atos. Nabucodonosor II, rei dos Caldeus, sofreu uma licantropia e pastava no jardim do palácio, como um animal. Tibério, envolvido por muitos espíritos cobradores, cometeu muitos deslizes, com muita malignidade. Calígula e Gengis-Khan marcaram presença, em função de suas aberrações psicóticas. Domício Nero, em função de grandes desequilíbrios psíquicos, entre tantos equívocos, mandou assassinar a mãe e sua esposa, e, depois, as reencontrava em desdobramentos. Dostoiévski sofria de ataques epilépticos. Nietzsche perambulou pelos asilos de alienados. Van Gogh cortou as orelhas num momento de insanidade e as enviou de presente para sua musa inspiradora, findando, posteriormente, a vida, com um tiro. Schumann, notável compositor, atirou-se ao Reno, sendo salvo pelos amigos e internado num hospício, onde ele encerrou a carreira. Edgar Allan Poe sucumbiu arrasado pelo álcool e tendo visões infernais.

Para os tratamentos de ordem psíquica e mental corroboramos com a formulação quimioterápica – sedativos, anti-depressivos e medicamentos de ação central. Consideramos a importância dos eletrochoques – embora muito raramente, apenas nos casos de difícil remissão (casos catatônicos) ou de extrema resistência à quimioterapia; a psicoterapia – segundo as técnicas usuais, de escolha do terapeuta (aliada, sempre que possível, à noção de reencarnação); a psicanálise profunda – (calcada, sempre que possível, na pluralidade das existências); e, como vimos acima, a terapia ocupacional – mantendo o paciente ocupado em trabalho que o atraia e de seu interesse, de modo a mantê-lo afastado de seus pensamentos doentios; a ludoterapia – divertimentos sadios e cultivo de esportes (ginástica, natação, e outros tipos de exercícios); a musicoterapia – o senso musical talvez seja o último elo que o doente mental perde e deve ser cultivado com carinho; a reeducação – através de contatos frequentes com assistentes sociais e palestras educativas. Ainda, sob o ponto de vista das alternativas médicas, ressaltamos a importância da homeopatia, acupuntura e todos os esforços no sentido de levar o indivíduo a uma busca objetiva diante da vida, sem culpas, sem cobranças, valorizando a sua alta estima, o pensamento positivo e a força de vontade.

Desta forma, urge que a casa espírita respeite as orientações dos profissionais da área de saúde, evitando equívocos como: fazer diagnósticos, trocar e/ou suspender medicamentos e, às vezes, tornar o quadro dos pacientes mais graves que verdadeiramente o são. Compete à medicina, ao tratar seus pacientes, admitindo a hipótese de obsessão, ainda que não comprovada, academicamente, pedir ajuda às casas espíritas que exercem suas atividades com objetivos sérios, seguindo os postulados do Cristo e os preceitos da Doutrina Espírita. Considerando que nem sempre os resultados são imediatos, não devemos nos esquecer da importância de um diálogo franco e aberto com a família, principalmente, tendo o cuidado de não induzir falsas esperanças e curas miraculosas, e, sim, direcionar orientações específicas, apontando todas as dificuldades que o caso possa apresentar.

Para que haja mais sucesso no tratamento do processo obsessivo, o primeiro passo é que se faça um bom diagnóstico, sob todos os aspectos. Apesar de todos os esforços, às vezes, é difícil fazer um diagnóstico diferencial específico, considerando que os sinais e sintomas são idênticos, tanto na loucura, propriamente dita, com lesões cerebrais, quanto nos processos obsessivos, onde há grande perturbação na transmissão do pensamento.

Para tratamentos das doenças, de uma forma geral, é fundamental que se considere a existência do perispírito. “É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados. O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.”(8) “A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende, também, da energia, da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido.”(9) Urge, mais uma vez, deixar bem claro que o tratamento espiritual, oferecido na Casa Espírita, não dispensa tratamento médico. O prognóstico, de modo geral, poderá ser bom ou ruim, considerando todos os fatores envolvidos, especialmente, o interesse do obsidiado em profundas transformações íntimas e a boa vontade da família em dar-lhe toda a assistência possível sob todos os aspectos. “A Doutrina Espírita, aliada às Ciências Médicas, poderá se entender não se contradizendo, mas de mãos dadas, caminhando juntas, buscando todos os recursos disponíveis no sentido de abrandar o sofrimento do doente”(10). Caso contrario, “a ciência nadará em um oceano de incertezas, enquanto acreditar que a loucura depende, exclusivamente, do cérebro. A ciência precisa distinguir as causas físicas das causas morais, para poder aplicar às moléstias os meios correlativos”(11)

Atualmente, uma excelente proposta para tratamento dos portadores de doenças psíquicas é a participação em reuniões de desobsessão, que tem por objetivo atender aos enfermos envolvidos no conflito obsessivo. No caso do obsidiado, tem por finalidade a análise das parasitoses(12) mentais e do corpo físico. No caso do obsessor, ele terá a oportunidade de comparecer à reunião, onde deverá ser recebido com muito amor, visando à doutrinação, para que possa compreender os erros do irmão e assim encontrar forças para perdoar. Recordamos que o passe magnético, sem dúvida, é de muita importância no tratamento desses irmãos, considerando a oportunidade de polarização de fluidos, dissipando fluidos tóxicos e interpondo fluidos benéficos. Os passes poderão ser espirituais, em função do magnetismo de irmãos desencarnados que participam dos processos, e humanos, através do magnetismo animal do próprio passista encarnado. Sugerimos, no contexto, o valor indiscutível da água magnetizada (fluidificada) – que é de grande importância, também, no reequilíbrio do doente, considerando que nela são introduzidos fluidos potencializados pelas emanações de energias provindas das irradiações de minerais, vegetais e animais. Indispensável, igualmente, é o Culto do Evangelho no Lar, considerando a oportunidade de leitura do Evangelho e a reflexão sobre seu conteúdo, além das preces que poderão ser proferidas, permitindo crescimento interior, o exercício da fé, gerando transformações ao nível de renúncias de viciações e paixões inferiores, permitindo a vigilância do Ser em seus pensamentos, palavras e atos e muitos outros benefícios que, aos poucos, vão aperfeiçoando o espírito.

Fontes:

(1) Valladares, A. C. A. (Org.) (2004). Arteterapia no novo paradigma de atenção em saúde mental. São Paulo: Vetor, p. 209;

(2) Aguiar, M. O psicodramatista fala sobre teatro espontâneo e explica por que acredita que o modelo clínico está superado. Jornal do CRP, v.16, n.106, p.3-5, 1997;

(3) Valladares, A. C. A. (Org.) (2004). Arteterapia no novo paradigma de atenção em saúde mental. São Paulo: Vetor, p. 209;

(4) Fromm, E. A arte de amar. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1958;

(5) Moreno, J. L. O teatro da espontaneidade. São Paulo: Summus, 1984. p. 133-142;

(6) Franco, Divaldo Pereira. Nos Bastidores da Obsessão, Ditado pelo Espirito Manoel Philomeno de Miranda, RJ: Ed. Feb, 1995, 7ª edição;

(7) Menezes, Adolfo Bezerra – A Loucura sob um Novo Prisma, 2ª edição, 1987, FEB-RJ;

(8) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. Feb, 29ª edição, 1986, cap. XIV;

(9) Idem;

(10) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, 117ª edição, 1990, Instituto de Difusão Espírita - IDE, cap. I, item 8;

(11) Menezes, Adolfo Bezerra – A Loucura sob um Novo Prisma, 2ª edição, 1987, FEB-RJ;

(12) Para Suely C. Schubert, “Assim, os Espíritos que se encontram muito apegados às sensações materiais prosseguem, após o túmulo, a buscar sofregamente os gozos em que se compraziam. Para usufruí-los, vinculam-se aos encarnados que vibram em faixa idêntica, instalando-se então o comércio das emoções doentias. Por outro lado, os obsessores, por vingança e ódio, ligam-se às suas vítimas com o intuito de absorver-lhes a vitalidade, enfraquecendo-as e exaurindo-as, para conseguirem maior domínio. Idêntico procedimento têm os desencarnados que se imantam aos seres que ficaram na Terra e que são os parceiros de paixões desequilibrantes. Ressalte-se que existem aqueles que, já libertos do corpo físico, ligam-se, inconscientemente, aos seres amados que permanecem na crosta terrestre, mas sem o desejo de fazer o mal. E, mesmo entre os encarnados, pessoas existem que vivem permanentemente sugando as forças de outros seres humanos, que se deixam passivamente dominar. Essa dominação não fica apenas adstrita à esfera física, mas (…) intensifica-se durante as horas de sono. Quando mais profunda for esta sintonia, maior será a vampirização. Em qualquer dos casos, configura-se perfeitamente a parasitose espiritual (…) Também aqueles que se aproveitam do trabalho alheio - em regime de quase escravidão - pagando a essas criaturas salários de fome, que as colocam em condições subumanas, exercem, de certa forma, a parasitose.”

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.